Edição 479 | 21 Dezembro 2015

Mimetismo, vingança e ressentimento: a novidade da compreensão girardiana sobre o desejo

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

Márcia Junges

No pensamento de Girard a vingança e o ressentimento são maneiras humanas de formalizar a violência potencial do desejo mimético, dando conta do seu caráter coletivo, observa João Cezar de Castro Rocha. E isso explica o mecanismo do bode expiatório

A René Girard se atribuiu uma “compreensão nova do ato de imitar e, sobretudo, as consequências radicais derivadas do caráter mimético das interações humanas. A imitação se converte em desejo quando a disputa por um objeto concreto e determinado se envolve no meio do processo. O mimetismo, como mecanismo antropológico mais geral, não é necessariamente consciente, e esse fator ajuda a entender o complexo fenômeno da méconnaissance, sem o qual o mecanismo do bode expiatório não seria possível. Ou seja, os que sacrificam uma vítima, não a veem como vítima, porém como efetivamente culpado”. A análise é do filósofo João Cezar de Castro Rocha, que na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line recorda aspectos do legado desse pensador, com quem estabeleceu uma parceria intelectual por vários anos. 

Castro Rocha acentua que outra vertente girardiana importante é “a análise da centralidade da violência no advento das primeiras instituições humanas”. E acrescenta: “o caráter mimético do desejo é a causa primordial da violência humana, pois a partir do momento em que desejo segundo um modelo, tentarei apropriar-me de seu objeto. Desse caráter aquisitivo emerge a violência das relações humanas. No pensamento girardiano, a mímesis não é uma transmissão anódina de códigos e valores, mas, pelo contrário, a origem do conflito”.

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, João Cezar de Castro Rocha é mestre e doutor em Letras pela mesma instituição. Na Universidade de Stanford, Estados Unidos, cursou Literatura Comparada. É pós-doutor pela Universidade Livre de Berlim. É professor de Literatura Comparada da UERJ e escreveu inúmeros livros, dos quais destacamos Literatura e cordialidade. O público e o privado na cultura brasileira (Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998); Crítica literária: em busca do tempo perdido? (Chapecó: Argos, 2011) e Culturas shakespearianas? Teoría mimética y América Latina (México DF: Universidad Iberoamericana, 2014). Com René Girard e Pierpaolo Antonello escreveu Evolution and Conversion: Dialogues on the Origins of Culture (London: Continuum Books, 2008).

Confira a entrevista.

 

IHU On-Line - Como era a pessoa René Girard?

João Cezar de Castro Rocha - René Girard era uma pessoa muito tranquila e, sobretudo, completamente concentrada em seu trabalho. Em mais de uma ocasião, o pensador francês se abstraía totalmente da circunstância que o cercava e, ao “retornar” ao diálogo, sempre fazia observações de grande agudeza, descortinando aspectos do desejo mimético. 

 

IHU On-Line - Que aspectos marcantes guarda da convivência intelectual com ele?

João Cezar de Castro Rocha - De um lado, a generosidade com a qual ele recebeu dois estudantes, eu e Pierpaolo Antonello , e aceitou participar de uma aventura que durou cinco anos, em três países, e cujo resultado foi a publicação do livro Evolução e Conversão. Diálogos sobre a origem da cultura .

De outro lado, a dedicação plena ao objeto de estudo como forma ideal de não perder tempo com rivalidades e intrigas tão comuns no mundo acadêmico. O antídoto mais eficiente: desenvolver, na medida das nossas possibilidades, as intuições que porventura tenhamos, sem nenhuma preocupação com o que os demais colegas estejam elaborando. 

 

IHU On-Line - Qual é o grande legado intelectual de René Girard?

João Cezar de Castro Rocha - A compreensão nova do ato de imitar e, sobretudo, as consequências radicais derivadas por Girard do caráter mimético das interações humanas. A imitação se converte em desejo quando a disputa por um objeto concreto e determinado se envolve no meio do processo. O mimetismo, como mecanismo antropológico mais geral, não é necessariamente consciente, e esse fator ajuda a entender o complexo fenômeno da méconnaissance, sem o qual o mecanismo do bode expiatório não seria possível. Ou seja, os que sacrificam uma vítima, não a veem como vítima, porém como efetivamente culpado. 

