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Redação
Teresa de Ávila (1515-1582)
Teresa de Cepeda e Ahumada nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515. De família nobre, desde cedo demonstrava traços de sua personalidade forte. Gostava de ler histórias de santos e chegou a fugir de casa com seu irmão para tentar evangelizar os mouros. Sua mãe faleceu quando tinha 14 anos. Assim, o pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Quando leu as Cartas de São Jerônimo, disse que iria se tornar religiosa. Como o pai não aprovou, com 20 anos acabou fugindo para o Convento Carmelita de Encarnacíon, em Ávila.
Passados 25 anos, pediu permissão ao provincial para fundar novas casas. A intenção foi buscar uma vida mais austera e numa casa menor, já que vivia com cerca de 200 freiras. Anos depois, fundou a ordem das carmelitas descalças. Também fundou vários conventos e deixou uma extensa bibliografia. Entre os livros mais conhecidos estão Livro da Vida (São Paulo: Penguin Classics - Companhia das Letras, 2010), Caminho da Perfeição (São Paulo: Paulus, 2014), Moradas e Fundações (São Paulo: Paulus, 2014), entre outros. Escreveu também poemas, dos quais restam 31 deles, e enorme correspondência, com 458 cartas autenticadas.
Santa Teresa morreu no dia 4 de outubro de 1582, com 67 anos. Foi sepultada em Alba de Tormes, onde estão suas relíquias. Foi canonizada no dia 27 de setembro de 1970, pelo Papa Paulo Vl, que lhe conferiu o título de Doutora da Igreja, e sua festa é comemorada no dia 15 de outubro. Sobre Teresa, confira Teresa - A Santa Apaixonada (Rio de Janeiro: Objetiva, 2005), de autoria de Rosa Amanda Strausz, Obras completas (São Paulo: Loyola, 1995) e Santa Teresa de Jesus – “Livro da vida” (4ª ed., São Paulo: Ed. Paulus, 1983).
Thomas Merton (1915-1968)
Merton é considerado o autor católico norte-americano mais influente do século XX. Sua autobiografia, The Seven Storey Mountain (Harcourt; 1998), já vendeu mais de um milhão de cópias e foi traduzida para mais de quinze idiomas. É autor de mais de 60 outros livros e centenas de poemas e artigos. Sua temática vai da espiritualidade monástica aos direitos civis, não violência e da corrida armamentista nuclear.
Nasceu em Prades, França, em 31 de janeiro de 1915. Depois de uma juventude de indisciplina, Merton foi convertido ao catolicismo romano. Em 1941, entrou na Abadia de Gethsemani, uma comunidade de monges pertencentes à Ordem Cisterciense da Estrita Observância (trapistas). Os 27 anos que passou no Gethsemani trouxe mudanças profundas na sua autocompreensão. Esta conversão permanente impeliu para a arena política, onde se tornou, de acordo com Daniel Berrigan, a consciência do movimento pacifista da década de 1960. Ainda foi defensor do movimento não violento dos direitos civis. Por seu ativismo social, foi duramente criticado por católicos e não católicos.
Durante seus últimos anos, dedicou-se a religiões asiáticas, particularmente o Zen-Budismo. Durante uma viagem para a conferência Leste-Oeste sobre Diálogo Monástico Merton morreu, em Bangkok, em 10 de dezembro de 1968, vítima de um choque elétrico acidental. A data marcou o vigésimo sétimo aniversário de sua entrada para Gethsemani. O livro Merton na intimidade - Sua Vida em Seus Diários (Rio de Janeiro: Fisus, 2001) é uma seleção extraída dos vários volumes do diário de Thomas Merton, autor de livros famosos como A Montanha dos Sete Patamares (São Paulo: Itatiaia, 1998) e Novas sementes de contemplação (Rio de Janeiro: Fisus, 1999).