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Redação
O Direito que emerge do espaço público
Entrevista com José Geraldo de Sousa Junior, graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal - AEUDF, mestre e doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB. É jurista, pesquisador reconhecido como um dos autores do projeto O Direito Achado na Rua, professor da UnB desde 1985 e membro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Publicada em 16-10-2015
O Direito Achado na Rua é “uma concepção de Direito que emerge transformadora dos espaços públicos — a rua — onde se dá a formação de sociabilidades reinventadas, que permitem abrir a consciência de novos sujeitos para uma cultura de cidadania e participação democrática para a transformação social”, explica José Geraldo de Sousa Junior à IHU On-Line. Organizador do livro recém-lançado, O Direito Achado na Rua - concepção e prática (Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015), o ex-reitor da Universidade de Brasília – UnB pontua que “o importante a considerar” na perspectiva do Direito Achado na Rua é que ele se refere “à atitude de reconhecimento que valoriza o protagonismo instituinte da cidadania ativa e dos movimentos sociais no processo legítimo de criação autônoma de direitos”.
COP-21 e a tentativa de definir metas de curto prazo
Entrevista com Pedro Telles, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace e mestre em Estudos do Desenvolvimento, pelo Institute of Development Studies.
Publicada em 15-10-2015
As metas brasileiras para a COP-21, que será realizada em dezembro, em Paris, poderiam ter sido mais ambiciosas, “porque em 2012 o Brasil já tinha reduzido as emissões em 41%, e a meta agora é reduzir as emissões em 43% até 2030”, diz Pedro Telles à IHU On-Line. Na entrevista, concedida por telefone, ele explica que o “ponto mais preocupante” da proposta brasileira diz respeito às metas para combater o desmatamento ilegal, a principal fonte das emissões brasileiras, responsável por 1/3 das emissões. Na avaliação dele, as metas demonstram uma preocupação com o desmatamento na Amazônia, nos próximos 15 anos, mas nada informam sobre o desmatamento em outros biomas, em que a prática aumenta.
Crises e um desenvolvimentismo que não faz jus ao nome: os impasses brasileiros
Entrevista com Alexandre de Freitas Barbosa, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (1991), mestre em História Econômica pela Universidade de São Paulo – USP (1997) e doutor em Economia Aplicada pela Unicamp (2003), com pós-doutorado no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP. Atualmente é professor do Instituto de Estudos Brasileiros - IEB e participante do Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África, ambos na USP.
Publicada em 14-10-2015
“Não queria falar sobre economia; estou desestimulado com o modo como vem sendo realizado o debate no país”, justificou o economista Alexandre Freitas Barbosa, antes de iniciar a entrevista, concedida à IHU On-Line pessoalmente, quando esteve no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, participando do Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI – uma discussão sobre a desigualdade no Brasil. Na avaliação de Barbosa, hoje o debate sobre os rumos econômicos do país é dividido por dois grupos: um que defende acirradamente o ajuste fiscal e justifica que o Estado esgotou sua capacidade de investimento, e outro que é radicalmente contra o ajuste fiscal e justifica que a redução dos juros é suficiente para pôr as contas públicas em ordem e manter os gastos do Estado. “Então, na verdade, o que existe é um não debate”, adverte.