Para o pensador francês, a teoria mimética é a explicação do comportamento humano, proporcionando uma narrativa do surgimento da cultura. De fato, um livro recente, Mimesis and Science,  representa um importante elo para o pleno desenvolvimento da teoria mimética, ao associar o pensamento girardiano a investigações contemporâneas, especialmente aquelas dedicadas ao estudo dos neurônios-espelho. Ao mesmo tempo, destaque-se a análise da centralidade da violência no advento das primeiras instituições humanas.

Assinale-se, ainda, a formulação da teoria mimética. Girard optou conscientemente por uma linguagem ensaística, recorrendo muito pouco ou quase nada a vocabulários especializados. Além disso, a forma mesma de sua reflexão está estruturada a partir do caráter paradoxal da mímesis. A força do pensamento girardiano reside na relação de homologia entre a forma da reflexão e o conteúdo que lhe é próprio. Seu pensamento sobre a mímesis é mimético, sendo tão contraditório quanto a mímesis e seus efeitos e desafios. Por isso seu estilo é simples, mas suas ideias são muito complexas. Girard pensa mimeticamente e, desse modo, reúne termos contrários de maneira paradoxal.

IHU On-Line - Quais considera serem as ideias centrais em seu pensamento?

João Cezar de Castro Rocha - A teoria mimética tem como base a inter-relação de três intuições fundamentais. A teoria mimética desenvolveu-se a partir da publicação de três livros, cuja aparição produziu um grande impacto na forma de entender, respectivamente, a crítica literária, a antropologia e os estudos bíblicos.

A intuição fundadora do pensamento girardiano é o desejo mimético, ou, como diria Girard posteriormente, a rivalidade mimética. Uma consequência-chave do mimetismo levou Girard a ampliar e muito o horizonte de suas preocupações: o caráter mimético do desejo é a causa primordial da violência humana, pois a partir do momento em que desejo segundo um modelo, tentarei apropriar-me de seu objeto. Desse caráter aquisitivo emerge a violência das relações humanas. No pensamento girardiano, a mímesis não é uma transmissão anódina de códigos e valores, mas, pelo contrário, a origem do conflito.

Vingança e ressentimento

A segunda intuição do pensamento girardiano é derivada da compreensão de que a vingança e o ressentimento são maneiras propriamente humanas de formalizar a violência potencial do desejo mimético, dando conta do caráter coletivo desse mesmo desejo. Assim se compreende a segunda intuição básica do pensamento girardiano: o mecanismo do bode expiatório. No instante em que a violência interna ameaça disseminar-se, desagregando o grupo com a multiplicação descontrolada de disputas e rivalidades localizadas, no momento em que essas rivalidades e disputas transformam-se num caos coletivo, no momento em que todos estão disputando contra todos a posse de um ou mais objetos, a desintegração do grupo parece não apenas iminente como também inevitável. Nesse instante, seguindo o pensamento girardiano, os hominídeos cruzam o limiar da cultura ao desenvolver o mecanismo do bode expiatório, permitindo que a violência unânime de todos contra todos e, por conseguinte, o advento do caos absoluto, se transforme na violência unânime de todos contra apenas um membro do grupo: o bode expiatório. 

A canalização da violência contra uma única pessoa propicia o retorno à ordem, pois todos se unem para sacrificá-la. O mecanismo do bode expiatório permite a canalização disciplinada da violência mimética contra um único membro do grupo, possibilitando que se encontre pela primeira vez um mecanismo interno de controle da violência. É essa a segunda grande intuição girardiana: a emergência da cultura supõe o desenvolvimento de formas miméticas de controle da violência mimeticamente engendrada.

