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Redação
Entre a oligarquia e o populismo
"Dentro de algumas semanas teremos, mais uma vez, a oligarquia no poder. Na sua proclamação da República, o Brasil conseguiu rapidamente tecer um pacto de oligarquias locais que transformava a democracia em um regime de fachada", constata Vladimir Safatle, professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 29-04-2016.
Segundo ele, no governo Lula "seu modelo de acordos, de conciliações, de ganhos e paralisias repetiu o que o Brasil conhecera à ocasião da sua primeira incorporação das massas populares ao campo dos atores políticos, principalmente no segundo governo Vargas..
Sobre o Plano Temer e convulsão social
“O povo vai sangrar”, dizem apoiadores do vice. Com sólido apoio entre parlamentares e blindagem da mídia, ele já faz cálculos para além do golpe. Talvez se esqueça do fator asfalto.
O artigo é de Guilherme Boulos, graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo – USP e especialista em Psicologia e que atualmente coordena o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, publicado por Outras Palavras, 28-04-2016.
Pérez Esquivel levou a Dilma o apoio do Papa, segundo jornal argentino
“O Papa Francisco está muito preocupado com o que está acontecendo no Brasil, tudo isto irá trazer consequências negativas para toda a região, teremos um grave retrocesso democrático”. O Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel (na foto, à esquerda de Dilma), conversou com este jornal, após sua audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
A entrevista é de Darío Pignotti, publicada por Página/12, 29-04-2016. A tradução é do Cepat.
A segunda morte das Diretas Já
“O arranjo social do atraso preconiza uma sociedade submissa ao rentismo, refém da estagnação, prisioneira da defesa da riqueza estéril alimentada pelo fluxo de “hot dollars”. Imobilizados nos pântanos do parasitismo, os bacanas e sabichões acovardam-se diante dos azares da incerteza, avessos aos riscos de construção da nova riqueza”, escreve Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, em artigo publicado por CartaCapital, 28-04-2016. Segundo ele, “aí está desvelado, em sua perversidade essencial, o “segredo” das reivindicações antissociais dos vassalos do enriquecimento sem esforço cevado por taxas de juros absurdas. Clamam pelo aumento do desemprego e proclamam a necessidade de mais “sacrifícios”.
Data Popular: brasileiro médio não entende narrativa do golpe
Classes C e D se veem fora da disputa política; para elas impeachment é briga da elite. Enquanto aumenta o número de matérias no exterior com denúncias sobre o golpe em curso no Brasil, parcela significativa do brasileiro médio não compreende a crise política e, menos ainda, a narrativa do golpe. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Data Popular, para ¾ da população – sobretudo das camadas C e D – o atual embate é fruto de uma briga de poderes das elites.
A reportagem é de Lilian Milena, publicada por Jornal GGN, 27-04-2016.
Amoris aetitia: "É o caos erigido a princípio com um canetaço". Entrevista com Robert Spaemann
Filosofo alemão ataca duramente a Exortação Apostólica Amoris Laetitia do Papa Francisco. Segundo ele, “Crescem a incerteza, a insegurança e a confusão: das Conferências Episcopais até o último pároco na selva”. “Se o papa não está disposto a introduzir correções – conclui -, caberá ao pontificado posterior colocar novamente as coisas no seu lugar oficialmente”.
A leiga Elske Rasmussen, no artigo ‘Francisco, de dissimulado a condenado. O Papa pode ensinar algo novo ou só eram Vigários de Cristo os de antes?” e o teólogo leigo italiano Christian Albini, no artigo “Uma Igreja sem misericórdia? Uma resposta a Robert Spaemann” respondem aos duros ataques ao Papa Francisco.