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Redação
Boaventura: “Chegou a hora de uma nova esquerda”
Golpe no Brasil revela revanchismo das elites – mas foi possível porque governo acomodou-se a velhos projetos e métodos. Já há condições para Outra Política. “A autocrítica tem de ser minha também. Quantas vezes jantei com Rafael Correa, presidente do Equador e ao final cantei canções do Che Guevara, como se a revolução estivesse próxima”? Questiona em entrevista sobre a crise política no Brasil.
A entrevista é de Diego León Pérez e Gabriel Delacoste, publicado por La Diaria e reproduzido Outras Palavras, em 10-05-2016. Tradução de Antonio Martins.
“Depois de muito tempo, as esquerdas se juntaram no país”
Se existe um consenso, hoje, não só a nível nacional quanto global, é que o modelo atual de desenvolvimento não está funcionando. Seja de direita ou de esquerda, todo mundo tem críticas, e alguns até têm também sugestões. Durante quase duas horas, num café em Copacabana, na semana passada, entrevistei o sociólogo Ivo Lesbaupin, que durante anos dirigiu a Abong – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns - e que hoje vem se dedicando, junto a outros estudiosos, a refletir sobre o que poderia ser um novo modelo de sociedade.
A entrevista é de Amelia Gonzalez, publicada por G1, 09-05-2016.
"Com a traumática derrubada do lulismo, interrompe-se mais uma vez a tentativa — no fundo a mesma de Getúlio Vargas — de integrar os pobres por meio de uma extensa conciliação de classe. Venceu de novo a forte resistência nacional a qualquer tipo de mudança verdadeiramente civilizatória. Mesmo a mais moderada e conciliadora", constata André Singer, cientista político, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 14-05-2016.
Eis um trecho do artigo.
O lulismo estava nas cordas desde a quinta-feira, 27 de novembro de 2014, em que a presidente reeleita anunciou que havia decidido entregar a condução da economia do país ao projeto austericida que condenara na campanha eleitoral. Um ano e meio depois, na aurora de anteontem (12), o exausto lutador caiu.
Carta para o ''Eu'' do futuro ou Para não dizer que falei de flores
"O dantesco episódio desta época fora sintetizado pelas mãos de 55 artistas, que variavam entre ex-funcionários fantasmas de senadores biônicos a magnatas das commodities, que com a delicadeza do pincel do cinismo pintaram a tragédia da Democracia brasileira", escreve em artigo Ricardo Machado, jornalista e mestre pelo PPG em Comunicação da Unisinos.
Eis um trecho artigo.
Querido "Eu" do futuro,
Houve um tempo em que o Brasil vivia entre a porta da capela e a janela do berçário. Enquanto na seção dos nascidos nem ruído se ouvia, no salão dos mortos a gritaria era grande. Enfileirados um ao lado do outro, os falecidos jaziam à espera do enterro.