Edição 466 | 01 Junho 2015

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Redação

Entrevistas publicadas entre os dias 19-05-2015 e 29-05-2015 no sítio do IHU.

Metrópoles e Multidão: das políticas públicas às políticas do comum

Entrevista com Alexandre Mendes, Doutor em Direito, mestre em Criminologia e Direito Penal e professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Publicada em 27-05-2015

Compreender o espaço urbano à luz dos conceitos “metrópole”, “neoliberalismo” e “biopolítica” é fundamental para perceber como este se constitui enquanto um “território das lutas e da produção de uma nova subjetividade, aquela correlata às modificações da relação entre produção e espaço”, pontua Alexandre Mendes em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. “A metrópole venceu: ela implodiu-explodiu todos os muros disciplinares que pretenderiam governar o espaço e irrompeu como um fenômeno global”, afirma o pesquisador. Na avaliação de Mendes, a metrópole é hoje uma “verdadeira ‘fábrica social e difusa’, uma nova usina produtiva que opera, não por linhas, moldes e rígidas topologias, mas por redes, modulações e apreensões intensivas do fluxo social”. Ele explica que essas “apreensões buscam, justamente, a apropriação de tudo que é produzido em comum através das relações e cooperações que entram em ebulição no movimentado caldeirão das metrópoles”.

 

Crise hídrica. Uma fatalidade climática ou ela foi construída? 

Entrevista com Humberto Miranda, graduado em Ciências Econômicas, mestre e doutor pelo Instituto de Economia da Universidade de Campinas – Unicamp, onde é professor e pesquisador do Centro de Estudos de Desenvolvimento Econômico – CEDE. 

Publicada em 22-05-2015

A partir da crise hídrica que já afeta alguns estados brasileiros, devem ser feitas as seguintes questões: “Por que chegamos a esse ponto? A quem interessa a crise da água? É uma fatalidade climática ou ela foi construída?”, sugere Humberto Miranda em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Ele lembra que embora a agricultura tenha demandado um uso expressivo de água com a expansão do agronegócio, a “chamada ‘crise hídrica’, por seu turno, tem mais a ver com o urbano: indústria e urbanização”. De acordo com o professor, o consumo de água industrial e o uso doméstico apresentam uma situação mais complexa, porque estão relacionados “às formas de produção intensivas em recursos naturais (desperdiçam/degradam) ou às características específicas de um segmento em franco crescimento, como o de bebidas alcoólicas e não alcoólicas”. Para fabricar apenas um litro de bebida, por exemplo, são gastos entre 1,5 e 3 litros de água.

 

A Igreja e o processo de abertura que nunca acaba

Entrevista com Roberto Zwetsch, mestre e doutor em Teologia e professor das Faculdades da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo - EST, do Programa de Pós-Graduação e do Programa de Formação do Conselho de Missão entre Indígenas da IECLB. 

Publicada em 21-05-2015

“Com o Papa Francisco parece que estamos adentrando um novo tempo da vivência ecumênica, que tem como marcos a Conferência de Missão e Evangelização de Edimburgo em 1910, o surgimento do Conselho Mundial de Igrejas em 1948 e, evidentemente, o Concílio Ecumênico Vaticano II (1963-1965), cujo cinquentenário estamos comemorando num novo momento histórico”, pontua Roberto Zwetsch em entrevista à IHU On-Line, concedida por e-mail, por ocasião de sua participação no II Colóquio Internacional IHU – O Concílio Vaticano II: 50 anos depois. A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade. Zwetsch comenta que as declarações de Francisco e o “sentido que ele deu ao seu pontificado”, afirmando que é o bispo de Roma antes de ser papa, “já conquistou muita aceitação no mundo luterano”. 

 

Feijão transgênico liberado há dois anos está em “banho-maria” 

Entrevista com José Maria Guzman Ferraz, mestre em Agronomia e doutor em Ecologia, com pós-doutorado em Agroecologia pela Universidade de Córdoba – UCO, Espanha. Atualmente é professor do curso de mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural da UFSCar e professor convidado da Unicamp.

Publicada em 20-05-2015

O feijão transgênico Embrapa 5.1, liberado no Brasil pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio em 2011, está em “‘banho-maria’, pois apareceram vários problemas, os quais já tinham sido apontados pelos avaliadores mais críticos, que são chamados de ‘pessoas retrógradas que impedem o progresso da ciência’, quando na fase destas liberações”, informa José Maria Guzman Ferraz, em entrevista à IHU On-Line por e-mail. De acordo com o agrônomo, embora tenha sido liberado, o feijão transgênico não foi plantado comercialmente, “porque na fase de multiplicação de sementes ele apresentou problemas que levaram à paralisação da produção”. Ferraz lembra que, à época da liberação, os pareceres contrários “recomendavam maiores estudos e apontavam todas estas possibilidades, agora relatadas, mas que foram desconsideradas, e na votação venceu a imprudência e o descaso com a saúde pública”.

 

Jogos olímpicos de 2016: as remoções continuam

Entrevista com Alexandre Magalhães, graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, mestre em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e doutor na mesma área pela UERJ.

Publicada em 19-05-2015

As remoções iniciadas no Rio de Janeiro antes da Copa do Mundo continuam, mas agora com a justificativa de preparar a cidade para o novo evento esportivo que vai ocorrer no próximo ano: os Jogos Olímpicos de 2016. Somente entre 2009 e o início de 2014, 20,3 mil famílias foram removidas das favelas das Zonas Sul, Norte/Subúrbio, Jacarepaguá/Recreio dos Bandeirantes para a Zona Oeste, especificamente para áreas dos bairros de Campo Grande, Cosmos, Santa Cruz. Apesar das remoções terem ganhado visibilidade por conta dos jogos, Alexandre Magalhães explica em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail que “as propostas de intervenção sobre as favelas” é algo mais antigo no Rio de Janeiro,. Até a década de 1970, informa, o processo se concentrava “na erradicação como forma principal de ação estatal sobre estes territórios”. 

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