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Redação
O fascista não argumenta; rosna. A exclusão de temáticas humanísticas dos currículos escolares
Entrevista com Ricardo Timm, graduado em Música com habilitação em Instrumentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e em Estudos Sociais e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, onde também cursou mestrado em Filosofia. Também é doutor em Filosofia pela Universität Freiburg (Albert-Ludwigs).
Publicada em 13-05-2016
“O fascismo só existe na ausência da crítica”, diz Ricardo Timm à IHU On-Line, ao comentar os discursos extremados em relação ao atual cenário político brasileiro. Na entrevista, concedida por e-mail, o filósofo comenta algumas das características do fascismo, entre elas, a “ojeriza completa ao questionamento e pavor ao pensamento, e, por extensão, à cultura em geral”. Segundo ele, “o fascista típico não argumenta, ele rosna, emite onomatopeias, cacareja lugares-comuns, mas não processa dados cognitivos”. Sobre o “fascismo brasileiro”, Timm frisa que ele “é tão rudimentar como a sociedade na qual ele surge, o que não significa, absolutamente, que seja menos primário ou violento que em outras tradições”.
A cobrança por serviços de saúde lesa os direitos sociais
Entrevista com Veralice Maria Gonçalves, doutora em Psiquiatria e Ciências do Comportamento, coordenadora dos projetos da área de TI do Ministério da Saúde no Rio Grande do Sul, respondendo pela gerência local DATASUS. É professora convidada da Escola do Grupo Hospital Conceição e da Escola de Saúde Pública do RS.
Publicada em 12-05-2016
“Há necessidade de adequação do sistema à situação de saúde, e uma proposta que visualiza o atendimento a essa necessidade é a estruturação do sistema em uma rede de atenção, tendo a atenção primária à saúde como coordenadora dessa rede”, diz Veralice Maria Gonçalves. Para ela, “apesar de o SUS ter sido a maior política de inclusão social da história do Brasil, há muitos desafios para serem enfrentados”.
"Houve mobilidade social. Mas a desigualdade social não foi reduzida. Agravou-se"
Entrevista com Waldir Quadros, graduado em Economia pela Universidade de São Paulo - USP e mestre e doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, onde atualmente é professor do Instituto de Economia.
Publicada em 11-05-2016
“Com a transferência de recursos que é feita através dos juros, não há como reduzir a desigualdade. Aconteceram dois fenômenos: houve uma melhoria nas condições das camadas populares até 2014, porém tudo indica que a desigualdade se agravou”, afirma o economista.
As variáveis fundamentais para compreender a crise social e os retrocessos que estão em curso são, de um lado, o desemprego, porque as pessoas ficam desempregadas ou são admitidas em outras atividades com salários menores e, de outro, a recessão econômica, diz Waldir Quadros à IHU On-Line.
Como democratizar o poder destituinte? O terreno está aberto
Entrevista com Alexandre Mendes, professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Doutor em Direito pela UERJ e mestre em Criminologia e Direito Penal pela Universidade Cândido Mendes – UCAM.
Publicada em 10-05-2016
Diante da atual crise política, a questão que está colocada, do ponto de vista da multidão, é “como criar novos dispositivos políticos que não nos deixem reféns de possíveis acordos institucionais realizados no âmbito policial, judicial ou partidário. Falando francamente: como produzir um ‘impeachment’ (a destituição necessária de um governo que é contrário à multidão) que não faça emergir as figuras lamentáveis que assistimos na noite da votação da admissibilidade do pedido, os possíveis acordões internos dos corredores do poder, ou um funcionamento judicial que dança ao sabor de uma lógica coorporativa”. A reflexão é de Alexandre Mendes em entrevista concedida à IHU On-Line.