Edição 476 | 03 Novembro 2015

Ousadia e sensibilidade. Caetano e Gil, duas vidas em uma só

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Redação

Caetano Veloso e Gilberto Gil somam cem anos de amizade e música. No ano em que se celebram os 50 anos de carreira dos dois artistas, a revista IHU On-Line rememora a carreira dos dois artistas. Ao debater a vida e a obra destes dois ilustres baianos, este número reúne entrevistas com pesquisadores e pensadores que debatem a produção artística e os impactos do trabalho na cultura brasileira.
Foto da Capa: Pedro Waddington

Contribuem para o debate Celso Favaretto, doutor em Filosofia e professor aposentado da Universidade de São Paulo – USP, que analisa a forma pela qual Caetano e Gil foram impactados pelo Tropicalismo e como suas carreiras foram definidas e transformaram o cenário cultural brasileiro.

Em sua entrevista, Pedro Bustamante Teixeira fala sobre a dimensão das contribuições artística e política de Gilberto Gil e Caetano Veloso no cenário cultural brasileiro e internacional, e salienta: “A vida desses artistas é de uma coragem, de uma entrega comovente”.

Para Frederico Coelho, professor dos cursos de graduação em Literatura e Artes Cênicas e do Programa de Pós-Graduação em Literatura, na Pontifícia Universidade Católica do Rio – PUC-Rio, a obra dos artistas pensa e conta a história do país ao expressar o anseio por uma nação vanguardista.

Para Alexandre Faria, professor de Literatura no Departamento de Letras – ICHL da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, “Caetano e Gil criaram e representam personagens que são leitores do Brasil, como tantos outros de sua geração”. Segundo ele, “o que se coloca hoje em dia é se isso ainda é possível para um artista”.

Para Miguel Jost Ramos, mestre e doutor em Estudos de Literatura pela PUC-Rio, Caetano e Gil inauguram uma forma de fazer música no Brasil, misturando pop com o erudito, o novo com o tradicional e a comunicação de massa com a contracultura.

Christopher Dunn, doutor em Estudos Luso-brasileiros pela Brown University e professor de Literatura e estudos culturais brasileiros na Tulane University, de Nova Orleans, Estados Unidos, considera que a vasta produção cultural dos dois tropicalistas apresenta para o mundo uma imagem plural e dinâmica do Brasil.

Complementam esta edição um perfil com o antropólogo jesuíta Xavier Albó, contando a trajetória desde sua saída da Espanha, na adolescência, chegada na América Latina e todo seu desenvolvimento intelectual junto com os povos originários dos Andes.

A entrevista com Manfredo Araújo de Oliveira revisita a história da metafísica e sugere o desenvolvimento de uma filosofia sistemática.

A entrevista com Milton Cruz, pesquisador do Observatório das Metrópoles/Núcleo Porto Alegre, propõe uma reflexão sobre que cidade queremos para o futuro, tendo como pano de fundo o projeto de revitalização do Cais Mauá e sua relação com Porto Alegre.

Na próxima semana realiza-se a última etapa do Ciclo de Estudos que analisou e debateu, a partir da realidade da desigualdade social brasileira, o livro O Capital do Século XXI, de Thomas Piketty. A sessão consistirá na webconferência de Marcelo Medeiros, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea e professor na UnB. Segundo ele, na entrevista publicada nesta edição, peremptoriamente afirma: “Não se deve tributar as grandes fortunas. Deve-se tributar todas as fortunas.”

Luiz Carlos Susin e Gilmar Zampieri, professores de teologia, acabam de publicar o livro A vida dos outros. Ética e teologia da libertação animal (São Paulo: Paulinas, 2015). Na entrevista publicada nesta edição, afirmam que “o livro abre um debate no campo teológico como, ao que se sabe, nunca tinha sido feito explicitamente, pelo menos no Brasil”.

Recordando os 498 anos da Reforma Luterana, de Oneide Bobsin, professor de Ciências da Religião na Escola Superior de Teologia - EST, publicamos a entrevista sob o título "''Uma Igreja da Reforma precisa estar sempre sendo reformada''.

Dois artigos, igualmente, podem ser lidos nesta edição. O artigo O princípio da sinodalidade em uma Igreja pós-convencional, sobre o Sínodo da Família é de Sérgio Coutinho, professor de História da Igreja, e Contenção da Rússia, ontem e hoje, de Diego Pautasso, professor de Relações Internacionais da Unisinos.

A todas e a todos uma boa leitura e uma ótima semana!

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