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Graziela Wolfart
Origens – Sou leopoldense de 4ª geração, filho de Pelágio e de Maria Emília de Paula. Meu pai foi bancário e minha mãe atuou na política leopoldense, foi vereadora durante 12 anos e em 1959 tornou-se a primeira prefeita gaúcha. Junto com meu pai envolveu-se também em intensa atividade de assistência social. Tenho 5 irmãos e uma irmã.
Formação – minha formação inicial foi feita no ginásio São Luiz, então mantido pelos irmãos maristas. O segundo grau cursei no Colégio Estadual Pedro Schneider. Chegou então hora de escolher uma nova direção na vida. Meus pais sonhavam com um filho engenheiro ou advogado, quem sabe médico, formado pela UFRGS. Talvez os tenha decepcionado ao optar pelo curso de História Natural, na Faculdade de Filosofia, do outro lado da rua. Neste curso, a pesquisa era considerada fundamental na formação de um naturalista. Ainda no primeiro semestre procurei o Pe. Joseph Hauser solicitando que me abrigasse em algum projeto de pesquisa. Imediatamente me incluiu num grupo que estudava oligoquetas terrestres, as minhocas, e com o passar do tempo ficamos conhecidos como os minhoqueiros.
Novos rumos – Em 1966 quando me formei estava com convites para lecionar histologia na Universidade do Crato (Ceará), na PUC em Uruguaiana, na recém criada Faculdade de Medicina de Campo Grande (Mato Grosso) ou me incorporar como pesquisador à Universidade Federal do Paraná com o grupo do Pe. Jesus Moure, na época um dos mais importantes do Brasil. Não cheguei a empacotar minhas coisas, pois Padre Hauser convidou-me a continuar, ligado ao Curso com uma bolsa de especialização do CNPq. Assim fiquei, prosseguindo com a pesquisa, ajudando-o nas aulas práticas e, algumas vezes, substituindo-o nas aulas teóricas. Após três anos de aprendizado sob sua supervisão constante fui por ele considerado apto a me tornar professor de histologia. Em 1970, fui admitido como professor na recém-instalada Universidade, iniciando assim minha vida profissional.
Imprevisto e mudança para a “nova casa” – Quando no início dos anos 1980 o prédio onde funcionavam os cursos da área da Saúde pegou fogo, perdi tudo o que eu tinha da minha pesquisa. Tivemos que nos mudar para o novo campus . Ficamos instalados na atual área 6, enquanto a área da Saúde estava sendo construída. Nessa época, além de pesquisar e dar aulas, assumi a chefia do departamento de Biologia e alternadamente a coordenação do curso de Biologia. Esse era um cargo novo. Com essas funções mais administrativas, acabei me desligando da pesquisa, mas nunca da sala de aula.
A paixão por computadores – Tudo começou em 1984 quando comprei um TK 83, um dos primeiros microcomputadores lançados no mercado. Era tudo muito rudimentar, os aplicativos, raríssimos, eram vendidos em fita cassete e o material produzido também era salvo neste meio. Drives, CDs e disquetes estavam para serem inventados. Gradualmente fui me familiarizando com aquela geringonça e embora mal conseguisse utilizar um processador de texto, passei a ser visto no meu Centro como um mago da computação. Isto me permitiu acompanhar as diversas tentativas da Universidade para incorporar esta tecnologia como instrumento de apoio ao ensino bem como participar de congressos e seminários nacionais que naquele momento iniciavam a discussão a respeito.
Ensino Propulsor – Essa paixão pela informática me permitiu um envolvimento com o Ensino Propulsor. Este é um projeto destinado a impulsionar a aprendizagem dos alunos através da oferta de novos instrumentos pedagógicos e do acompanhamento sistemático às dificuldades, ambos ajustados às aspirações e às condições de aprendizagem destes alunos. Deste forma, objetiva minimizar as taxas de evasão e repetência em disciplinas onde estas são muito acentuadas.Eu trabalho no projeto com a parte de informática. Estou muito envolvido com isso, mas ainda continuo como professor.
Autor – Erico Verissimo.
Livro – O tempo e o vento.
Filme – 2001, Uma Odisséia no Espaço.
Nas horas livres – Caminhar, jogar cartas, jogar no computador e ler.
Um sonho – Gosto muito de viajar e meu sonho é conhecer o Egito.
Política no Brasil hoje – Considero que esta é a campanha eleitoral em que menos se discutiram os problemas do Brasil. Eu vivi o período da ditadura e valorizo a liberdade que temos hoje. Mas a corrupção atual desanima.
Unisinos – Conheci a Unisinos desde seu nascimento e percebo que agora ela vive um momento em que está se abrindo para o cenário mundial. Ela está ficando internacional. É uma universidade que atingiu a maturidade e que está pronta para o mundo.
Instituto Humanitas Unisinos – É a alma jesuíta da Unisinos e o local onde se discutem os grandes temas, propostas e problemas da atualidade.