Edição 403 | 24 Setembro 2012

“Narrar o Jesus dos evangelhos é narrar como Deus acontece no meio de nós”

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Márcia Junges e Luís Carlos Dalla Rosa / Tradução: Beatriz Affonso Neves

Essa pode ser considerada a narração fundamental de Deus, pontua Manuel Hurtado, algo que é possível “quando relatamos as histórias de amor geradas pela única história de amor de Deus com os homens”

Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, o teólogo Manuel Hurtado afirmou que “narrar Deus, hoje, somente é possível quando relatamos as histórias de amor geradas pela única história de amor de Deus com os homens. Essa história única de amor é declinada numa diversidade de histórias de homens e mulheres que deixam que Deus aconteça neles, em suas vidas, sem evadir nenhuma das realidades humanas que levam o ser humano a se aproximar e a buscar realizar a sua humanidade plena não fora, mas justamente dentro do contexto cultural ao qual pertence o crente”. Em seu ponto de vista, os cristãos correm o risco de simplesmente calar diante das perguntas mais radicais da vida humana, de nossa vida. Isso “porque podemos sentir a impossibilidade de usar confortavelmente as linguagens de nossa tradição cristã que se tornaram, para muitos de nossos contemporâneos, antiquadas e irrelevantes. Segundo, porque se perdeu a capacidade auditiva que possa suscitar e provocar o exercício de nossa própria palavra de crentes, nossa própria palavra de fé”.

Manuel Hurtado é doutor em teologia pelas Faculdades Jesuítas de Paris, França, onde defendeu a tese intitulada La doctrine de l’Incarnation en théologie chrétienne des religions: Ses enjeux pour le débat contemporain (A doutrina da Encarnação na teologia cristã das religiões: suas contribuições para o debate contemporâneo). É professor de Teologia Sistemática na Universidade Católica Boliviana, de Cochabamba, e na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, em Belo Horizonte. 

Em 02-10-2012 irá ministrar o curso Dizer o mistério da Igreja ao estilo de Jesus. Em busca de novas interlocuções com a cultura contemporânea, a partir das 14h30min. A atividade integra o XIII Simpósio Internacional IHU Igreja, cultura e sociedade. A semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica. Conheça a programação completa em http://bit.ly/rx2xsL.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual é a sua leitura da cultura contemporânea? Quais as interlocuções que se apresentam e como estas envolvem a Igreja?

Manuel Hurtado – Os cristãos correm o risco de simplesmente calar diante das perguntas mais radicais da vida humana, de nossa vida. Por quê? Primeiro, porque podemos sentir a impossibilidade de usar confortavelmente as linguagens de nossa tradição cristã que se tornaram, para muitos de nossos contemporâneos, antiquadas e irrelevantes. Segundo, porque se perdeu a capacidade auditiva que possa suscitar e provocar o exercício de nossa própria palavra de crentes, nossa própria palavra de fé. Terceiro, porque sentimos falta de interlocutores que nos convidem a dizer aquilo que nos faz viver, a dizer simplesmente o que o mundo significa para nós. Mas os cristãos não são os únicos que sentem esta dificuldade de interlocução com nossa cultura contemporânea. Outros crentes sentem a mesma coisa. Dá a impressão de que a sociedade contemporânea, cheia de ruídos, de vozes diversas e de distrações, está paradoxalmente ameaçada por uma espécie de mutismo provocado por uma saturação que paralisa e esteriliza. Nesse contexto cultural contemporâneo, a palavra dos cristãos pareceria não ter espaço. 

