Edição 469 | 03 Agosto 2015

O humanismo como resgate ético à ciência tecnocrática

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João Vitor Santos

Para Jefferson Simões, “todo cientista sério deve obrigatoriamente adquirir uma formação humanística e ter inserção social”

O glaciólogo e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Jefferson Simões endossa o coro de cientistas ao assegurar que “a crise ambiental planetária é, antes de tudo, uma crise de valores”. Para ele, um dos méritos da Encíclica Laudato Si’ é trazer à luz essa perspectiva. Outro ponto destacado por Simões é o fato de o documento introjetar premissas científicas para constituir o atual cenário de degradação do Planeta. No entanto, reconhece que a Encíclica também faz o movimento contrário, com suas críticas ao pensamento científico tecnicista, chamando à reflexão também pesquisadores. “É ilusório achar que ciência sem consciência leva ao desenvolvimento humano”, dispara, ao defender uma espécie de consciência humanística nos mais variados campos científicos.

O professor lembra ainda que isso tem a ver com o conceito de Ecologia Integral, tão presente na carta do Papa Francisco. Não é o fazer ciência pela ciência, tendo em horizonte apenas o desenvolvimento do homem e da sociedade e como se fosse ele o senhor a colocar o planeta cada vez mais a seus serviços. “Todo cientista sério e de vanguarda deve obrigatoriamente adquirir uma formação humanística e ter inserção social”, defende, na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

Porém, Simões lembra que se há nas áreas exatas da academia uma tendência ao tecnicismo, há também algumas posturas nas ciências humanas que distanciam esse ideal de integralidade. “O que me preocupa são algumas tendências em setores das humanidades e das ciências sociais que questionam a possibilidade de uma verdade objetiva (base das ciências naturais). Isso leva a consequências absurdas apresentadas por um relativismo absurdo pós-moderno, e que creio serem portas para o obscurantismo”, destaca.

Ao longo da entrevista, o professor ainda analisa a influência da Encíclica em fóruns internacionais, como a COP 21, e o desafio de abandonar a dependência de combustíveis fósseis. O pesquisador sai em defesa do Papa Francisco, sobre as acusações de ter escutado apenas o lado da ciência que acredita em aquecimento global antropogênico. “O que temos não é um embate científico. Temos um embate ideológico e que envolve questões de visões econômicas, de valores e até religiosas”, dispara.

Jefferson Cardia Simões é professor de Geografia Polar e Glaciologia da UFRGS e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. É pioneiro da ciência glaciológica no Brasil. Tem PhD pelo Scott Polar Research Institute, University of Cambridge, Inglaterra, e é pós-doutor pelo Laboratoire de Glaciologie et Géophysique de l'Environnement, du Centre National de la Recherche Scientifique - LGGE/CNRS, França, e pelo Climate Change Institute - CCI, University of Maine, Estados Unidos. Toda sua carreira é dedicada às Regiões Polares, tendo publicado 115 artigos, principalmente sobre processos criosféricos. Pesquisador do Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR, é o delegado nacional junto ao Scientific Committee on Antarctic Research - SCAR do Conselho Internacional para a Ciência - ICSU. Simões participou de 22 expedições científicas às duas regiões polares, criou e dirige o Centro Polar e Climático da UFRGS.

Confira a entrevista.

 

IHU On-Line - Como o senhor recebeu a Encíclica Laudato Si’? Quais pontos destaca?

Jefferson Simões - Muito bem, trata-se de um posicionamento religioso, ético e moral sobre a crise ambiental e sobre as consequências para a sociedade como um todo. E está alinhada a várias encíclicas e declarações dos sumos pontífices antecessores do Papa Francisco e que mostram a preocupação da exploração do homem pelo homem e da natureza pelo homem. É como o Papa Leão XIII  já exprimiu na encíclica Rerum novarum  no final do século XIX. Enfatiza que os mais pobres, os menos providos, serão, como sempre, os mais afetados pelos impactos das mudanças climáticas globais. 

