Edição 409 | 19 Novembro 2012

Editorial

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Redação

Vastos, enigmáticos, vigorosos, repletos de vida. Mais do que povoar o imaginário das pessoas ao longo dos séculos, os oceanos são fundamentais para a vida marinha e para o equilíbrio do clima do planeta. Para debater essa temática, a revista IHU On-Line desta semana entrevistou especialistas sobre a situação desses ecossistemas, seus principais problemas e o que pode ser feito para preservá-los.

Para a conselheira de políticas oceânicas do Greenpeace Internacional, Nathalie Rey, a sede pelo petróleo pode destruir ecossistemas como o Ártico. Segundo ela, os poços do pré-sal encontrados no Brasil são mais profundos que aqueles do Golfo, e um desastre ambiental em função da extração petrolífera seria devastador. As mesmas empresas que lucraram com o derretimento do Ártico agora querem explorar seus combustíveis fósseis, denuncia.

Luís Valdés, da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco, afirma que, ao armazenar 30 vezes mais calor do que a atmosfera, os oceanos exercem papel fundamental no clima global. A combinação entre aquecimento e acidificação trará efeitos nos ecossistemas e biotas marinhos ainda não mensurados.

Os giros oceânicos e as ilhas de plástico são temas discutidos por Jorge Pablo Castello, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. A junção de dejetos deu origem no Pacífico Norte à primeira “ilha de lixo”, e após o tsunami japonês, as costas no Canadá e Califórnia foram tomadas por dejetos vindos do Oriente, observa.

O coordenador do curso de pós-graduação em Oceanologia Física da FURG, Lauro Calliari, comenta a importância do gerenciamento costeiro.

Grasiela Leães Lopes Pinho, coordenadora do Curso de Especialização em Ecologia Aquática Costeira, também da FURG, examina o risco das tintas anti-incrustantes à biota marinha.

Rosimeire Araújo Gonzalez, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, avalia a influência da temperatura dos mares nas chuvas amazônicas, enquanto José Muelbert conta como surgiu o curso de oceanologia da FURG e, ao recuperar um pouco dessa história, contextualiza-a em termos do cenário de pesquisa oceanográfica no Brasil e no mundo.

Em entrevista à IHU On-Line, o teólogo vietnamita naturalizado norte-americano, Peter C. Phan, propõe uma eclesiologia da harmonia, na qual todos têm voz, como em uma sinfonia.

Michael Löwy reflete sobre seu livro A teoria da revolução no jovem Marx, recentemente reeditado.

Alberto Oliva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e Nelson Boeira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, avaliam a importância da obra A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, 50 anos após seu lançamento.

Enfim, Cesar Sanson, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sintetiza a análise de conjuntura, publicada semanalmente, no síto do Instituto Humanitas Unisinos - IHU e Rodrigo Coppe Caldeira, professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais apresenta e comenta o livro HEFT, James L. (edited by). After Vatican II. Trajectories and hermeneutics. (Depois do Vaticano II. Trajetórias e Hermenêuticas, em tradução livre), Grand Rapids: University of Southern California, 2012.

A todas e a todos uma ótima semana e uma excelente leitura!

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