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Redação
Metrópoles brasileiras carecem de governabilidade
Entrevista especial com Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do Observatório das Metrópoles
Publicada no dia 1º-08-2014
“O programa Minha Casa, Minha Vida não é uma política de moradia; é uma política de impulsionamento através do setor da construção civil e da economia, pelo impacto que esse setor tem”, declara Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro à IHU On-Line. Na avaliação dele, “reformar e adaptar ‘o popular’ do brasileiro seria mais interessante do que construir novas coisas, não sei onde, de maneira que ninguém sabe e com um custo que ninguém conhece”.
O mal-estar nas metrópoles continua
Entrevista com Marcelo Castañeda, doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Publicada no dia 31-07-2014
As manifestações que ocorreram em junho de 2013 em várias cidades brasileiras, e que ocorrem de modo mais espaçado nos últimos meses, expressam uma insatisfação na forma como as metrópoles vêm sendo geridas e “como os serviços públicos vêm sendo prestados como um dos fatores para esse mal-estar”, avalia Marcelo Castañeda. Para ele, em nível nacional, as manifestações iniciadas em junho do ano passado evidenciam “a ausência de participação nas decisões públicas”. E critica: “O mal-estar remete à construção da democracia brasileira, com seu fechamento institucional que não abre espaço para formas de participação que vão além da mera representação”.
O modelo neoextrativista e o paradoxo latino-americano
Entrevista com Bruno Milanez, engenheiro de produção, doutor em Política Ambiental pela Lincoln University e professor na Universidade Federal de Juiz de Fora
Publicada no dia 30-07-2014
Para o engenheiro Bruno Milanez, a proposta do novo código mineral não é uma novidade brasileira. Foi, em verdade, copiada "com algum atraso" de outros países da América Latina. Mais do que isso, para ele, a mineração tem sido responsável pela “inserção” dos países latino-americanos no cenário internacional e, no caso do Brasil, contribui para equilibrar a balança comercial. Por outro lado, agravam-se as implicações sociais e ambientais. Na avaliação dele, “o problema principal é que a proposta do novo código somente olha para o subsolo; os tecnocratas que propuseram esse projeto parecem ter esquecido que há pessoas vivendo em cima do minério”.
Brasil: Impossível pensar o futuro sem discutir a geopolítica mundial
Entrevista com Carlos Lessa, doutor em Ciências Humanas pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas e ex-presidente do BNDES
Publicada no dia 28-07-2014
“Há muitos anos eu já disse que nós caminhávamos imensuravelmente para a desaceleração da economia, e infelizmente tudo que imaginei aconteceu. Hoje o Brasil está tendo dificuldades imensas de manter se movendo como estava se movendo”, assinala o economista Carlos Lessa. Ao comentar as razões de ainda haver tantas desigualdades sociais no mundo, ele afirma que o sistema financeiro assumiu o comando da economia mundial. Segundo ele, se houvesse uma redução significativa do valor da dívida das famílias, das empresas e dos Estados nacionais, haveria naturalmente, sem grande trauma, uma mudança no perfil de retração da riqueza do mundo.