FECHAR
Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).
Graziela Wolfart e Patricia Fachin
Origens – Nasci em Porto Alegre. Meu pai era engenheiro de minas e metalurgia, trabalhava na rede ferroviária federal. Minha mãe sempre foi dona de casa. Tenho três irmãos e eu sou o filho mais novo. Quando eu nasci meu pai já estava estabelecido em Porto Alegre. Meus irmãos passaram por uma época em que meu pai, que recém tinha iniciado a carreira, era transferido de cidade em cidade. Me criei no Bairro Auxiliadora, um bairro de classe média, com amigos que tenho até hoje. Foi uma infância divertida, andando de bicicleta, brincando de esconde-esconde, pulando dentro da casa dos outros, porque não tinha grades. A gente jogava futebol e sempre fazia algum outro esporte, como natação, karatê ou judô.
Formação – Estudei em colégio público, na Escola General Daltro Filho. Era uma escola muito boa se compararmos com o ensino público de hoje. Fui privilegiado e talvez eu seja da última geração que pegou o ensino público de uma qualidade excelente. Os professores de todas as disciplinas eram ótimos. Depois, fiz o segundo grau no Instituto Porto Alegre - IPA, que é uma escola particular. Todo mundo teria continuado no Daltro Filho se tivesse segundo grau. O IPA dava muita ênfase aos esportes. Eu não cheguei à seleção nenhuma porque eu não tinha tanta habilidade, mas fui do grupo de teatro da escola. Assim que acabei o terceiro ano, passei no vestibular da UFRGS para Jornalismo. Depois, quando estava no terceiro semestre, pedi transferência interna para Publicidade. Não é que eu não tenha gostado do Jornalismo, mas criei mais afinidade com os colegas de Publicidade e, ao mesmo tempo, comecei a descobrir qualidades minhas que eu não conhecia até então, de trabalhar com foto e manipular imagem com computação gráfica. Passei a gostar muito de tudo isso, que eram coisas mais relacionadas com a Publicidade. Depois de vários anos tentando, passei na seleção do mestrado em Ciências da Comunicação da Unisinos, que concluí em 2009.
Paixão pela internet - Descobri a internet no final da faculdade. E passei a me apaixonar por esse universo. Dentro da UFRGS, no Centro de Processamento de Dados – CPD, eles davam uma conta de e-mail para a gente. Não existia nem web ainda, não tinha interface gráfica. Era tudo por linha de comando, bem rudimentar. Mesmo assim já se podiam estabelecer relações com as pessoas. Quando apareceu a web, comecei a utilizar acesso discado em casa, mas era muito lento, uma carroça.
Trajetória profissional - Comecei trabalhando em algumas agências de publicidade. Já familiarizado com a internet, vi um anúncio de que estavam precisando alguém para trabalhar com criação. Comprei um livro de HTML e aprendi a desenhar uma página. Fiz a entrevista e entrei em 1997 para a empresa que virou o Zaz que, depois de comprado pela Telefônica, virou Terra. Fiquei um ano e meio ali. Nesse meio tempo eu dava alguns cursos de Photoshop. Em 2002, o professor Alex Primo , da UFRGS, estava saindo para fazer o doutorado e me avisou que abriria vaga para professor substituto. Ele sabia que eu queria dar aula. Eu levei a documentação até lá, fui aprovado e fiquei um ano dando aula como substituto na UFRGS. Essa experiência foi fantástica e decidi que não queria saber de fazer outra coisa na vida. Também trabalhei um semestre na Unifra, em Santa Maria. Mas quando terminei o mestrado, não tinha instituição para lecionar. Praticamente quase um ano depois da minha defesa fui chamado pelo professor Daniel Bittencourt para trabalhar na Comunicação Digital da Unisinos. Estou bastante satisfeito, porque é um curso de vanguarda. Nosso currículo não tem igual no Brasil. Temos uma divisão clara entre a prática e a teoria.
União – Vivo com a Lúcia, minha companheira, há mais de cinco anos. Não tenho filhos. Ela tem um filho do primeiro casamento, que já tem 21 anos, o Leo. Ele não mora com a gente. E nós moramos com a minha mãe, que é viúva. Eu tenho vontade de ter filhos, mas a Lúcia já vai fazer 43 anos. Não sei se a gente arrisca ou se de repente adotamos uma criança mais adiante. Eu sou filho adotivo. No começo eu tinha uma certa preocupação em relação a isso, mas agora já não tenho mais. A Lúcia trabalha o dia inteiro em uma farmácia e faz faculdade de História da UFRGS, estando 12 horas ocupada todos os dias. Então agora quero mais é ajudá-la a concluir o curso.
Nas horas livres – Gosto de cinema, de assistir vários tipos de filmes, de drama, comédia e filme europeu. Adoro esportes em geral. O que não posso praticar, gosto de assistir. Ah, e sou gremista.
Sonhos – Tenho vários sonhos. Um deles é que quero que todos saibam que aquilo em que eu participei, no esforço conjunto com várias outras pessoas, levou a um passo além. Outro sonho é entrar no doutorado. Quero seguir a vida no ensino, na pesquisa e na extensão. Sonho em ver uma sociedade com mais conhecimento, com mais segurança e mais saúde. O grande problema é a baixa autoestima das pessoas, principalmente nas camadas mais populares.
Unisinos – Sensacional. Aqui na universidade é muito difícil chegar em algum setor e encontrar um funcionário de má vontade ou alguém que não tenha a informação correta para oferecer. Percebo que estamos lidando com pessoas especiais, com um propósito muito humano em tudo o que fazem. O espírito da Unisinos é de trabalhar em prol das comunidades onde ela está inserida. E é isso o que faz com que a Unisinos seja hoje uma das melhores universidades particulares do país e a melhor da região sul. É um privilégio, uma responsabilidade e um orgulho muito grande estar aqui.
IHU – Visito seguidamente o site do IHU para ler as matérias, pego algumas revistas e cadernos do IHU para ler e gosto muito. Esse trabalho é muito difícil de encontrar em qualquer universidade. Até porque aqui dentro da Unisinos o IHU é muito divulgado, é apresentado para toda a comunidade.