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Redação
É preciso uma orientação política ao novo individualismo frágil, mas criativo
Passamos do individualismo estruturado e projetual da nossa primeira modernidade ao individualismo desenraizado e frágil, mas flexível e criativo, que preenche o nosso tempo. Dar-lhe uma forma política não regressiva – capaz de expressar o seu potencial de inovação e de vitalidade – é o grande desafio que nos espera. E é um desafio de ideias, de saberes, de projetos. Para liderar a mudança, é preciso primeiro pensá-la.
A opinião é do historiador e jurista italiano Aldo Schiavone, ex-professor das universidades de Nápoles, Bari e Pisa. O artigo foi publicado no jornal Corriere della Sera, 30-03-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
É fácil dizer "populismo". Na tradição cultural italiana, até pouco tempo atrás, essa era uma palavra marginal, muito pouco usada. Parecia vir de outros mundos e evocava imagens vagas e desfocadas: distantes movimentos revolucionários russos, massas sul-americanas magnetizadas pelo peronismo.
Amoris laetitia: agora temos um título. Mas apenas um título, que, porém, como acontece em uma longa tradição eclesial, coincide com um "incipit". Assim inicia o documento: com a alegria do amor.
A opinião é do teólogo italiano Andrea Grillo, leigo casado, professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo, de Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, de Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, de Pádua.
O artigo foi publicado no seu blog Come Se Non, 01-04-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Agora sabemos com certeza ao menos o título da próxima exortação apostólica: Amoris laetitia, a alegria do amor, a "letícia" do amor, mas também a fecundidade e a criatividade do amor. Rica em ressonâncias – e em promessas – é a própria palavra latina "laetitia".
Cristãos ou não, sejam justos e serão salvos
É preciso pensar que a salvação sempre esteve disponível aos seres humanos, quer pertençam a qualquer religião ou não religião, porque está ligada ao bem e à justiça.
A opinião é do teólogo italiano Vito Mancuso, professor da Universidade de Pádua, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 26-03-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"A Igreja ficou 200 anos para trás", declarou o cardeal Martini na última entrevista, mas eu acho que esse atraso eclesiástico é a expressão de um atraso mais preocupante do cristianismo como tal, cada vez mais incapaz de sustentar o seu anúncio fundamental. O problema é o centro da fé cristã, isto é, a salvação. Como pensá-la? Qual é a sua especificidade?