Edição 326 | 26 Abril 2010

Filosofia da diferença para compreender a biopolítica

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Márcia Junges

Possibilitar a compreensão e a reflexão do tema central do XI Simpósio Internacional IHU O (des)governo biopolítico da vida humana, visando debater e refletir sobre a vida humana como objeto do poder e recurso útil nas estratégias biopolíticas das sociedades contemporâneas. Esse é o objetivo do Ciclo de Estudos Filosofias da Diferença, pré-evento ao XI Simpósio do IHU, que inicia em 04-05-2010 e vai até 23-06-2010.

 

Cada uma das palestras tem como foco um pensador das chamadas filosofias da diferença. Assim, estarão em discussão Freud, Nietzsche, Heidegger, Benjamin, Foucault, Deleuze, Derrida e Lévinas. Confira, a seguir, a programação do evento. Para fazer sua inscrição, clique aqui.

Os debates iniciam em 04-05-2010, com o tema Freud e o inconsciente, que será apresentado pelo filósofo e psicanalista Mario Fleig, professor do curso de Pós-Graduação em Filosofia da Unisinos. Sobre o tema, confira a entrevista concedida pelo também psicanalista Charles Lang (Universidade Federal de Alagoas - UFAL) à presente edição da IHU On-Line. De acordo com ele, o “inconsciente freudiano pode ser entendido como o campo de forças que determinam as experiências humanas”, situado fora do campo da consciência, com forças presentes e atuantes antes mesmo do surgimento da consciência e cujos efeitos permanecem em nós como restos, resíduos. Lang explica que esse mecanismo irrompe e transgride o regime da consciência. Por outro lado, “normalizar e normatizar o inconsciente têm sido a pretensão de diversos discursos: o amoroso, o político, o pedagógico e, no último século, o psicanalítico”.

A filosofia da diferença tem como objeto a singularidade e a particularidade que habita cada pessoa. É uma corrente criada por filósofos franceses contemporâneos como Deleuze e Derrida, cuja atenção é voltada para a mudança de conceitos no indivíduo.

Trata-se de uma teoria inspirada na teoria das forças de Nietzsche. A filosofia da diferença, na prática, faz uma crítica às pessoas que se prendem às suas identidades. Para eles, toda a compreensão é uma ficção. Portanto, a evolução consiste na indiferença, no deslocamento de uma concepção a outra. Não precisamos da nossa “natureza” que faz ser quem somos.

Programação*

04 de maio
Freud e o inconsciente - Prof. Dr. Mario Fleig – Unisinos

11 de maio
A crítica de Heidegger ao biologismo de Nietzsche e a questão da biopolítica - Prof. Dr. Ernildo Stein - PUC-RS

24 de maio
Nietzsche e o pensamento trágico - Prof. Dr. Oswaldo Giacoia – Unicamp

26 de maio
Benjamin e o pensamento alegórico - Profa. Dra. Cláudia Castro – PUC-Rio

01 de junho
Foucault e a questão do sujeito - Prof. Dr. Alfredo Veiga-Neto - Unisinos

09 de junho
A geografia deleuziana do pensamento - Prof. Dr. Roberto Machado - UFRJ

17 de junho
Derrida e o pensamento da desconstrução - Prof. Dr. Paulo Cesar Duque Estrada – PUC-Rio

23 de junho
Lévinas e o pensamento do outro - Prof. Dr. Castor Bartolomé Ruiz – Unisinos

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