Edição 403 | 24 Setembro 2012

Editorial

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Redação

De 2 a 5 de outubro, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove o XIII Simpósio Internacional IHU: Igreja, cultura e sociedade. A semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica. No 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II, a Unisinos debate as várias formas e possibilidades de interlocução da Igreja com a sociedade e a cultura contemporânea. A revista IHU On-Line desta semana subsidia a discussão do tema central do evento com a participação de pesquisadores/as de várias ares do conhecimento.

Marcelo Gleiser, físico, professor no Darthmouth College, em Hanover, assevera que “a religião não pode ignorar os avanços da ciência; por sua vez, a ciência não pode proclamar que sabe como resolver questões que, ao menos no momento, estão muito além de sua competência. O perigo é, de um lado, o obscurantismo e, de outro, a prepotência”.

George Coyne, astrofísico, da Universidade do Arizona, descarta o “grande Deus das Lacunas”, ou seja, um Deus a quem se recorre quando não se tem mais explicações.

Paul Valadier, filósofo francês, constata que a “Igreja Católica só terá credibilidade se admitir em seu seio um justo pluralismo”. Mas, segundo ele, “uma revolução copernicana como essa é improvável de imediato”.

Peter Phan, teólogo vietnamita, professor na Universidade de Georgetown, EUA, constata o pluralismo religioso contemporâneo e ele o vê como “uma nova maneira de ser cristão que nos permite sermos fiéis à nossa particularidade como cristãos e, ao mesmo tempo, estarmos abertos para as outras pessoas religiosas e as valorizarmos em suas próprias particularidades”. Segundo ele, “para nós hoje, portanto, ser religioso é ser inter-religioso”.

Contribuem ainda nesta edição, Mário França de Miranda e Lúcia Pedrosa de Pádua, da PUC-Rio, Manuel Hurtado, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, Belo Horizonte, Getúlio Bertelli, da Universidade Estadual do Paraná – Unioeste, Luís Carlos Susin e Joe Marçal, da PUC-RS, Antonio Spadaro, diretor da revista Civilità Cattolica, Massimo Pampaloni, do Pontifício Instituto Oriental de Roma, Mary Ann Hinsdale, do Boston Collegon, EUA e Yara Caznok, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP.

Mais duas entrevistas e um artigo completam esta edição.

O livro A conquista da abundância de Paul Feyerabend é comentado por Anna Carolina Regner, professora e pesquisadora do PPG em Filosofia da Unisinos e Vito Mancuso, escritor e teólogo leigo italiano, descreve a trajetória e o impacto da vida de Carlo Maria Martini, jesuíta, cardeal-arcebispo de Milão, recentemente falecido.

O artigo de Ruy Sardinha Lopes, professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo – USP/São Carlos e presidente da ULEPICC, rememora a vida e obra de Valério Cruz Brittos, pesquisador da área de comunicação.

A todas e a todos uma ótima semana e uma excelente leitura!

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