Laudato Si’ ainda reflete o conhecimento científico atualizado com a questão das mudanças do clima, mostrando que o Vaticano reconhece a ciência como uma luz no meio da escuridão. Como cientista ambiental tenho que valorizar e também apreciar o modelo invocado por sua Santidade: São Francisco de Assis, pelo cuidado com o frágil, a preocupação pela natureza, a justiça, e que considero uma obrigação moral daqueles que como nós adquiriram um nível de afluência econômica numa sociedade ainda tão injusta como a nossa. Também tenho a destacar que a Encíclica dá atenção à questão da água, bem comum primordial da humanidade e que teremos que lutar para evitar qualquer possibilidade de apropriação desse direito humano essencial, a água potável para todos.

 

IHU On-Line - Qual a importância de uma instituição como a Igreja Católica manifestar seu posicionamento sobre as questões ambientais?

Jefferson Simões - Considero essencial, principalmente para mostrar para aqueles que por ignorância, medo ou autointeresse não aceitam as conclusões da comunidade científica plenamente. Essa postura acaba mostrando que a questão da crise ambiental, e em particular das mudanças do clima, é real e imediata. Mostra, também, que a solução da questão não depende somente de soluções tecnológicas ou econômicas. Sobre este último ponto, temos que concordar plenamente com o Beato Paulo VI , que já afirmava o que o Papa Francisco reforça: “os progressos científicos mais extraordinários, as invenções técnicas mais assombrosas, o desenvolvimento econômico mais prodigioso, se não estiverem unidos a um progresso social e moral, voltam-se necessariamente contra o homem” . 

 

IHU On-Line - Como a perspectiva da religião, em especial a visão manifestada na Encíclica, pode contribuir para o campo científico?

Jefferson Simões - A contribuição, evidentemente, não será diretamente para o campo científico, e sim para indicar a cientistas, políticos, tomadores de decisão e leigos em geral que a questão da crise ambiental vai muito além de soluções tecnológicas e envolve, antes de tudo, mudança de escala de valores. De reconhecer que nossos problemas sociais, como a violência urbana, a concentração de renda, o uso excessivo de veículos individuais, a exploração do outro e a crise ambiental, estão todos interconectados e são gerados pelo atual modelo econômico e de consumo e como visualizamos a relação com nosso entorno. E também enfatiza algo que as gerações anteriores não tiveram que se preocupar: a ética transgeracional.

 

IHU On-Line - De que forma esse documento apostólico influencia questões internacionais de política ambiental? Como imagina que deva ser o impacto em acordos internacionais e em encontros como a COP 21 , em Paris?

Jefferson Simões - Vem a se somar à posição dos cientistas, filósofos e ambientalistas e líderes de outras religiões que já se manifestaram. Todos se posicionam pela necessidade de regularmos o nosso cuidado com o ambiente, principalmente com a sua parte mais tênue e mais fácil de ser modificada, a atmosfera. Espero que seja um guia para aqueles políticos católicos envolvidos nas negociações da COP 21.

 

IHU On-Line - A dependência de combustíveis fósseis é duramente criticada pelo Papa Francisco na Laudato Si’. Pensar em formas alternativas de energia renovável deve ser a principal pauta da COP 21? Por que os países resistem tanto a abandonar o uso de combustíveis fósseis?

Jefferson Simões - Acredito que sim, e em todas as alternativas possíveis. Se por um lado é ainda inviável a substituição plena dos combustíveis fósseis, devemos investir pesadamente na pesquisa de todas as fontes de energia. Veja o sucesso da energia eólica. Vinte anos atrás era algo impensável. Note que até mesmo as empresas inovadoras, no ramo do óleo e gás, como a Petrobras, hoje investem na geração de fontes alternativas de energia.  

A questão da substituição dos combustíveis fósseis é complexa. Envolve não só a questão tecnológica, mas também toda a dependência econômica gerada em mais de um século desse recurso natural que permitiu um excedente energético que, em geral, permitiu o aumento da qualidade de vida da humanidade. Mas, por outro lado, sua intensa exploração e uso modificou o ambiente terrestre muitas vezes além de sua capacidade de resiliência. 

