Edição 489 | 18 Julho 2016

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Redação

Entrevistas publicadas entre os dias 11-07-2016 e 15-07-2016 no sítio do IHU.

Rio Doce: a negligência com a bacia hidrográfica é histórica

Entrevista com Fabiano de Melo, Biólogo e mestre em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa – UFV e doutor em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Atualmente é professor da Universidade Federal de Goiás - UFG.

Publicada em 15-07-2016

“O que chama a atenção em relação ao desastre da Samarco é que as pessoas falavam como se o desastre fosse o culpado em si pela grande morte do Rio Doce, mas não foi, porque já estávamos degradando o rio lentamente. O desastre foi uma situação extrema em que, de novo, o rio foi colocado em uma condição muito pior”, diz Fabiano de Melo à IHU On-Line. Segundo o biólogo, há anos o entorno do rio vem sofrendo com a intervenção humana e com o desmatamento das matas ciliares. 

 

Da “picaretagem” do Protocolo de Kyoto às fragilidades do Acordo de Paris: temperatura climática pode chegar a 3,9ºC

Entrevista com Roberto Schaeffer, doutor em Política Energética pela University of Pennsylvania, atualmente leciona Economia da Energia na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, e atua no Programa de Planejamento Energético da COPPE. 

Publicada em 14-07-2016

Apesar de a COP-21 ter representado avanços na elaboração de um acordo entre os países que participam da Conferência do Clima, a Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida – INDC, as conhecidas metas nacionais anunciadas por cada um dos membros este ano, não serão suficientes para garantir que a temperatura do clima se mantenha em 2ºC. Se “os países se limitarem a fazer aquilo com que eles estão se comprometendo, de maneira alguma estaremos caminhando para um mundo com temperaturas abaixo de 2ºC; muito pelo contrário, dependendo da probabilidade do acerto que se gostaria de ter, grosso modo, as INDCs levariam o mundo a temperaturas, ao final do século, variando entre 2,9ºC e 3,9ºC”, diz Roberto Schaeffer à IHU On-Line.

 

A indisponibilidade democrática, a violência e a criminalização dos movimentos sociais

Entrevista com Roberto Efrem Filho, professor de Sociologia do Direito na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, doutorando em Ciências Sociais na Unicamp e integrante do Setor de Direitos Humanos do MST/PE.

Publicada em 13-07-2016

A criminalização dos movimentos sociais “opera” no Brasil “através da deslegitimação de militantes, movimentos sociais e, em última instância, de suas pautas políticas”, e da “conversão narrativa de ‘militantes’ em ‘criminosos’ no sentido da produção de uma ilegitimidade para a participação democrática”, na qual “‘lutadores’ são redesenhados narrativamente como ‘criminosos’”, diz Roberto Efrem Filho à IHU On-Line na entrevista concedida por e-mail. Contudo, frisa, quando se trata de analisar as relações dos movimentos sociais com o Judiciário, “seria irresponsável” “alegar que o Judiciário brasileiro é absolutamente fechado às pautas dos movimentos”.

 

Uso de combustíveis fósseis X mobilidade urbana: desafios para o Brasil 

Entrevista com David Tsai, engenheiro químico graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP, atualmente é coordenador da área de emissões do Instituto de Energia e Meio Ambiente – IEMA.

Publicada em 12-07-2016

Se aprovado, o Projeto de Lei 1.013/2011, que propõe a fabricação e a venda de carros de passeio a diesel no Brasil, poderá causar “um agravamento da poluição do ar nas cidades brasileiras” e contribuirá para o “aumento dos gases de efeito estufa devido à competição” que passaria a existir entre a venda de etanol hidratado, gasolina C e diesel para abastecer os carros de passeio, diz David Tsai à IHU On-Line na entrevista concedida por telefone. Segundo ele, hoje o uso de combustíveis como fonte de energia para o transporte é “o fator que mais contribui para a poluição das cidades brasileiras” e já está atingindo “patamares comparáveis” aos do desmatamento no nível de emissões de gases de efeito estufa.

 

PEC 241/16: Uma afronta à saúde, aos direitos sociais e à Constituição 

Entrevista com Grazielle David, especialista em Direito Sanitário pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, especialista em Bioética e mestra em Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília – UnB, atualmente é assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc.

Publicada em 11-07-2016

O Sistema Único de Saúde – SUS, considerado uma das maiores conquistas das lutas populares implementadas na Constituição de 1988, ao longo de sua história tem passado por constantes e graves crises. Neste momento, certamente está enfrentando um dos períodos mais tensos por que já passou, pois está tendo sua integridade questionada. A possibilidade de aprovação da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 241/16 é um dos fatores que tem ameaçado o SUS de dissolução. “A PEC 241/16 é o congelamento e futura extinção dos direitos sociais previstos na Constituição. Isso acontece porque essa Proposta diz claramente que durante 20 anos não haverá ampliação do que será aplicado para a garantia de direitos sociais”, alerta a pesquisadora.

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