Edição 456 | 20 Outubro 2014

As tecnociências e a modelagem da vida

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Redação

Por ocasião do XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, e a ser realizado nesta semana, nos dias 21 a 23 de outubro, a presente edição da IHU On-Line debate alguns dos impactos da tecnociência contemporânea. Contribuem na discussão alguns dos pesquisadores nacionais e internacionais que participarão do evento.

Nikolas Rose, professor de Sociologia e diretor do Departamento de Ciências Sociais, Saúde e Medicina do King's College de Londres, debate sobre os modos como a vida humana e a cidadania foram condicionadas a questões biomédicas. "A genética é muito mais complicada do que algumas pessoas imaginam, e os genes não são instruções digitais para se produzirem seres humanos”, argumenta.

Jesús Conill, catedrático da Universidade de Filosofia Moral e Política da Universidade de Valencia, argumenta que é preciso “prestar atenção especial a cada um dos âmbitos da realidade em que as tecnologias intervêm", sustentando que devemos manter uma postura crítica frente à tecnocracia.

Para Flavia Costa, doutora em Ciências Sociais e pesquisadora no Instituto de Altos Estudios Sociales - IDAES da Universidad de Buenos Aires - UBA, discute a relação entre biopolítica e biotecnologia se debruça sobre a vivência do corpo associada aos “aspectos biológicos e aparencial-performáticos”.

Luis David Castiel, doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e pós-doutor pelo Departamento de Enfermeria Comunitaria, Salud Publica y Historia de la Ciencia da Universidade de Alicante, Espanha, aborda os dilemas éticos e biopolíticos que envolvem o ataque preemptivo a um problema identificado antes mesmo dele existir.

Para a professora Anna Quintanas Feixas, professora na Universitat de Girona, na Espanha, a bioética pretende cuidar da vida no contexto de uma sociedade dominada pela interação entre a revolução científica da época moderna e a revolução industrial.

Alberto Cupani, professor e pesquisador nascido em Córdoba, na Argentina, e radicado no Brasil, dedicou sua produção acadêmica à Filosofia da Ciência e da Tecnologia e debate a perspectiva teórica de Paul Feyerabend e se coloca como um questionador do pensamento científico acrítico.

A pesquisadora Virgínia Chaitin, doutora em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e o pesquisador Luiz Davi Mazzei, mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS e doutorando em Filosofia pela Unisinos, debatem o “fim da hegemonia da ciência”.

Halina Leal, doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo - USP e pela Universidade de Stanford, Califórnia, EUA, e Miguel Ângelo Flach, mestre em Filosofia pela Unisinos, discutem o paradoxo tecnocientífico das tecnologias e a estagnação ética.

Irene Machado, professora e pesquisadora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, USP, debate a perspectiva de McLuhan sobre "o reordenamento geopolítico do mundo a partir do campo de forças estabelecido pela informação via satélites e redes informáticas".

Luiz Henrique Lacerda Abrahão, doutor pela Universidade de Minas Gerais – UFMG e pelo Center for Philosophy of Science of University of Lisbon, argumenta que o limite ético das revoluções tecnocientíficas é a inviolabilidade humana.

Por sua vez, a economista política Jennifer Prah Ruger, doutora pela Universidade de Harvard, debate perspectivas de responsabilidades conjugadas entre o local e o global para o enfrentamento dos problemas bioéticos relacionados à saúde — o chamado “globalismo provincial”.

Complementam esta edição as entrevistas Carlos Naconecy, doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS e pesquisador visitante da Ética Animal na Universidade de Cambridge, Inglaterra, que aborda o direito em perspectiva ecossistêmica de respeito a todas as espécies de animais, e Fábio de Oliveira, doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, dá continuidade ao debate bioético sobre o direito dos animais.

Também nesta edição pode ser encontrado um 'Guia de leitura' das edições dos Cadernos IHU ideias e da revista IHU On-Line que discutem e debatem o tema desta edição e do Simpósio desta semana.

A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

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