Edição 486 | 30 Mai 2016

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Redação

Entrevistas publicadas entre os dias 23-05-2016 e 27-05-2016 no sítio do IHU

A transformação da crise política em crise institucional. 'O que está em jogo é a legitimidade das instituições da República brasileira'

Entrevista com Rudá Ricci, graduado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp e doutor em Ciências Sociais pela mesma instituição.

Publicada em 27-05-2016

Não se toma o poder com um crime ou uma conspiração sem sujar o próprio trono de sangue. A lição de Macbeth parece não ter servido de exemplo a Michel Temer, que em duas semanas de presidência interina não conseguiu fazer a engrenagem de seu governo andar sem ruídos. "Foi talvez o pior início de um governo, ainda pior que o de Dilma Rousseff após a reeleição. Isso revela a qualidade das gestões políticas atuais do Brasil. Estamos vivendo a pior geração", avalia Rudá Ricci, em entrevista por telefone à IHU On-Line.

 

Houve redução das desigualdades, mas 70% da nova classe média pode retornar à pobreza

Entrevista com Ludolfo Paramio, professor de cursos de pós-graduação sobre política latino-americana no Instituto Universitário de Pesquisas Ortega y Gasset, dirige o Programa de América Latina do Instituto Universitário de Pesquisa José Ortega y Gasset desde maio de 2008.

Publicada em 26-05-2016

“Tenho receio de que uma grande parte dos setores vulneráveis volte a cair na pobreza, mas ao mesmo tempo espero que as classes médias e vulneráveis se mobilizem para exigir melhores serviços públicos de educação e saúde, e uma ‘limpeza’ e recuperação do Estado e da classe política”, diz Ludolfo Paramio à IHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail. De acordo com o sociólogo espanhol, apesar de ter havido “uma leve diminuição das desigualdades e uma forte redução da pobreza” na América Latina, quando se trata da situação econômica e social das novas classes médias que emergiram na última década, adverte, tem de se considerar que “70% são vulneráveis, famílias que podem retornar à pobreza se a economia retroceder”.

 

Transformações no semiárido brasileiro: “A luta pela água não pode acabar; ela é permanente”

Entrevista com Glória Araújo, coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro – ASA pelo estado da Paraíba.

Publicada em 26-05-2016

Na última década, a instalação de cisternas que permitem a captação da água da chuva garantiu que 85 mil famílias do semiárido passassem não só a ter acesso à água para o consumo humano, mas pudessem produzir seus próprios alimentos. “A água utilizada para a produção de alimentos vem transformando a paisagem do semiárido”, diz Glória Araújo à IHU On-Line. Antes de iniciativas como essa, que foram desenvolvidas através do Programa Um Milhão de Cisternas, “a realidade das famílias agricultoras do semiárido brasileiro era marcada pela dificuldade do acesso à água. Essas famílias, principalmente as mulheres e as crianças, caminhavam mais de seis quilômetros para pegar água em grandes propriedades”, lembra.

 

Penitenciárias brasileiras: “Se o judiciário trabalhasse de acordo com a lei, não teria esse grande número de encarceramentos”

Entrevista com Valdir João Silveira, graduado em Filosofia e Teologia e em Formação Humana e Teologia pela Universidade Católica do Paraná, mestre em Teologia Moral pelo Instituto Alfonsianum e em Melhoria na Gestão Penitenciária para a Incorporação dos Diretos Humanos pela escola Kings College London – International Centre for Prison Studies.

Publicada em 23-05-2016

Entre os principais problemas dos presídios brasileiros hoje, destaca-se a “escassez de defensoria pública”, diz Valdir João Silveira à IHU On-Line, ao comentar a situação carcerária no país, após a visita realizada em cinco unidades penitenciárias em Alagoas. Segundo ele, a principal razão dessa situação é o judiciário brasileiro, “que não cumpre a lei em relação ao serviço de defensoria pública”. Ele informa que, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, aproximadamente 41% dos presos brasileiros estão em estado “provisório” e poderiam ser libertados caso o acesso à defensoria pública fosse maior. Em alguns estados, pontua, “esse número chega a 76% de presos provisórios, como no Piauí, no Amazonas e em Sergipe”.

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