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Redação
A racionalidade taylorista e sua atualização no século XXI
Entrevista com Ludmila Abílio, cientista social e autora do livro Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos
Publicada no dia 16-10-2014
A flexibilização e a precarização do trabalho indicam a “atualização da racionalidade taylorista e o seu deslocamento para o setor de serviços”, diz Ludmila Abílio, autora do livro Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos, em entrevista à IHU On-Line. Crítica à teoria do trabalho imaterial do sociólogo francês André Gorz, Ludmila Abílio apresenta exemplos para demonstrar que o trabalho continua assentado numa lógica taylorista, na qual a “subjetividade” do trabalhador “está sendo mobilizada permanentemente”, ou seja, “é uma racionalidade que hoje se realiza pondo a subjetividade do trabalhador a serviço da produção”. O nicho de pesquisa da socióloga é o trabalho desenvolvido pelas revendedoras de cosméticos da Natura, mas sua teoria também se aplica a outras atividades, como o trabalho de operadoras de telemarketing, de motoboys e funcionários de fast foods.
A essência da técnica não é nada de técnico
Entrevista com Renato Janine Ribeiro, doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo - USP
Publicada no dia 14-10-2014
A partir do pensamento heideggeriano, Renato Janine Ribeiro propõe reavaliar a contribuição das ciências humanas nas universidades e na sociedade. Ao passo que cresce o interesse pelo desenvolvimento das ciências exatas e das tecnologias, as Humanidades têm de “promover a discussão mais aprofundada sobre uma sociedade que acredita tanto assim na tecnologia, a ponto de esquecer os fins em favor dos meios”. Na entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, Ribeiro afirma que a discussão dos valores é algo que a filosofia, como as várias psicologias e a antropologia, devem efetuar. “Ou seja, nosso papel é absolutamente central neste mundo que dá tanta importância aos aportes tecnológicos”, assevera.
Eleições 2014: “uma escolha maluca a fazer”
Entrevista com Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase
Publicada no dia 13-10-2014
Na interpretação de Cândido Grzybowski, as urnas também demonstraram a reação da “classe média”, que está “raivosa” com o PT. “Ocorre que tem uma classe média à custa da qual se fez política social neste Brasil; não foi à custa do dinheiro dos ricos. O dinheiro que saiu para as políticas sociais do PT não foi a renda dos ricos, mas exatamente mexendo na classe média, e essa está raivosa agora”. Contudo, salienta, “a classe média não é a rua; a rua são os batalhadores que chegaram agora, que começam a ter voz”. Nesta entrevista à IHU On-Line, Grzybowski também destaca a falta de debate entre os políticos acerca da situação dos indígenas, dos atingidos pela mineração, pelo agronegócio. “Queria saber quantos indígenas se sentem bem com o resultado das eleições. Ninguém falava deles, alguém falou deles?".