Edição 485 | 16 Mai 2016

Agroecossistemas e a ecologia da vida do solo. Por uma outra forma de agricultura

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Redação

“A natureza, ao longo de bilhões de anos, evoluiu um sofisticadíssimo sistema vivo de condicionamento do conforto ambiental. Biodiversidade é o outro nome para competência tecnológica na regulação climática. A maior parte da agricultura tecnificada adotada pelo agronegócio é pobre em relação à complexidade natural. Ela elimina de saída a capacidade dos organismos manejados de interferir beneficamente no ambiente, introduzindo desequilíbrios e produzindo danos em muitos níveis”, afirma Antonio Donato Nobre, cientista do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – CCST/Inpe, na entrevista publicada na revista IHU On-Line desta semana que debate o desafio e a urgência de “desenvolver agroecossistemas alternativos ante o forte controle do sistema alimentar do qual se assenhorearam atualmente grandes corporações e interesses privados”, como atesta Steve Gliessman, professor de Agroecologia do Departamento de Estudos Ambientais da Universidade da Califórnia.
Crédito foto de Capa: USDA NRCS South Dakota/Flicker Creative Commons

Além destes pesquisadores supracitados, participam do debate Ana Primavesi, uma das pioneiras nos estudos e práticas agroecológicas no Brasil, Ulrich Loening, membro do Conselho de Administração do Centro de Ecologia Humana (Centre for Human Ecology), em Edimburgo, na Escócia, Alastair McIntosh, membro honorário da Faculdade de Teologia da Universidade de Edimburgo e professor visitante de Ciências Sociais na Universidade de Glasgow, na Escócia, e Genebaldo Freire Dias, doutor em Ecologia pela Universidade de Brasília – UnB.

Uma resenha do livro “Economia ecológica. Princípios e Aplicações” (Lisboa: Instituto Piaget, 2004), de Herman Daly e Joshua Farley, é apresentada por José Roque Junges, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unisinos.

Também nesta edição podem ser lidas as entrevistas com Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista, professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, cuja obra “A Construção Política do Brasil. Sociedade, Economia e Estado desde a Independência” (São Paulo: Editora 34, 2014) é sintetizada e refletida por Gilberto Antonio Faggion, mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e professor da Unisinos, e com André de Azevedo, economista e professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Unisinos, que descreve, a partir da história do Plano Real, as principais características dos problemas econômicos do Brasil contemporâneo.

Por sua vez, Vito Mancuso, teólogo italiano refletindo sobre conceitos como Misericórdia e Perdão, constata que “numa sociedade como a nossa, onde quase tudo tende a ser monetizado e calculado com base no ganho pessoal, tem enorme necessidade da gratuidade e da misericórdia”. “Eles são agora – afirma - uma das referências mais credíveis da transcendência”.

A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

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