Assim, hoje temos aqueles que são beneficiados diretamente pela exploração desses recursos, e com posições mais conservadoras, resistindo ao investimento em fontes alternativas. No entanto, também temos que entender que somos todos responsáveis, pois muitas vezes adotamos uma postura de desperdício desse e outros recursos, como se a Terra fosse prover infinitamente todas nossas necessidades. Até mesmo a China passou a aceitar que cedo ou tarde teremos que reduzir o consumo de óleo e gás e procurar fontes alternativas. A grande questão hoje é se realmente seremos capazes de agir antes de um colapso ambiental.

 

IHU On-Line - A Encíclica apresenta o conceito de ecologia integral. Como o senhor entende essa perspectiva?

Jefferson Simões - O sistema ambiental é único e indivisível e nós somos partes integrais e inseridas neste sistema. Vivemos em grande parte com uma ideia do século XX, com o mito de que tínhamos avançado numa sociedade que poderia se considerar independente do entorno ambiental. Assim, poderia, pelo desenvolvimento científico-tecnológico, adquirir independência das variações do meio natural. Basta um evento extremo, um terremoto, um desequilíbrio ambiental que leva a tempestades de poeira, secas, etc., para notarmos que isso ainda está longe. E com o aumento da população humana, esta sensitividade a variações e mudanças ambientais tende a crescer.

Portanto, vejo o conceito ecológico integral como o respeito a todas as partes do ambiente, a outras espécies, ao solo, ao oceano, às massas de gelo. Devemos entender, como bem aponta a Encíclica, que a Terra não é nossa propriedade para dominar, saqueá-la e transformá-la imaginando que o sistema ambiental não responderá. Pela Teoria de Sistemas , ou pela Teoria de Gaia , ou até por princípios físicos elementares, o sistema como um todo responde a nossas agressões. Devemos constantemente nos questionar sobre os limites que devemos impor a todos no cuidado do bem comum, garantindo a preservação desse Planeta, não somente para nós, mas para as gerações futuras.

 

IHU On-Line - Outro ponto da Laudato Si’ que tem tido grande repercussão é a crítica ao antropocentrismo. Em que medida uma visão menos antropocêntrica, mais ecológica, pode contribuir para o desenvolvimento científico?

Jefferson Simões - É essencial. Devemos entender que dividimos esta Terra com milhões de espécies, tão essenciais como nós para a preservação do planeta. Se for fundamental que usemos várias delas para nossa alimentação, para nossas vestimentas, etc., devemos respeitá-las e minimizar o seu sofrimento. Devemos valorizar e respeitar a riqueza de nossa biodiversidade, resultado da evolução ao longo de bilhões de anos. Hoje, várias áreas das ciências já se beneficiam dessa postura, principalmente as ciências da vida, ao ajudar a entendermos que somos produto da evolução dessa biodiversidade e não estamos separados dela.

 

IHU On-Line - Como articular conhecimento científico específico, técnicos e mais duros, no seu caso estudos glaciológicos, com questões como a desigualdade social? O senhor acredita num ponto de encontro entre as ciências humanas e exatas ou numa fusão entre as duas grandes áreas do conhecimento?

Jefferson Simões - Todo cientista sério e de vanguarda deve obrigatoriamente adquirir uma formação humanística e ter inserção social. É ilusório achar que ciência sem consciência leva ao desenvolvimento humano, leva sim a sua destruição. O cientista sem esta consciência será um alienado de seu entorno. Ou pior, cedo ou tarde será usado pelos detentores do poder ou poderá ainda prejudicar a sociedade que o financia, ou ambos. 

