Edição 397 | 06 Agosto 2012

Biografia

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Redação

Baruch (Benedictus, em latim) Spinoza (1632-1677) era de família judia de origem portuguesa. Seu pai era um comerciante abastado. Criado dentro do judaísmo, estudou a Bíblia Sagrada e o Talmude, o livro dos ensinamentos rabínicos. Entre os anos de 1654 e 1656, dirigiu os negócios de sua família, mas, em junho desse ano, foi acusado de heresia e excomungado, tendo de abandonar a comunidade judaica. Mudou-se, então, para Leyden e depois para Haia, onde passou a viver de seu trabalho como polidor de lentes.

Em 1633, Spinoza publicou Princípios da filosofia de Descartes, obra expositiva dirigida a um jovem discípulo. Certamente já trabalhava, nessa época, em sua Ética, obra-prima que só seria publicada postumamente.

Vivendo num período em que os princípios de tolerância da sociedade holandesa estavam ameaçados, Spinoza preferiu trabalhar no seu Tratado teológico-político. Essa obra foi publicada anonimamente em 1670, causando escândalo.

Em 1673, foi convidado pelo rei Luís II a permanecer na França, recebendo uma pensão. Uma cátedra para lecionar na Universidade de Heidelberg lhe foi oferecida e também recusada. Spinoza preferiu a independência para elaborar sua obra. Levou uma vida sóbria, limitada por sua saúde frágil. Faleceu em 1677, aos 44 anos. Em sua obra mais importante, Ética, o filósofo demonstrou, à maneira dos geômetras, a inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e matéria seriam apenas dois atributos da substância única, divina, de infinitos atributos. O pensamento de Baruch Spinoza exerce ainda hoje considerável influência.

As obras filosóficas principais de Spinoza são: a Ethica (publicada postumamente em Amsterdam em 1677), que constitui precisamente o seu sistema filosófico; o Tractatus theologivo-politicus (publicado anônimo em Hamburgo em 1670), que contém a sua filosofia religiosa e política. 

Fonte: http://bit.ly/RcXROK e http://bit.ly/Mf3GJr 

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