O bode expiatório como vítima

Chegamos assim à terceira intuição girardiana: a religião é o processo de institucionalização, num nível altamente formalizado, do mecanismo do bode expiatório. A emergência da cultura e o surgimento do fenômeno religioso são dois momentos do mesmo processo: eis a fórmula girardiana. Desse modo, na teoria mimética, religião implica um ângulo fundamentalmente antropológico, plenamente desenvolvido em Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo.

Daí, o passo final do pensamento girardiano: para ele, o Cristianismo, como outras formas de religião, também apresenta uma repetição ritualizada do sacrifício, uma encenação do mecanismo do bode expiatório, na Paixão de Cristo. Contudo, nela não se reproduz a violência apenas para preservar a eficácia do mecanismo, mas para revelar a arbitrariedade de sua adoção. Dessa maneira, epistemologicamente, o Cristianismo revela que o bode expiatório não é culpado, mas sim uma vítima, inocente, portanto. Finalmente se pode chamá-la de bode expiatório — conceito revelador da superação do desconhecimento estrutural que permitia a eficácia do mecanismo expiatório. 

Tal descoberta exige eticamente que se defenda a vítima; antropologicamente, o Cristianismo denuncia a violência, porque ela é arbitrária, arbitrariedade formalizada no mecanismo do bode expiatório. As duas pontas se atam e Girard inscreve a mais relevante contribuição do Cristianismo nessa associação.

Essa é a terceira grande intuição do pensamento girardiano. O entendimento da especificidade antropológica e epistemológica do Cristianismo constitui o eixo dos últimos livros de René Girard, enfatizando a interpretação do mundo moderno esboçada em Rematar Clausewitz (São Paulo: É Realizações, 2011), publicado originalmente em 2007.

 

IHU On-Line - Quais são as influências acadêmicas decisivas para a formação de sua obra? Que autores são os mais importantes para sua trajetória?

João Cezar de Castro Rocha - Mais do que identificar influências, falemos do método girardiano. Os pressupostos da teoria mimética demandam uma interlocução constante com preocupações e temas teológicos, antropológicos e filosóficos.

De fato, como comprova a trajetória intelectual de René Girard, o trânsito interdisciplinar é o caminho natural para uma reflexão orientada mimeticamente. Seu primeiro livro, Mentira Romântica e Verdade Romanesca (São Paulo: É Realizações, 2009, original de 1961), é um brilhante ensaio de crítica literária e de literatura comparada. Em seu segundo A Violência e o Sagrado (São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1990, original de 1972), o “crítico literário”, literalmente, reinventou-se, ampliando suas áreas de interesse até abarcar a antropologia, os estudos da religião e do mito. Por fim, com a publicação de Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo (São Paulo: Paz e Terra, 2009, original de 1978), como sugere o próprio título, em sua alusão ao Evangelho de São Mateus, o “crítico literário-antropólogo” voltou a forjar para si uma nova identidade por meio de uma apropriação muito particular das Escrituras. A partir de então, a preocupação teológica e antropológica constituiu o eixo de seu pensamento. O cruzamento constante dessas duas disciplinas não só levou ao desenvolvimento de uma antropologia propriamente mimética, cujo centro de gravidade é a preocupação com a religião, como também conduziu o pensador francês a esboçar uma teologia antropologicamente orientada. Isso para nem mencionar uma antropologia que encontra na Bíblia uma instância intertextual privilegiada. Nos dois casos, a força da obra girardiana reside na capacidade ímpar de descobrir relações surpreendentes entre textos das mais distintas tradições. Em outras palavras, sua formação dupla, como paleógrafo e crítico literário, deixou marcas permanentes em sua reflexão. Assim, mesmo quando suas preocupações intelectuais conheceram novos rumos, a leitura detetivesca de textos continuou a ser um dos traços mais originais de sua abordagem.

 

IHU On-Line - A partir da ideia do desejo mimético, poderia recuperar a “coincidência” existente entre o sujeito antropofágico oswaldiano e o mimético girardiano?