E é justamente aí que é preciso colocar a necessidade da interlocução ou, para dizê-lo com uma palavra mais simples e clara, a necessidade é de diálogo com a cultura. Os cristãos precisam enfrentar o desafio de conversar com a cultura contemporânea nesta ou naquela sociedade concreta. Para isso precisamos criar espaços de interlocução e suscitar interlocutores que sejam capazes de escutar e que estejam dispostos a conversar. Responder a este desafio não é uma tarefa ingrata para os cristãos. Certamente não o é. Aceitar este desafio faz parte de nossa maneira de ser. E posso ainda acrescentar que não nos reconheceríamos como cristãos, como crentes, fora de uma vida dialógica com nossos contemporâneos e com a cultura ambiente na que vivemos. Não podemos crer cristamente sem relação e sem interlocução com a sociedade, com a cultura contemporânea. Essa é uma atividade própria de cada cristão, mas também é a atividade própria da comunidade cristã, da Igreja, entendida como sínodo permanente (sin-odos = caminhar juntos), como aquela comunidade cujos membros abrem caminho juntos, dão passos juntos no seu itinerário de fé, o que só pode ser entendido como diálogo com o mundo, com a cultura e numa sociedade concreta, pois os cristãos não podem deixar de habitar o mundo. Foi isso o que sempre caracterizou os cristãos. A Carta a Diogneto dos cristãos do século II já dava testemunho disso. O Vaticano II é, para a Igreja Católica, a confirmação e o impulso para lançar-se nessa dinâmica de interlocução com a cultura contemporânea.

IHU On-Line – A partir de uma perspectiva cristã, como narrar um Deus que toque o sentido do humano no atual contexto cultural, principalmente levando em consideração a pluralidade?

Manuel Hurtado – Narrar Deus. Essa é outra das tarefas fundamentais do cristão. Essa é também a tarefa da teologia. Quando Deus não é simplesmente concebido como uma ideia ou como uma abstração, mas entendido e conhecido a partir de Jesus Cristo, a partir do Nazareno, a narração de Deus torna-se uma história de amor. A partir dessa história de amor é possível aproximar-se de uma imagem de um Deus mais humano revelado na pessoa de Jesus. Por isso é necessário contradizer certas imagens equívocas de Jesus Cristo, para depois desconstruir certas imagens erradas de Deus, alimentadas por uma leitura parcial do Evangelho que esquece que Jesus Cristo vai para a cruz por amor e entrega sua vida em favor de seus contemporâneos. Por isso é necessário pensar na singular humanidade de Jesus Cristo nesta tentativa de dizer ou de narrar Deus. Se contemplarmos algumas passagens dos evangelhos, veremos que em Jesus aparece uma religiosidade alternativa que extravasa o âmbito do meramente cultural e situa-se no âmbito dos mínimos humanos necessários. Nesse âmbito, Jesus interessa-se pela carnalidade, pela alteridade e pela liberdade das pessoas. Tudo isso tem a ver com o humano, tout court. 

Narrar Deus

Somente contemplando a singular humanidade de Jesus poderemos contemplar a singular divindade do Deus de Jesus Cristo: um Deus que quis unir-se ao homem irreversivelmente, que casou para sempre com a humanidade. Trata-se de um Deus que acontece, de um Deus que é um evento e que somente pode ser encontrado no coração da experiência humana. Em resumo, Deus é narrado quando contamos a história de amor que é o próprio Deus, essa história de amor é a entrega de Monogenes, do Único Gerado, seu Filho unigênito que se identifica com os homens, começando pelos pobres, a quem ama até o extremo. Narrar o Jesus dos evangelhos é narrar como Deus acontece no meio de nós. É essa a narração fundamental de Deus. Esse relato fundamental suscita outros relatos quando Jesus é assumido por aqueles que cruzam seu caminho e deixam que Deus aconteça em suas vidas. Narrar Deus, hoje, somente é possível quando relatamos as histórias de amor geradas pela única história de amor de Deus com os homens. Essa história única de amor é declinada numa diversidade de histórias de homens e mulheres que deixam que Deus aconteça neles, em suas vidas, sem evadir nenhuma das realidades humanas que levam o ser humano a se aproximar e a buscar realizar a sua humanidade plena não fora, mas justamente dentro do contexto cultural ao qual pertence o crente.

