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Graziela Wolfart
Origens, família e infância – Sou natural de São Leopoldo. Minha mãe era professora das séries iniciais e meu pai trabalhava na indústria do calçado. Somos entre três irmãos e eu sou o do meio. Minha irmã é professora na Unisinos também, e meu irmão leciona na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo. Tenho excelentes recordações da minha infância. Lia muitos livros, mas também jogava bola, futebol de salão e futebol de botão. Nós tínhamos um pequeno clube da turma da vizinhança, onde editávamos um jornal que era mimeografado na biblioteca pública e depois vendido para nossos familiares. Tinha quadrinhos e notícias gerais e da redondeza.
Formação – Entrei na escola aos três anos de idade e, com cinco, já estava na primeira série do ensino fundamental. Até a terceira série, estudei na extinta escola Santa Terezinha, onde hoje é o Bourbon Shopping. Depois estudei no Visconde de São Leopoldo, até a oitava série. E cursei o ensino médio na Escola Pedro Schneider, em uma época em que vários professores de lá também eram professores na Unisinos. Prestei vestibular para Comércio Exterior na Unisinos, em julho de 1980, e estudei quatro semestres. Naquele momento, percebi que meu interesse estava mais voltado para a carreira docente e decidi trocar para Letras – Português. Concluí a graduação em 1990. Em 1996, concluí o mestrado em Linguística Aplicada, na PUCRS, e atualmente faço doutorado em Administração, na Unisinos.
Trajetória profissional – Antes de ingressar na faculdade, comecei a trabalhar em uma empresa de meteorologia, que prestava serviços para o Grupo Caldas Junior, em Porto Alegre, pois a meteorologia começou a ser uma paixão minha, já naquela época, em 1980. Trabalhei seis anos nessa área. Depois, enquanto era aluno do curso de Letras, comecei a trabalhar como professor. E, no ano de 1994, entrei na Unisinos como docente do curso de Letras. Em 1998, fui convidado a ingressar na coordenação do curso de Letras, onde fiquei até o início de 2004, quando passei a fazer parte do projeto Sinergia da Unisinos. Encerrado o projeto, recebi o convite para trabalhar na Unidade de Graduação da universidade, assumindo a gerência acadêmica da unidade a partir de março de 2005. Este mês faço cinco anos aqui, nesta função.
Sala de aula – Já dei aulas de Língua Portuguesa, na parte de produção textual, para vários cursos, como Letras, Pedagogia e Comunicação Social. Desde 1996, fiquei responsável também pela Língua Portuguesa para o curso de Direito, onde lecionei doze anos. Isso me proporcionou uma vivência mais próxima com a área, o que me ensinou muito. O fato de ter trabalhado mais para outros cursos, que não o curso de Letras, ajudou-me a ter uma visão mais ampla da universidade, o que é fundamental para o meu ambiente atual, onde preciso enxergar o todo do ambiente acadêmico.
Família – Sou casado com a Dora, que é jornalista e bancária. Temos uma filha de seis anos, a Helena. Além disso, tenho uma relação bastante forte com os meus irmãos. Reunimos nossas famílias aos domingos, reforçando nosso vínculo familiar.
Ser pai – A vida depois da Helena mudou muito, porque a gente passa a ser um planeta em torno de um novo sol. Todo o foco acaba sendo naquela pessoa, a quem demos a vida. É um privilégio acompanhar a formação de uma pessoa, que, a cada dia, faz algo novo, diferente. Nossa responsabilidade é de alguém quem está ciceroneando este novo ser neste planeta. O que eu aprendi sendo pai é que não adianta ser só discurso. É preciso ser exemplo.
Autor – Machado de Assis.
Livro – Crime e castigo, de Dostoievsky.
Filme – Peixe grande, de Tim Burton.
Hobby – Tenho um hobby muito interessante e diferente, que é a meteorologia. É a minha novela. Tenho um blog sobre o clima, o Observatório do Tempo (http://observatoriodotempo.blogspot.com), e outro sobre assuntos gerais: o Verdades Provisórias (http://verdades-provisorias.blogspot.com). Também gosto de ocupar meu tempo livre com leitura e convivendo com a família.
Sonho – Conhecer mais partes do nosso planeta. Gosto de viajar, e meu grande sonho é conhecer o sol da meia-noite, seja na Noruega ou no Alasca; é um plano que eu e minha esposa temos.
Política brasileira – A gente se queixa muito da classe política brasileira, mas, conhecendo um pouco outros países, vejo que há nações com situações políticas muito piores do que as nossas, inclusive aqui perto. Nós já estivemos piores. O Brasil está conseguindo crescer como país, apesar da sua classe política. Isso representa maturidade. E, se investirmos mais em educação, podemos mudar essa realidade. O país está bem valorizado no mundo inteiro, superando a crise econômica e diminuindo a desigualdade social, mas ainda deixa muito a desejar na parte educacional. Se avançarmos mais nisso, a parte política naturalmente também se qualifica.
Unisinos – É um local de trabalho formidável, um espaço que sempre admirei e gostei, desde quando era aluno. É uma instituição que está entre as líderes no Brasil. É inovadora, investe em pesquisa, está sempre procurando se aperfeiçoar, se qualificar, é referência para muitas instituições. A Unisinos está continuamente se movimentando para ser uma universidade à frente de seu tempo.
Instituto Humanitas Unisinos – Ter o IHU é um dos aspectos que qualifica a Unisinos. O que o IHU faz, em termos de eventos, debates e discussões, é transformado em conhecimento e compartilhado pela revista. A IHU On-Line é uma publicação de primeira linha, com matérias que eu adoraria ver nos jornais, mas não encontro. O IHU tem o papel de fazer essa discussão aberta, plural, e é um orgulho para a universidade ter esse instituto.