Edição 484 | 02 Mai 2016

A volta da barbárie? Desemprego, terceirização, precariedade e flexibilidade dos contratos e da jornada de trabalho

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Redação

Por ocasião do 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a revista IHU On-Line, desde a sua criação debateu os mais variados aspectos do mundo do trabalho e da luta da classe trabalhadora. No entanto, nestes quinze da sua existência, nunca o panorama do mundo do trabalho foi tão difícil, complexo e sombrio. Pesquisadores e pesquisadoras que participam desta edição, descrevem um cenário caracterizado pela imposição do princípio do negociado sobre o legislado, aprofundamento da flexibilização do trabalho, das jornadas, dos contratos, desmonte da política de valorização do salário mínimo e ataque à Previdência Social, com o aumento do tempo de contribuição e a diminuição dos benefícios.
Foto: Reyner Media/Flickr - Cretive Commons

“Se antes era exploração com espoliação, agora é espoliação com exploração", afirma Ruy Braga, cientista social, ao traçar o panorama atual da situação do mundo do trabalho no país.

Clemente Ganz Lúcio, sociólogo e diretor do DIEESE, analisa os índices relativos ao mundo do trabalho no país e defende que o desafio é romper com o círculo vicioso da crise retomando o crescimento com geração de emprego e aumento de renda.

Giovanni Alves, cientista social e professor, lança seu olhar sobre as condições de trabalho e entende que o avanço neoliberal e capitalista leva o trabalhador para algo pior do que a precarização, definida por ele como um estado de barbárie.

José Dari Krein, professor no Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho – Cesit, reflete sobre as desigualdades entre trabalhador e patrão. Para o professor, o empresariado nunca aceitou as conquistas da classe trabalhadora.

Elsa Cristine Bevian, professora no curso de Direito da Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, aborda as questões da saúde e segurança no ambiente laboral e ressalta que lógica de produção imposta pelo capital contamina a vida do trabalhador e provoca adoecimento.

A questão do sofrimento psicológico do trabalhador e da trabalhadora é descrito por Marcelo Afonso Ribeiro, psicólogo e coordenador do Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho da USP.

Os artigos “Uma leitura da Amoris Laetitia”, de Guido Innocenzo Gargano, biblista, professor no Instituto Pontifício Oriental, Roma, "Os LGBT, o Papa e a Família", de Luís Corrêa Lima, professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio e “O complexo Oriente Médio: um breve histórico para os dias atuais”, de Carla Holand Mello, professora no curso de Relações Internacionais da Unisinos completam a edição.

A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

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