A ciência glaciológica é uma ciência ambiental e, especificamente na minha área de investigação (testemunhos de gelo para reconstrução da história ambiental), exige conhecimento da história do uso da terra, modificações no modo de produção, entre outros. Acredito em pontos de encontro entre as ciências humanas e exatas, algo que o cientista ambiental deve constantemente procurar. Mas isso não implica a existência de fusão das duas áreas de conhecimento que ainda hoje possuem métodos e discursos diferentes. O que me preocupa, por outro lado, são algumas tendências em setores das humanidades e das ciências sociais que questionam a possibilidade de uma verdade objetiva (base das ciências naturais). Isso leva a consequências absurdas apresentadas por um relativismo absurdo pós-moderno, e que creio serem portas para o obscurantismo.

 

IHU On-Line - Críticos da Encíclica alegam que o Papa Francisco se cercou apenas de cientistas que acreditam que o aquecimento global decorre da ação do homem no planeta. Como o senhor vê o campo da ciência que entende que as mudanças climáticas não são provocadas pelo ser humano? Como se dá esse debate na ciência?

Jefferson Simões - Na verdade, não existe este debate. Vejamos os fatos: aproximadamente 98% dos artigos científicos mostram evidências de que o atual quadro de mudanças do clima já tem o sinal da interferência humana. Ainda, todas as sociedades científicas e academias de ciências nacionais têm a mesma opinião. Ou seja, não é somente o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças do Clima  que tem esta opinião.

Assim, ao colocar esta questão, o que devemos perguntar é por que temos esta percepção de um embate. Bom, devemos entender que desde o início dos anos de 1990 alguns grupos (principalmente think tanks norte-americanos) montaram uma estratégia de negação do problema climático com o objetivo de postergar o máximo possível qualquer regulamentação sobre emissão de gases estufa que poderiam levar à intensificação do efeito estufa (que sem a interferência humana é um processo natural e essencial para o clima planetário). Sabe-se hoje que esse grupo usa as mesmas técnicas de comunicação social das campanhas tabagistas que durante mais de três décadas negaram os problemas causados pelo fumo.

O que temos, então, não é um embate científico. Temos um embate ideológico e que envolve questões de visões econômicas, de valores e até religiosas. Mais grave: esta campanha nos Estados Unidos é financiada pela ExxonMobil , American Petroleum Institute  e Koch Charitable Foundation . Recomendo aos leitores o livro “Merchants of Doubt: How a handful of scientists obscured the truth on issues from tobacco smoke to global warming” , por Naomi Oreskes e Erik Conway.

 

IHU On-Line - Para o Papa Francisco, áreas como a Amazônia, floresta do Congo, desertos e reservas glaciais e hídricas são interconectados e agem na equalização do clima no mundo. Portanto, são de interesse comum. A Antártica não pertence a nenhum país . De que forma acordos internacionais, como o Tratado da Antártica , asseguram o trabalho científico internacional nesses locais “comuns”?

Jefferson Simões - Sim, os sistemas naturais estão interconectados, porque obviamente só temos um ambiente terrestre, ele não é compartimentado. Podemos compartimentar o meio natural para estudarmos e aprofundarmos nosso entendimento, mas isso é somente um artifício intelectual. As regiões do mundo não partilhadas durante o período do colonialismo, felizmente, foram de uma maneira ou outra inseridas em tratados internacionais. Assim foi pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar ou o Tratado da Antártica. Este último teve sucesso pleno, primeiramente por reservar toda a área do Planeta ao sul de 60ºS como uma região para a paz e a ciência. Uma região não militarizada, e desde 1998 sob uma moratória de 50 anos para a exploração de recursos não renováveis (basicamente os recursos minerais). O Tratado congelou as reivindicações territoriais dos sete países e, ao mesmo tempo, nenhum dos outros 45 signatários do Tratado reconhece essas reivindicações. 

Finalmente, o Tratado da Antártica tem uma cláusula única. Exige a pesquisa científica e livre trânsito das informações científicas e pessoas em toda sua região. Isso garante uma constante colaboração internacional, em uma comunidade que de qualquer modo deve constantemente lidar com um dos ambientes mais agressivos do Planeta.

 

IHU On-Line - Qual a diferença entre acordos como Tratado da Antártica e a ideia de internacionalização, como a que se comenta em torno de áreas como Amazônia?

