Edição 441 | 28 Abril 2014

Governos Lula e Dilma. O mundo do trabalho 12 anos depois

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Redação

Por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, que ocorre dia 1º de maio, a IHU On-Line, mantendo a tradição dos anos anteriores, aproveita o momento para levantar questões referentes ao mundo do trabalho. Após 12 anos de gestão do Partido dos Trabalhadores – PT, com os governos Lula e Dilma, quais são os avanços, os limites e os desafios do mundo do trabalho no Brasil, hoje?

Cesar Sanson, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, faz um balanço das gestões do PT e descreve os desafios no atual cenário brasileiro, contextualizando o debate proposta pela edição desta semana. Por sua vez, Ricardo Antunes, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, analisa a proximidade entre o governo Lula e os grandes capitais, reconhecendo que houve avanços na formalização do trabalho e no aumento do salário mínimo. 

Claudio Dedecca, também da Unicamp, aborda os desafios do desenvolvimento aliado à redução da desigualdade, avaliando que os governos Lula e Dilma significaram conquistas em termos de produtividade e consumo. Adverte, entretanto, que o cenário atual apresenta novos desafios ao campo do trabalho e da geração de renda. 

Dari Krein, professor no Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho – Cesit, na Unicamp, constata que os avanços na agenda do trabalho estão relacionados à formalização do emprego, mas a flexibilização continua sendo um dos principais enfraquecedores dos direitos trabalhistas. 

A mudança no paradigma sindical nos governos do PT é o tema de Roberto Véras, da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Segundo ele, ainda que as negociações coletivas tenham apresentado avanços, o Brasil ainda carece de mudanças estruturais nas dinâmicas sociais do trabalho.  

Por fim, Ruy Braga, da Universidade de São Paulo – USP, debate a precarização do mundo do trabalho, analisando os 12 anos de governo petista no Brasil a partir de reformas e programas políticos e dos incentivos à formalização. 

Outras entrevistas completam esta edição. Franz Josef Brüseke, da Universidade Federal de Sergipe, aborda a questão da técnica e da antropotécnica na obra de Peter Sloterdijk, questionando aquele que seria o outro lado do abismo descrito por Martin Heidegger e desvelado pela técnica desenfreada. 

O tema faz parte da palestra que Brüseke ministra nesta segunda-feira, dia 28 de abril, às 19h30min, no Instituto Humanistas Unisinos – IHU, parte do III Seminário que prepara o XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

Nikelen Acosta Witter, do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, investiga as relações do homem com doenças e epidemias ao longo da história na entrevista Dizem que foi feitiço – Curandeirismo e práticas de cura na historiografia do RS. Por sua vez, Valter Bezerra, da USP, em A tecnociência ultrapassa as fronteiras das comunidades científicas, analisa a racionalidade científica e as vicissitudes de sua prática e contingências. 

Por ocasião da memória da execução de Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano e teólogo alemão, no dia 9 de abril de 1945, no campo de concentração nazista de Flossenbrück, publicamos uma entrevista com Harald Malschitzky, pastor e teólogo luterano, sob o título A onipotência e a debilidade de Deus na teologia de Bonhoeffer. 

A todas e a todos uma boa leitura, uma excelente semana e Viva o 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora!

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