Entretanto, penso que a afirmação do Monogenes, do Filho unigênito de Deus, longe de afirmar uma exclusividade excludente do único Filho de Deus no contexto da pluralidade das religiões da terra, nos incentiva a mostrar o paradoxo cristão fundamental: o único gerado, o Filho único gera uma multidão de irmãos. Essa multidão de irmãos (sem importar a religião a qual pertençam) compartilha conosco nossa humanidade comum, e encontramos justamente nesta o terreno do qual Deus quis, em Jesus Cristo, aproximar-se irrevogavelmente para, a partir dali, oferecer-nos a salvação desejada pelo Deus de Jesus para todos os homens. 

IHU On-Line – Em sua opinião, quais são as principais tarefas e interpelações que envolvem a cristologia contemporânea?

Manuel Hurtado – É uma pergunta ampla e com uma série de ramificações. No entanto, acredito que podemos vislumbrar algumas tarefas inevitáveis da cristologia contemporânea. Ou seja, de maneira esquemática podemos dizer que Jesus Cristo precisa ser novamente pensado como “Único Mediador”, como “Caminho, Verdade e Vida” e como “Filho do homem”. Repensar essas categorias cristológicas fundamentais já ocuparia grande parte de nossa agenda de tarefas no campo da cristologia. 

Por exemplo, como pensar a mediação quando aplicada a Cristo? A importância desta reflexão aparece com mais força e urgência no contexto das relações do cristianismo com outras tradições religiosas, especialmente na Ásia. Como pensar a figura de Jesus em relação a certas figuras de fundadores religiosos como Gautama Buda? Jesus é único em relação a outras figuras de fundadores religiosos? Como pensar que Jesus seja Caminho, Verdade e Vida no contexto atual de debate com outras tradições religiosas, especialmente no contexto de riqueza cultural e religiosa ameríndia? Como há de ser nosso atuar em relação a Jesus Cristo? Como segui-lo na história concreta dentro da qual os homens e as mulheres são humilhados, maltratados e explorados? Essa é a pergunta a qual algumas cristologias da libertação, em diferentes contextos, tentam responder. Jesus revelado como Filho do homem exige uma reflexão séria em nosso contexto cultural contemporâneo. Qual é o alcance do título Filho do homem numa sociedade na qual existem processos evidentes de desumanização, além dos detectados e pensados há muito tempo pelas cristologias da libertação? Qual é a humanidade do Filho do homem que hoje está sendo negada e vitimada? 

IHU On-Line – Na linha da inculturação, de que maneira a Teologia da Encarnação do Filho de Deus se insere no diálogo da fé cristã com outras perspectivas religiosas?

Manuel Hurtado – Como dizia acima, um dos grandes desafios e tarefas da cristologia contemporânea é pensar Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado, na linha da inculturação. Houve muitos avanços nos últimos 30 anos. Talvez, como ilustração, devêssemos citar o esforço das cristologias africanas que alguns teólogos africanos elaboraram. Alguns desses esforços buscam anunciar Cristo de uma maneira que seja significativa para os homens e para as mulheres africanas. A tentativa de inculturação consiste em atribuir a Cristo certo número de funções ou títulos que têm grande importância em algumas culturas africanas, a saber: chefe, velho, ancestral e curandeiro. Assim, quando se insiste na legitimidade de atribuir essas funções a Cristo em culturas concretas (clãs ou tribos), é necessário reconhecer também que Cristo está além de qualquer modelo particular ou tribal, já que com base na fé cristã Cristo não poderia ser confessado sem sua pretensão salvífica universal. Por exemplo, os ancestrais de um clã ou de uma tribo são entendidos como aqueles seres que dão a vida. Da mesma maneira, Cristo veio para dar a vida, por isso merece o título de ancestral. No entanto, Cristo não se deixa simplesmente identificar com um ancestral de um clã. A ação salvífica de Cristo, diferentemente dos ancestrais tribais, não se limita aos descendentes de um único clã ou de uma única tribo, já que ele é o Senhor da história, Doador de vida universal, Salvador. Haveremos de constatar que o título de ancestral aplicado a Jesus é insuficiente para dar conta do mistério de Jesus Cristo.