Jefferson Simões - Muito diferente. A Amazônia faz parte de vários territórios nacionais onde a soberania do Brasil e outros países deve ser respeitada. Cabe a nós, sul-americanos amazônicos, fazer o uso sustentável da região, fazendo uma exploração racional e não destrutiva. Já a Antártica é uma região sem população nativa e cuja ocupação permanente só foi possível com o avanço científico-tecnológico posterior à Segunda Grande Guerra. Evidentemente, as duas regiões devem ser preservadas ao máximo, para o equilíbrio ambiental planetário, mas as similaridades param por aí.

 

IHU On-Line - O que seus estudos sobre a Antártica já revelam sobre a presença do homem no Planeta?

Jefferson Simões - Primeiramente é importante deixar claro que o cientista moderno não trabalha individualmente, nossas conclusões são acumulativas e geradas pelo avanço do conhecimento gerado por nossa comunidade internacional. Note que desde o início do Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR  ficou evidente o papel do continente antártico e do enorme oceano Austral (que rodeia o continente) como essenciais no controle do clima da América do Sul. Para entendermos a variabilidade do clima brasileiro, os processos climáticos antárticos são tão importantes quanto os que ocorrem na Amazônia. Basta, por exemplo, citar a questão da intensidade e frequência das frentes frias, formadas no oceano Austral , que tomamos ciência de como nosso quotidiano é afetado por processos que lá ocorrem.

Uma das mais importantes constatações da ciência antártica veio exatamente da minha área de investigação, testemunhos de gelo. Por esses estudos sabemos que as concentrações dos dois principais gases estufas (gás carbônico e metano) têm hoje as maiores concentrações ao longo dos últimos 800 mil anos. É um claro sinal do impacto do homem na composição química do ar. Nas áreas geográficas no norte da Antártica (a parte mais quente), onde trabalhamos, temos um dos maiores aquecimentos ao longo dos últimos 60 anos, e com substancial perda de gelo.

 

IHU On-Line - Quais os países que mais diretamente sofrem os efeitos de mudanças no continente gelado? Como somos impactados no Brasil?

Jefferson Simões - A grande parte das mudanças ambientais antárticas terá impacto global. Veja por exemplo a questão do derretimento de geleiras: a água, quando derrete, vai para os oceanos e isso afeta o nível médio dos mares. Ou seja, descontando os fatores locais e regionais, estamos com um cenário do aumento do nível do mar entre 25 centímetros e um metro até 2.100 metros. Isso para a costa brasileira também. 

Como o Brasil é o sétimo país mais próximo da Antártica, alguns processos poderão afetar mais nossa costa e clima. É o caso de mudanças na frequência de frentes frias (que devem se tornar menos frequentes), mudanças na intensidade das correntes oceânicas frias que chegam aos continentes do hemisfério sul (o que poderia modificar sua piscosidade ). 

 

IHU On-Line - Deseja acrescentar algo?

Jefferson Simões - A crise ambiental planetária é, antes de tudo, uma crise de valores. Ou seja, para aquela parte da sociedade que já adquiriu as condições mais do que suficientes para uma qualidade de vida aprazível. A grande questão será o que queremos levar de nossa experiência curta neste planeta belo e que, pelo que sabemos até agora, único.■ 

 

Leia mais...

- A mudança climática segundo os testemunhos do gelo. Entrevista com Jefferson Cardia Simões, publicada nas Notícias do Dia, de 09-01-2014, no sítio do IHU;

- A importância da Glaciologia para entendermos as mudanças climáticas no Brasil. Entrevista com Jefferson Simões, publicada nas Notícias do Dia, de 22-10-2007, no sítio do IHU;

- Mudanças climáticas e os impactos na água potável. Entrevista com Jefferson Simões, publicada na IHU On-line, edição 311, de 19-10-2009;

- Degelo na Antártica aumentará o efeito estufa, dizem pesquisadores. Reportagem publicada pela Agência Brasil - EBC, em 03-01-2014, reproduzida nas Notícias do Dia, de 07-01-2014, no sítio do IHU.

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