Edição 389 | 23 Abril 2012

Editorial

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Redação

O único bioma exclusivamente brasileiro, segundo os pesquisadores, a Caatinga, é também o mais frágil. Este bioma é analisado e debatido na edição desta semana da revista IHU On-Line.

Ao analisar a biodiversidade, pouco conhecida e explorada do bioma, diversos pesquisadores contribuem com suas pesquisas e militância nesta edição. 

Haroldo Schistek, agrônomo, idealizador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, com sede em Juazeiro, afirma que a situação da Caatinga é catastrófica. 

João Arthur Seyffarth, coordenador do Núcleo do Bioma Caatinga da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente – MMA, diz que a Caatinga é o bioma semiárido mais biodiverso do mundo.

Por sua vez, Marcos Antonio Drumond, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, constata que o bioma é como uma verdadeira farmácia viva na qual a maioria das espécies é destacada por inúmeras utilizações na medicina caseira e outras. 

Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel, botânica, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, frisa que muitas são as espécies vegetais da Caatinga utilizadas como medicamentos fitoterápicos. 

Já o biólogo Rodrigo Castro, coordenador da Aliança da Caatinga e a Associação Caatinga, avalia que o bioma só será valorizado se sua biodiversidade for mais conhecida. 

Maria Tereza Bezerra Farias Sales, geóloga, coordenadora do Projeto Mata Branca, no Ceará, relata que a produção com fibras de palhas, cerâmicas, bordados com registros de espécies da fauna e flora e artefatos oriundos de material reciclável também são destaques do bioma. 

Ulysses Paulino de Albuquerque, biólogo, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, analisa a diversidade de plantas medicinais existentes no lugar. 

Por fim, Lúcia Helena Piedade Kiill, bióloga, explica que a Caatinga não é um ecossistema homogêneo, pelo contrário, trata-se de Caatingas.

Contribui com esta edição, ainda, Castor Bartolomé Ruiz, com o artigo “Objetivação e governo da vida humana. Rupturas arqueo-genealógicas e filosofia crítica”. 

Ricardo Abramovay, professor titular do curso de Economia da Universidade de São Paulo – USP, discute as possibilidades de uma outra economia tendo em vista a crise ambiental com que nos defrontamos.

Gerhard Overbeck, engenheiro ambiental, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, analisa a questão dos Campos sulinos e os desafios da conservação da biodiversidade. 

José Luiz Bica de Melo, sociólogo, professor da Unisinos, comenta alguns aspectos do filme 5x Favela – agora por nós mesmos.

Pedro Tonon Zuanazzi, estatístico da Fundação de Economia e Estatística – FEE e mestrando na Universidade do Rio Grande do Sul – UFRGS, reflete sobre a contribuição oferecida pela demografia ao desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.

“Por dispositivos legais sobre a transmissão de eventos esportivos” é o tema do artigo de Anderson David G. dos Santos, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos e Regina Catarina de Alcântara, coordenadora do curso e Nutrição da Unisinos, narra alguns aspectos da sua vida familiar e acadêmica.

A todas e todos uma ótima semana e uma excelente leitura!

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