Edição 366 | 20 Junho 2011

Editorial

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Redação

Alguns líderes religiosos, especialmente católicos, parecem apostar numa mudança do cenário religioso brasileiro tendo em vista a emergência da assim chamada “nova classe média”. Para discutir o tema, continuando ao mesmo tempo a discussão sobre o conceito ‘classe média”, tema já abordado em edições anteriores, a IHU On-Line debate o tema com especialistas e pesquisadores que se debruçam sobre as perspectivas do campo religioso brasileiro.

Brenda Carranza, professora na PUC-Campinas, atribui o avanço neopentecostal ao preenchimento de vazios deixados pelas instituições religiosas em geral, e pelo catolicismo em particular.

Joel Portella Amado, professor na PUC-Rio, considera que um bom caminho espiritual para as chamadas novas classes médias passa não apenas por relações fraternas entre os membros das comunidades, mas também pelo contato direto com os crucificados da terra e, pensando ecologicamente, com a Terra crucificada.

Na visão de Jorge Claudio Ribeiro, professor na PUC-SP, a ascensão econômica e cultural dos brasileiros vai gerar uma nova postura frente às religiões.

Leonildo Silveira Campos, professor na Umesp, identifica no cenário atual o surgimento de um tipo de religiosidade nômade, de uma espiritualidade sem igreja, que mantenha com mais força o interesse e experiência individual de cada um.

Já a socióloga Lucia Ribeiro aponta que entender as necessidades específicas da chamada nova classe média é um desafio para as religiões.

A socióloga Silvia Fernandes, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, defende que as Igrejas que pretendem recuperar os seus fiéis devem estar atentas às demandas desses indivíduos e atuar numa lógica de apoio, solidariedade e presença e menos numa lógica normativa e tradicionalista.

Em 2014 celebra-se o segundo centenário da restauração da Companhia de Jesus. A complexa história da supressão da Ordem dos Jesuítas é tema de uma longa e instigante entrevista com o escritor e jornalista jesuíta espanhol Pedro Miguel Lamet que acaba de lançar o livro El Último Jesuíta (Madrid:2011).

Carlos Roberto Velho Cirne-Lima, filósofo gaúcho, recentemente celebrou o seu 80º aniversário. Nesta edição ele narra a sua trajetória acadêmica, profissional e pessoal.

Completa esta edição o artigo de Andrés Kalikoske, membro do Grupo Cepos, doutorando e mestre em Ciências da Comunicação e coordenador do Núcleo de Análise da Teledramaturgia – NAT, sobre o poder analítico da economia política da comunicação, e o depoimenot de vida de Marcelo Leandro dos Santos, doutor em filosofia e colega de trabalho na Unisinos e no IHU.

A todas e todos uma boa semana com um oportuno feriado e uma ótima leitura!

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