João Cezar de Castro Rocha - Os mais importantes inventores latino-americanos souberam transformar em estímulo o dilema que muitas vezes deixou pensadores e filósofos paralisados, engendrando uma sensação de “inferioridade ontológica” ou de “impossibilidade civilizacional”. Pelo contrário, o fato de necessariamente “depender” de outro(s), de não poder escapar de sua “influência” — e emprego deliberadamente as palavras proibidas da teoria contemporânea — forjou um exercício que denomino “poética da emulação”, que substituiu a “anxiety of influence” [“angústia da influência”], como teorizada por Harold Bloom , pela busca dinâmica da “produtividade da influência”, como imaginada por Oswald de Andrade . A célebre frase de Rimbaud , Je est un autre, poderia perfeitamente ser lida como a chave das melhores realizações da arte latino-americana. Converter esse paradoxo — ser outro — em invenção é uma arte mimética por definição — e, ao mesmo tempo, latino-americana, não hegemônica, por excelência.

 

IHU On-Line - Nesse sentido, poderia retomar e explicitar sua afirmação em outra entrevista à IHU On-Line , quando afirmou que o sujeito mimético é um “perfeito antropófago”?

João Cezar de Castro Rocha - Não se pense que se trata de uma aproximação artificial entre antropofagia e teoria mimética. O próprio pensador francês dedicou um estudo ao canibalismo dos tupinambás, indígenas que dominaram o litoral brasileiro antes da invasão dos portugueses, assim como estabeleceu um vínculo forte entre antropofagia e eucaristia. Em termos girardianos, o sujeito, definido por seu mal ontologique, é sempre interdividual. O “eu” somente se define através do outro; por sua vez, o outro, enquanto “eu”, encontra-se envolvido em idêntica dinâmica e também busca apropriar-se do outro — o primeiro “eu” da frase. A circularidade não é tautológica, pois cada apropriação é singular e implica consequências particulares. O sujeito derivado da antropofagia oswaldiana partilha traço idêntico, expresso na frase-valise: “Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago”.

Isto é, não nego diferenças óbvias, apenas busco evidenciar vínculos possíveis entre aspectos da teoria mimética e as ideias propostas por Oswald de Andrade, com ênfase na centralidade do outro para a determinação do eu. Nesse sentido, teoria mimética e antropofagia são dois modos de pensar as consequências da precariedade ontológica.

 

IHU On-Line - Qual é a importância desse conceito de desejo mimético para compreendermos um pouco mais acerca dos sujeitos e da sociedade neoliberal ocidental?

João Cezar de Castro Rocha - A noção de desejo mimético, e sua forma mais conflitiva, a mediação interna, quando sujeito e modelo encontram-se no mesmo plano e, sobretudo, fisicamente próximos, permite relacionar de maneira forte os pontos extremos da própria obra girardiana, estabelecendo um fio de continuidade complexo, porém visível, entre Mentira Romântica e Verdade Romanesca (1961) e Rematar Clausewitz (2007). Se na primeira obra a dimensão do desejo mimético provocava conflitos no nível interdividual, no segundo título, pelo contrário, a escalada da violência, ocasionada pelo contágio da rivalidade mimética, envolveu duas grandes potências econômicas e militares: França e Alemanha. As consequências dessa circunstância, diz Girard, podem ter levado o mundo à situação em que hoje nos encontramos de predomínio quase exclusivo da mediação interna. Por isso, para Girard, a violência contamina todos os espaços, desde as rivalidades entre as potências até os incontáveis duelos de um cotidiano dominado pelos graus distintos de uma mediação interna onipresente. Fenômeno agravado pela mundialização e as formas contemporâneas de comunicação, especialmente o universo digital, com seu potencial de difusão de mimetismos em escala planetária.

Girard descobriu a possibilidade de esboçar uma historiografia mimética da história moderna e contemporânea, vale dizer, do século XVIII aos dias atuais, da Revolução Francesa aos fundamentalismos do século XXI. 

