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Redação
A proposição do artigo é apresentar a maneira como Lutero é ou poderia ser em termos de importância para a América Latina. O trabalho é desenvolvido a partir de dois momentos. “Um é puramente sociodemográfico e está vinculado à expansão do protestantismo e particularmente do luteranismo; o outro é de caráter teológico, em que a teologia luterana de fato oferece opções para entender e operar em um continente dependente que busca sua autonomia e o direito de dizer sua própria palavra”, explica Westhelle.
O primeiro assunto tratado dentro da perspectiva das mútuas relações entre a Europa e a América Latina refere-se aos elementos que vinculam a reforma protestante ao movimento da teologia da libertação. O professor ressalta que “estas teologias que se formaram em pontos diametralmente distantes do planeta tinham em comum inícios modestos, tentativos, assim como também vigorosos e polêmicos que nasceram de um clamor do povo ouvido por Deus”.
Para debater essas relações, o autor retoma a Bíblia, a qual considera a principal catalisadora do discurso teológico. Westhelle ressalta que “a razão do apelo à Bíblia decorre do fato de que as escrituras marcam, na literatura ocidental, o momento em que classes subalternas (mulheres e homens nômades, migrantes, escravos, pescadores, carpinteiros, etc.) aparecem como protagonistas principais de uma literatura que adentrou o nível das grandes obras literárias. Não é de surpreender que estas vozes bíblicas ressoassem no consciente de grupos subalternos tanto na época da Reforma quanto na América Latina”.
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