Edição 356 | 04 Abril 2011

A política econômica do governo Dilma. Continuidade ou mudança?

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IHU On-Line

Depois de três meses é possível descrever as linhas fundamentais da política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff?

A revista IHU On-Line assumiu o desafio de buscar fazer este exercício e para isto convidou economistas e analistas sociais, de diferentes vertentes teóricas, para descreverem e analisarem as possibilidades e os desafios da economia brasileira no momento atual.

Para o economista José Luís Oreiro, a presidenta Dilma está promovendo uma “reforma silenciosa”, que pode ser percebida através da aproximação entre a política econômica do Banco Central e a da equipe econômica do governo.

David Kupfer, professor de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, salienta que o discurso presidencial indica uma mudança estrutural. Entretanto, na avaliação dele, a prioridade do governo continua sendo o crescimento econômico, como ocorria na gestão anterior.

Na percepção do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, Dilma está identificando corretamente os problemas econômicos, mas terá o desafio de fazer escolhas para tentar conter a inflação e garantir o crescimento.
Surpreso com a administração Rousseff, o economista Fernando Cardim de Carvalho percebe mudanças na condução da política econômica, mas, segundo ele, ainda é cedo para saber as consequências das medidas anunciadas.

Por outro lado, o sociólogo Francisco de Oliveira não vê novidades na política econômica da presidente e enfatiza que a presidenta Dilma dará continuidade ao projeto iniciado em 2003 pelo seu antecessor. Para ele, o Bolsa Família “continua sendo o principal trunfo político do governo”.

Para o economista Reinaldo Gonçalves, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, não há mudanças estruturais na política econômica do atual governo. Para ele, os próximos quatro anos serão mera continuidade da gestão Lula. “Pobre Brasil – lastima. Durante muito tempo ficaremos sem transformações estruturais”.

Como anunciamos na semana passada, publicamos nesta edição duas entrevistas e um depoimento que lembram a vida e a obra de José Comblin, teólogo, recentemente falecido. João Batista Libanio, professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, Belo Horizonte, Erico Hammes e Luiz Carlos Susin, professores da PUC-RS, recordam a trajetória deste grande intelectual da cena cultural brasileira.

Daniel Marguerat, professor de Novo Testamento da Universidade de Lausanne, na Suíça, dá uma instigante entrevista sobre Paulo de Tarso. Autor de vários livros, alguns traduzidos para o português, o pastor da Igreja Reformada da Suíça, estará na Unisinos, nos dias 11 a 13 de abril, ministrando o curso Ler Paulo hoje. Um estudo em diálogo com filósofos contemporâneos. O curso é promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco – Unicap.

Por sua vez, o sociólogo Luís de Gusmão, professor da Universidade de Brasília – UnB, analisa o fetichismo do conceito nas ciências sociais e na filosofia.

O artigo A dependência da juventude das tecnologias digitais é de Sérgio Mattos, jornalista, e o depoimento de Omar Reis, motorista da Unisinos, narrando a sua trajetória de vida, completam esta edição.

A versão eletrônica da revista IHU On-Line, em html, pdf e ‘versão para folhear’, estará disponível nesta página, hoje, a partir das 17h.

A versão impressa circulará amanhã, terça-feira, a partir das 8h. no câmpus da Unisinos.

A todas e todos uma boa leitura e uma ótima semana!

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