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Anelise Zanoni
“Com a ideia de fazer meu Trabalho de Conclusão de Curso sobre redes sociais e a geração Y, conversei com muitas pessoas de diferentes idades e áreas de atuação profissional e, para minha surpresa, muitas delas ainda não sabiam sequer que havia divisões de gerações, quanto mais seus nomes (Baby Boomers, geração X, geração Y e agora geração Z).
Vi aí a oportunidade de falar sobre algo que é de extrema importância, visto que os indivíduos da geração Y estão chegando às lideranças empresariais e, com isso, o atual contexto organizacional está tendo de se moldar ao comportamento desses jovens.
Lendo o livro A Geração Y no trabalho: Como lidar com a força de trabalho que influenciará definitivamente a cultura da sua empresa (Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2010), de Nicole Lipkin, percebi que a geração que me incluo é perfeitamente previsível em suas características. Por termos sido criados na melhor fase político-econômico-social do mundo, nossos pais puderam nos dar uma educação recheada de atenção especial, tecnologia e sempre fomos tratados como filhos especiais.
Por causa disso, hoje temos dificuldade de lidar com críticas e feedbacks de nossos chefes. Queremos ser bem-sucedidos e focamos na carreira desejada à custa da carreira atual. Falamos o que nossos superiores não estão dispostos a ouvir e precisamos de gratificação e reconhecimento instantâneo, o que nos torna ansiosos e impacientes no ambiente de trabalho.
Lendo um blog, encontrei uma definição um tanto engraçada, mas também preocupante em relação à geração Y. A autora do blog fazia a alusão aos fones de ouvido, de que os fios do fone formam um Y. Praticamente todos os jovens Ys são adeptos às tecnologias (MSN, celular, ipods, ipads, jogos) e diversas vezes as preferem ao contato pessoal. Acabamos por nos tornarmos uma geração introspectiva e a relação interpessoal está sendo deixada de lado. De certa forma, isso está se refletindo negativamente no ambiente de trabalho.
Por outro lado, temos estilos próprios e autênticos, somos abertos a perguntas, trabalhamos muito bem em equipe, somos inovadores e não temos medo de exposição com novas ideias. Valorizamos a integração da vida profissional com a pessoal para garantir uma melhor qualidade de vida. Também temos quase total domínio do mundo digital. Somos a geração menos preconceituosa dos últimos tempos e lidamos bem com as diferenças. Damos mais valor ao talento do que ao tempo de trabalho.
Em resumo, somos a geração do momento, o que não faz de nós os últimos. A geração Z já está aí. As crianças são inteligentíssimas, sabem mexer em qualquer tecnologia e falar quase sem erros gramaticais antes dos três anos de idade.”
Andrezza Nascimento é estudante de Relações Públicas e tem 22 anos