Edição 394 | 28 Mai 2012

Ao mestre do “Caminho” e amigo do coração

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Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães

O poema a seguir foi escrito por Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães e enviado à IHU On-Line como homenagem ao padre Libânio. Mestre em Teologia Sistemática pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte – FAJE com a dissertação Cristianismo e Modernidade. A crise do cristianismo pré-moderno e as pistas para sua configuração atual na obra de Torres Queiruga, sob orientação de João Batista Libânio, cursou graduação em Teologia e Filosofia na FAJE. É professor na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). De sua produção bibliográfica citamos A vida cristã e os sacramentos da fé. Estrutura sacramental da vida cristã (Belo Horizonte: Impressão Digital - Centro Loyola de Cultura e Espíritualidade, 2007) e Introdução à Cristologia. Sentido teológico e encontro de fé com Jesus de Nazaré (Belo Horizonte: impressão Digital - Centro Loyola de Cultura e Espiritualidade, 2007). Confira o poema.

Por andar “Em busca de lucidez”,
E por ter frequentado a “Escola da liberdade”,
Fez da “Introdução à vida intelectual” o seu serviço fraterno,
Dedicou-se assiduamente ao desafio da “Formação da consciência crítica”,
O resultado deu muitos frutos entre nós, estou entre as muitas testemunhas,
Tornou-se, pela graça e pelo cultivo da generosidade, arguto mestre n“A
arte de formar-se”.
Por preocupar-se com “O mundo dos jovens”,
E por ter buscado entender “Para onde vai a Juventude?”,
Apontou dominante “Ideologia e Cidadania” defendeu,
E percebendo os rumos dos “Jovens em tempos de pós-modernidade”,
Como Jesus de Nazaré, o mestre de meu mestre, foi capaz de amá-los intensamente
E apontou para aquela "Tropa" as possibilidades de “Caminhos de existência”.
Por refletir intensamente a cerca da dinâmica da “Fé”,
E por buscar “Qual o caminho entre o crer e amar?”,
Percebendo a estreita relação entre “Fé e política”, práxis e festa,
Não poupou esforços, usando as mídias disponíveis: jornal, revista, livro,
rádio, internet e TV,
E diante dos desafios de “Crer num mundo de muitas crenças e tão pouca
libertação”.
Elaborou-nos instigante roteiro didático sobre a profética “Teologia da
Libertação”.
Por perceber a virulência e a certeza d“A volta da grande disciplina”,
Refletiu sobre a “Igreja contemporânea” e sobre “A religião no início do
milênio”,
E “Olhando para o futuro”, com destreza, esperança e realismo,
Embora deixando-nos perplexos com a pergunta inusitada de “Qual o futuro
do cristianismo?”.
Foi capaz de traçar-nos, com clareza, os “Cenários da Igreja”,
Lançando-nos, semanalmente, o desafio de “Um outro olhar”.
Então, voltou-se para as preciosas intuições do “Concílio Vaticano II”,
Fez memória de sua “Contextualização... e seu desenvolvimento”,
Analisou seus desdobramentos entre nós: “Conferências gerais do episcopado
latino-americano”,
E ao afirmar convicto:
“Eu creio em Deus Pai”,
“Eu creio em Jesus Cristo”,
“Eu creio no Espírito Santo”,
Com olhar esperançado, foi capaz de apontar-nos “Os carismas da Igreja do
terceiro milênio”.
Sem esquecer-nos das sementes semeadas na “Teologia da Revelação a partir
da modernidade”
Lançou-nos instigante convite: busquem “Introdução à Teologia”,
Caminho necessário para “Crer e crescer” está na opção fundamental,
E deu-nos pérolas de profunda reflexão eclesial: “Eu creio, nós cremos”,
E pílulas de sustento imediato: “Como saborear a celebração da Eucaristia?”,
Então, embrenhou-se na análise das “Linguagens sobre Jesus”, o Caminho e
a Verdade.
Antes percebeu “As grandes rupturas sócio-culturais e eclesiais”,
E os desafios de elaborar “Pastoral numa sociedade de conflitos”,
Ministrou aulas, deu cursos, fez palestras e orientação espiritual
Então, apontou-nos a necessidade de entendermos “As lógicas da cidade”,
E, com “Obediência na liberdade” e “Discernimento espiritual”,
Assumirmos o desafio diário de “Ser cristão em tempos de Nova Era”.
Por refletir também sobre as duas faces da moeda: “A vida e a morte”,
E perceber angustiado o medo de Deus presente na vida do povo
E “O problema da salvação no catolicismo popular”,
Estudou a fundo e escreveu-nos, de modo sábio, leitura esperançada da “Escatologia Cristã”,
Mostrou-nos também a importância do horizonte de “Utopia e esperança cristã”,
E de voltar-nos, sempre confiantes, sobre “Deus, os homens e seus caminhos”

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