No contexto asiático, especialmente na Índia, muitos teólogos tentam aplicar a Cristo títulos como avatar, guru, sábio, satyagrahi (aquele que é arraigado à verdade). O teólogo Michaël Amaladoss  publicou um livro que expressa essa tentativa de atribuir a Cristo uma série de títulos próprios e eloquentes numa cultura índia e hindu . Não é difícil entender que, apesar de Jesus de Nazaré ser, de fato, um asiático, ou seja, de ter nascido, vivido e morrido na Ásia, muitos homens e mulheres asiáticos o consideram europeu. Esse tipo de reflexão teológica adquire pleno sentido apesar de ser preciso afirmar que Jesus Cristo está sempre “além de qualquer modelo” que levasse a negar sua ação salvífica universal.

Teologias indígenas

Em nosso contexto ameríndio, não podemos esquecer de mencionar as “teologias indígenas” que adquiriram grande vigor na América Latina há 20 anos. Estas teologias dão atenção ao aspecto cultural que havia sido negligenciado pela Teologia da Libertação: a grande variedade e riqueza das culturas ameríndias. Trata-se de um projeto teológico que luta pela dignidade e pelo direito dos indígenas e dos povos indígenas oprimidos e dominados. Sem dúvida, o parentesco com a Teologia da Libertação aparece claramente aqui. No entanto, estas “novas teologias” têm seu próprio método e identidade. Já existe um grande número de teólogos que se dedicam à reflexão no arcabouço das teologias índias em todo o continente americano . A centralidade da reflexão cristológica nas teologias indígenas é inegável e nela uma teologia da encarnação pode mostrar a sua fecundidade.

IHU On-Line – Ainda sobre a perspectiva inter-religiosa, como propor uma teologia da encarnação diante das teologias pluralistas extremas, como propõe o filósofo e teólogo inglês John Hick  (1922-2012)? Quais são os desafios e os limites?

Manuel Hurtado – Acredito que não se propõe uma teologia da encarnação diante das teologias pluralistas extremas. Propõe-se ou, melhor, faz-se uma teologia da encarnação diante da enorme riqueza da pluralidade de religiões no mundo. Para os cristãos, uma teologia da encarnação bem entendida pode abrir as possibilidades para crescer no respeito e no apreço pela grande variedade de tradições religiosas da humanidade e, ao mesmo tempo, para se dispor e tornar possível um diálogo inter-religioso que toque as entranhas crentes. No entanto, a Teologia da Encarnação, compreendida de maneira clássica, não tem muita aceitação atualmente. Contudo, trata-se de mostrar as possibilidades e a fecundidade de uma teologia da encarnação repensada no contexto da pluralidade das religiões. Por isso é preciso pensar seriamente a perspectiva dos encontros de Jesus com as pessoas que cruzam o seu caminho, é preciso pensar a kénosis e a cruz para a compreensão do próprio cristianismo e as consequências práticas para a vida do cristão (em relação respeitosa, de verdadeiro apreço e diálogo com outros crentes e com outras tradições religiosas).

