Edição 480 | 07 Março 2016

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Redação

Entrevistas publicadas entre os dias 29-02-2016 e 04-03-2016 no sítio do IHU

 

Trabalho escravo no Brasil: os riscos de passar de vitrine a vidraça

Entrevista com Xavier Plassat, graduado em Ciência Política, coordenador da Campanha da CPT de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo “De olho aberto para não virar escravo”, se destaca pela sua atuação na luta contra o trabalho escravo contemporâneo no Brasil. 

Publicada em 04-03-2016

Quase 20 anos depois de terem sido iniciados os trâmites para o julgamento do Estado brasileiro na Corte Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, por conta da sua omissão em relação às denúncias de trabalho escravo no Brasil desde o final da década de 1980, o caso foi novamente julgado na CIDH, na Costa Rica, nos dias 18 e 19 de fevereiro deste ano. Entre os representantes da Comissão Pastoral da Terra – CPT e do Centro pela Justiça e o Direito Internacional – CEJIL, os peticionários da ação, esteve presente na audiência Frei Xavier Plassat, que há mais de 30 anos denuncia casos de trabalho escravo no Brasil. Na entrevista, concedida à IHU On-Line por telefone, quando retornou da Costa Rica, Plassat contou como aconteceu o processo contra o Estado brasileiro, iniciado em 1998.

 

 

Grandes obras como Belo Monte incentivam e fomentam o mercado do sexo no Brasil

Entrevista com Assis Oliveira, graduado em Ciências Jurídicas, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará – UFPA e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília. É professor de Direitos Humanos da UFPA e secretário de articulação do Instituto de Pesquisa Direitos e Movimentos Sociais.

Publicada em 03-04-2016

Que relação existe entre os grandes empreendimentos, como Belo Monte, e o chamado “mercado do sexo”? “Existe um mercado do sexo próprio das grandes obras, que possui um grau de articulação variado, mas que atua há bastante tempo e cuja ação do Estado, em termos de conhecimento e de repressão, ainda está muito aquém do necessário”. A afirmação é de Assis Oliveira, coordenador da pesquisa “Trabalhadores e Trabalhadoras de Belo Monte: percepções sobre exploração sexual e prostituição”, que identificou, entre 2013 e 2014, “um total de seis modalidades distintas de exploração sexual, que envolviam, em maior ou menor intensidade, também a presença de crianças e adolescentes”.

 

A tipificação de crime de terrorismo no Brasil: A perversidade da lei é a sua própria criação 

Entrevista com Adriano Pilatti, graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, mestre em Ciências Jurídicas pela PUC-Rio e doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - Iuperj, com pós-doutorado em Direito Público Romano pela Universidade de Roma I - La Sapienza. 

Publicada em 02-03-2016

A recente aprovação do Projeto de Lei - PL que tipifica o crime de terrorismo no Brasil poderá “ter consequências gravíssimas do ponto de vista das liberdades” e é uma “verdadeira irresponsabilidade” da Presidência da República e do Congresso, diz Adriano Pilatti à IHU On-Line, na entrevista concedida por e-mail. Além disso, pontua, a nova lei, caso seja sancionada pela presidente Dilma, será uma “inutilidade, pois a grande maioria das condutas tipificadas como crimes de terrorismo já são tipificadas como crimes comuns”. Para Pilatti, a “perversidade essencial” do PL pode ser vista tanto na “amplitude de suas definições” como na “vagueza dos termos em que são estabelecidas”.

 

 

"O dinheiro, a ação do dinheiro, está enterrando o Estado e a política"

Entrevista com Tarso Genro, graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM e especialista em Direito Trabalhista pela mesma universidade. Sempre pelo Partido dos Trabalhadores - PT, Tarso Genro foi governador do Rio Grande do Sul (2010-2014), Ministro da Educação (2004-2005), Ministro das Relações Institucionais (2006-2007), Ministro da Justiça (2007-2010) e prefeito de Porto Alegre (1993-1997 e 2001-2002).

Publicada em 01-03-2016

Desde que deixou o governo do Rio Grande do Sul, o advogado e político petista Tarso Genro não poupa seu partido de críticas no que diz respeito às escolhas levadas a cabo pelo governo federal. Ao analisar o cenário conjuntural, ele engrossa o coro de quem considera que o modelo político hegemônico do PT se esgotou, e faz uma autocrítica: “O PT estava e está no fim de um ciclo, exatamente porque não nos preparamos para a continuidade das mudanças que teríamos de fazer na sociedade brasileira, através de uma reforma política, da democratização dos meios de comunicação, da reforma tributária e da reestruturação da nossa política de alianças, que já é, hoje, uma aliança conservadora”, avalia, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

 

 

Antropoceno: ou mudamos nosso estilo de vida, ou vamos sucumbir

Entrevista com Wagner Costa Ribeiro, graduado em Geografia, mestre e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo – USP. Atualmente é professor do Departamento de Geografia e dos Programas de Pós-Graduação em Geografia Humana e Ciência Ambiental da USP. 

Publicada em 29-02-2016

O consumo exagerado, que anseia sempre o novo e descarta com facilidade quaisquer objetos, é o comportamento que tem predominado na sociedade. Com o aumento da capacidade de produção em nome do lucro, a oferta de produtos de toda ordem se amplia cada vez mais e, no sentido oposto, alguns recursos naturais já dão sinais de esgotamento. Essas são algumas das características do tempo em que vivemos e que os estudiosos têm denominado de Antropoceno. Conforme ressalta, em entrevista por telefone à IHU On-Line, o geógrafo Wagner Costa Ribeiro, a importância e grande diferença do Antropoceno em relação às eras anteriores é que “pela primeira vez na história geológica da natureza – das eras – se assumiu a espécie humana como principal força motriz de transformação da superfície terrestre, com consequências tanto na biosfera quanto na litosfera e atmosfera”.

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