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Redação
David Gauthier, professor emérito da Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos, aponta o papel transformador do contrato, enquanto Florent Guénard, docente no Centro Atlântico de Filosofia da Universidade de Nantes, na França, diz que o pensamento político de Rousseau se organiza em torno de três grandes proposições fundamentais, e a conjunção entre elas estrutura a modernidade política. Esse pensador modernizou a definição de democracia, ultrapassando seu sentido clássico, acentua.
Wilson Alves de Paiva, docente na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, analisa a obra Emílio, fundante para a área de educação e considerada como síntese do pensamento rousseauniano. O homem corrompido pode ser redimido por uma ação político-pedagógica que supere o conflito entre o sujeito civil e o natural, acrescenta.
Maria Constança Pissara, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, frisa que para Rousseau a desigualdade era uma condição artificial humana, uma invenção.
A filósofa francesa Gabrielle Radica, professora na Universidade Picardie Jules Verne, na França, destaca que o pensador iluminista se inscreve na linha política “realista” de Maquiavel, Spinoza e Montesquieu.
Complementa o debate o professor da Unesp - Campus de Marília, Ricardo Monteagudo, para quem Rousseau faz uma construção conceitual inovadora.
O amante da rainha, filme de Nikolaj Arcel, aborda, com maestria, a repercussão do iluminismo, na Dinamarca do século XVIII. O filme é tema da reportagem da semana desta edição.
O filósofo Celso Martins Azar Filho, da Universidade Federal Fluminense – UFF, fala sobre Montaigne e a passagem da definição da natureza humana à consideração da condição humana.
O também filósofo Luiz Filipe Pondé retoma o debate feito pela IHU On-Line da semana passada, "Tráfico de pessoas. A forma contemporânea de escravidão humana", e destaca que essa prática e a prostituição são formas de violência que se alimentam da hipocrisia.
Uma entrevista com o cineasta Camilo Tavares sobre o documentário O dia que durou 21 anos radiografa o apoio norte-americano ao Golpe de 1964 no Brasil.
A todas e a todos uma ótima leitura e uma excelente semana!