Encarnação como metáfora

Mas para falar em John Hick, precisamos lembrar que, além de teólogo, ele é um filósofo da religião, já que ele não segue, de fato, o método propriamente teológico. Contudo, para este autor Jesus é meramente um homem que tem uma consciência da presença de Deus. Por isso a Encarnação do Verbo de Deus é simplesmente impensável na reflexão de Hick e é lógico que a considere como uma mera doutrina perniciosa, causa e veículo de grande parte das injustiças e perversidades deste mundo. Por isso é preciso, no máximo, considerar a Encarnação como uma metáfora, pois assim, segundo o autor, seria evitada toda posição de altivez e dominação do cristianismo em relação às outras religiões. Entende-se bem por que Hick mostra empenho em liquidar a Encarnação. Mas será que Hick entendeu as exigências, as implicações e os efeitos da Encarnação? O autor britânico se desfaz da Encarnação com a ilusão de nivelar o cristianismo com as outras religiões de maneira que exista uma espécie de igualdade originária entre as religiões, suprimindo toda diferença e particularidade. Contudo, dizer que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, não parece implicar necessariamente a afirmação da superioridade do cristianismo em relação às outras religiões. Por acaso, a doutrina da encarnação leva obrigatoriamente à afirmação da superioridade do cristianismo em relação às outras religiões? Para compreender aquilo que Hick pretende, os cristãos teriam que ser ilógicos, já que a superioridade do cristianismo diante das outras tradições religiosas não tem nada a ver com nossa fé na Encarnação, muito menos com a lógica da Encarnação em si. Ao contrário, a dinâmica intrínseca à Encarnação leva, convida e exige uma atitude totalmente oposta à de superioridade: exige serviço e humildade. Prolongar e eliminar as consequências dessa dinâmica encarnatória numa reflexão teológica num contexto de pluralismo religioso somente pode levar a uma teologia profundamente dialógica e humilde.

IHU On-Line – Considerando o atual contexto cultural e pensando em realidades como as da América Latina, ou em expressões teológicas que envolvem rostos como os da mulher, do negro, do indígena..., Qual o sentido e a importância da categoria da libertação no âmbito da cristologia?

Manuel Hurtado – A Teologia da Libertação se globalizou! Ela teologia passou do singular para o plural. Agora já não se pode falar simplesmente de “uma” teologia da libertação; estamos obrigados a falar de muitas “teologias” da libertação. Isso é observado especialmente na reflexão cristológica: a cristologia da libertação da América Latina estendeu-se de maneira assombrosa por todo o continente americano e pode espalhar-se para outros continentes. Pensemos simplesmente nas “cristologias feministas” ou “mulheristas”, principalmente estendidas para a América do Norte. Nelas o ponto de partida é uma prática, uma situação determinada: a experiência atual da sociedade e da Igreja marcadas pela desigualdade e pela injustiça em relação às mulheres. Tomando consciência desta situação de exclusão da mulher, lê-se a palavra de Deus, buscando e acreditando em outras possibilidades para o papel da mulher na história. Tenta-se finalmente voltar a uma prática que confira à mulher um papel mais importante, tanto na Igreja como na sociedade. 

A expansão da cristologia da libertação manifesta-se claramente na cristologia negro-americana. Esta reflexão remete até a literatura afro-americana do século XIX que expressa o que aconteceu com a população negra. Também resgata os “negro spirituals”, aquelas canções litúrgicas que antecipavam o que seria posteriormente formulado pela teologia da libertação na América Latina. 

Como é comum a toda a Teologia da Libertação, parte-se da tomada de consciência da situação de opressão e escravidão dos negros e busca-se ser iluminado pelas Escrituras. A ideia central em todas estas cristologias é a identificação que se opera entre Jesus e o povo vítima de qualquer tipo de marginalização ou de discriminação. A mesma coisa acontece nas cristologias da libertação no contexto asiático, por exemplo, na “cristologia dalit” (dos intocáveis, dos sem casta) na Índia ou na “cristología minjung” (povo oprimido) na Coreia . Assim torna-se claro e evidente o sentido e a importância da “categoria” de libertação no âmbito da cristologia.

Leia mais...

Manuel Hurtado já concedeu outra entrevista à IHU On-Line: 

* Teologias Índias. Desafios e limites. Edição 293, de 18-05-2009, disponível em http://bit.ly/gFFqjg 

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