Contágio mimético

Sigamos a cronologia mimética: em sociedades tradicionais, e no mundo político anterior às Revoluções Americana e Francesa, predominava a mediação externa. Nesse tipo de mediação, um sentido rígido de hierarquia ajudava a manter sob controle as consequências violentas das rivalidades miméticas, pois, em geral, sujeito e modelo habitavam universos distintos, cuja distância, por si, diluía o potencial de violência. Nesse mundo, pensemos num exemplo ao acaso: um militar de talento, mas que não pertencesse à aristocracia, conheceria limites muito rígidos a sua ascensão; mas, sobretudo, ele saberia respeitá-los! Como um Otelo bem-sucedido, Napoleão significou a emergência moderna da mediação interna como regra de ouro do mundo contemporâneo.

Recordemos que em Mentira Romântica e Verdade Romanesca a resposta à violência engendrada pelos desdobramentos do desejo mimético consistia num gesto de caráter pessoal: a conversão romanesca. No vocabulário mimético, o conflito interdividual era resolvido no mesmo plano, implicando uma transformação pessoal. Em Rematar Clausewitz, tudo se torna muito mais complexo. Já não há uma solução interdividual para a questão da violência, pois agora o problema possui dimensão planetária. O contágio mimético, por assim dizer, disseminou-se a tal ponto que decisões de caráter pessoal não podem enfrentar os avatares do desejo mimético.

Entranhas expostas

Nas circunstâncias contemporâneas, a conversão ética implicaria aceitar os limites impostos pela mediação externa, renunciando ao propósito de tomar posse do objeto de desejo do modelo. Ora, num mundo dominado pela mediação interna, essa possibilidade se encontra cada dia mais distante. Essa condição explicita a radical impossibilidade de encontrar o espaço não sacrificial buscado em Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo; tal condição também esclarece que já não se pode contar com a solução do mecanismo do bode expiatório, descoberta em A Violência e o Sagrado, uma vez que o mecanismo sacrificial teve suas entranhas expostas pelo advento do Cristianismo. Rematar Clausewitz inaugura uma nova radicalidade na obra girardiana, colocando em questão as respostas oferecidas por seus três primeiros livros.

 

IHU On-Line - Por que René Girard foi um “conservador revolucionário”?

João Cezar de Castro Rocha - A radicalidade do pensamento girardiano desorientou seus críticos: os intelectuais de esquerda julgam seu Cristianismo um obstáculo ao desenvolvimento do trabalho acadêmico; os religiosos tradicionais julgam que sua abordagem é muito mais antropológica do que sagrada. Na percepção de Girard: “Em geral, para as pessoas de esquerda, eu sou conservador, ao passo que as de direita me julgam revolucionário. Digo o que eu penso sem levar essas categorias em conta”.  Nisso reside uma afinidade profunda entre Girard e Dostoiévski . Recordemos como o pensador francês definiu o romancista russo: “É um estrangeiro em todos os lugares”  — justamente como o Otelo shakespeariano. Daí, “a fatalidade do desenraizamento”.  Exatamente como Girard sempre se sentiu no sistema universitário!

 

IHU On-Line - Quais são as próximas publicações da Biblioteca René Girard, publicada pela É Realizações? Como percebe a importância dessa iniciativa para a disseminação do pensamento de Girard em nosso país?

João Cezar de Castro Rocha - Inauguraremos com a edição de O Rosto de Deus, de Roger Scruton (São Paulo: É Realizações, 2015), uma nova seção na “Biblioteca René Girard”, a série “Diálogos”, que permitirá ampliar, e muito, o arco de interlocutores da teoria mimética. A iniciativa do editor Edson Manuel de Oliveira Filho  é inédita e ele merece nosso reconhecimento por levar adiante um projeto tão ousado quanto necessário.■

Leia mais...

- René Girard e o desejo mimético: as raízes da violência humana. Entrevista com João Cezar de Castro Rocha. Publicada na revista IHU On-Line, nº 382, de 28-11-11. 

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição