Edição 279 | 27 Outubro 2008

Como lidar com a morte? A ajuda das crenças e das práticas religiosas

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Márcia Junges

Para Laura Yoffe, as crenças religiosas sobre a vida, a morte, a dor e o sofrimento são recursos que ajudam as pessoas a outorgarem sentido à morte e à perda de seu ser querido

“O conceito de enfrentamento implica a possibilidade de reconhecer os próprios recursos úteis, tanto para a tomada de decisões quanto para a escolha de estratégias para a solução dos problemas presentes nas situações de doença, morte e luto pela perda de seres queridos. As pessoas religiosas e/ou espirituais que assumem uma atitude ativa ganham ao buscar apoio social, baseando-se em sua fé religiosa, em sua confiança em Deus, em Cristo, na Virgem Maria, no Espírito Santo ou deidades e em outros santos para poder transformar seus estados e sentimentos negativos em estados positivos.” A afirmação é de Laura Yoffe, doutoranda em Psicologia, na entrevista que segue, concedida por e-mail à IHU On-Line. Ela ainda declara que “uma atitude religiosa e/ou espiritual é a de confiar em um Deus compassivo que ajudará a sair da situação de dor, isolamento e desesperança, permitindo agir com paz, otimismo e esperança, confiando que haverá uma saída da dor e da angústia, em que o tempo ajudará a curar as feridas, e a sair do luto mais fortalecido, com uma atitude mais amorosa e compassiva consigo mesmo e com os demais”.

O conteúdo desenvolvido nesta entrevista por Laura Yoffe faz parte do tema que ela trabalha em sua tese de doutorado em Psicologia, intitulada “A influência das crenças e das práticas religiosas e espirituais em situações de perda (por morte) de seres queridos”. Ela está sendo orientada pelo Dr. Darío Páez (Universidad del Pais Vazco de Espania) e pela Dra. Elena Zubieta (Conicet, Universidade de Buenos Aires, Argentina). A tese está atualmente em processo de finalização e tem sido desenvolvida na Universidad de Palermo de la Ciudad Autonoma de Buenos Aires, Argentina.

IHU On-Line - Quais são os principais recursos de afrontamento com os quais o sujeito pode afrontar situações de perda por morte de um ente querido?

Laura Yoffe – Diante de distintas situações de perda por morte de um ser querido, os sujeitos religiosos e/ou espirituais podem contar com recursos de afrontamento que lhes são oferecidos pela sua fé, suas crenças e suas práticas religiosas e espirituais, as quais podem estar enraizadas, ou não, em um determinado credo religioso (como o catolicismo romano, o judaísmo, o budismo etc.), em um grupo, uma tradição ou uma escola espiritual. As crenças religiosas sobre a vida e a morte, a dor e o sofrimento, e mais além, a tarefa da alma na vida terrena, na reencarnação, são recursos que ajudam as pessoas religiosas a outorgarem sentido à morte e à perda de seu ser querido; assim como os valores e o legado que este ser deixa a quem sobrevive, que, por sua vez, pouco a pouco, deverá reencontrar sentido e sabor na sua vida sem a presença do ser amado. Aqueles que têm uma fé religiosa, crenças e práticas espirituais poderão acompanhar seus seres queridos em estado de doença terminal, fazendo um “luto antecipado”, no qual poderão participar de missas e cerimônias religiosas, de grupos de oração, poderão realizar práticas, tais como orações, meditações pela saúde (para que seus familiares enfermos possam se recuperar), ou práticas a partir de sua intenção de que seu ente querido possa encontrar a paz espiritual que lhe permita morrer tranqüilo e dignamente (naqueles casos em que a doença terminal não tinha cura alguma). Aqueles que aderem a crenças religiosas e desenvolvem práticas religiosas e/ou espirituais poderão contar com recursos de afrontamento, tanto em seu luto antecipado quanto em seu processo de luto a partir da morte de seu ente querido. As redes de apoio que os grupos religiosos oferecem, junto aos clérigos (sacerdotes, rabinos, pastores, lamas tibetanos), poderão acompanhar os familiares em suas orações para seu ente querido doente, assim como também poderão oferecer consolo e apoio emocional, social, instrumental e/ou religioso aos enlutados. Dentro do credo católico romano, os sacerdotes poderão dar ao doente a “Unção dos enfermos” antes de sua morte; e, logo em seguida, poderão fazer um responsório pela alma do falecido, buscando também oferecer consolo aos enlutados.

O poder da oração

As orações feitas de coração - a partir da fé religiosa - ajudam as pessoas religiosas/ espirituais, já que lhes permitem sentir que fazem algo de positivo por seu ente querido, embora a doença deste não tenha cura. As orações de cura são recursos de afrontamento religioso que podem oferecer alívio espiritual, tanto a quem as recebem quanto a quem as fazem com um sentimento de amor, cuidado e altruísmo em direção ao ente querido. Diversas pesquisas foram realizadas nos Estados Unidos por médicos como Larry Dossey  (1997) (autor de As palavras curam); Robert Benson (1975, 1984) estudioso da resposta de relaxamento e seus efeitos positivos em relação à saúde física e mental; Daniel Benor (1994) - médico psiquiatra, pesquisador dos efeitos da cura espiritual. Todas estas pesquisas dão conta do poder da oração, da meditação, do relaxamento e da cura espiritual como recursos religiosos/espirituais de afrontamento de situações negativas, de estresse e/ou traumáticas, como são as perdas por morte de entes queridos.

A importância das cerimônias fúnebres

A participação em rituais religiosos, a leitura de textos sagrados, o apoio espiritual de clérigos e pares espirituais podem ajudar os enlutados a encontrar sentido em sua vida depois da morte do ser querido e podem servir como estímulo de processos de crescimento, mudanças pessoais e elaboração de novos projetos depois de terem aceitado a morte e a perda sofrida. A participação em cerimônias fúnebres (velório, enterro, cremação, missas, celebrações, aniversários etc.) permite aos enlutados contar com consolo e apoio social de familiares e amigos, clérigos, catequistas e/ou pares espirituais que os fazem não sentir-se tão sozinhos em momentos de dor e tristeza comuns nos lutos. O conceito de afrontamento implica a possibilidade de reconhecer os próprios recursos úteis, tanto para a tomada de decisões quanto para a escolha de estratégias para a solução dos problemas presentes nas situações de doença, morte e luto pela perda de seres queridos. As pessoas religiosas e/ou espirituais que assumem uma atitude ativa ganham ao buscar apoio social, baseando-se em sua fé religiosa, em sua confiança em Deus, em Cristo, na Virgem Maria, no Espírito Santo, em outros santos ou deidades, para poderem transformar seus estados e sentimentos negativos em estados positivos. 

A importância do afrontamento

Aqueles que adotam posturas passivas, colocando-se nas mãos do destino e se iludindo com saídas mágicas, não sentem que contam com recursos de afrontamento suficientes para superar a perda do ser amado. Aqueles – ao contrário – que podem contatar-se com seus recursos pessoais de afrontamento religioso/espiritual poderão usá-los e sentir que são capazes de superar o estresse, os sentimentos de dor, angústia, tristeza e medo, podendo resolver problemas e encontrando sentimentos de paz, calma, tranqüilidade, otimismo e esperança a partir das práticas religiosas que realizam, de apoio social e /ou religioso que recebem de familiares, amigos, grupo de pares religiosos e clérigos, podendo, desse modo, atravessar situações negativas, crescer e, inclusive, sair fortalecidos de seu luto.
 
IHU On-Line - Como a religião e a fé ajudam a dar sentido e aceitação para a morte?

Laura Yoffe – Diante de situações-limite, como podem ser algumas situações de perdas - por morte - de seres queridos, o ser humano trata de encontrar sentido ao ocorrido. Overberg (2002) assinala que, ao afrontarmos situações dolorosas, tendemos a fazer as perguntas: “Por quê?” e “Por que o sofrimento?”. De maneira similar, o rabino Kushner (1981) - depois de ter sofrido a perda de um de seus filhos – levanta a dificuldade de encontrar sentido em situações-limite nas quais o ser humano busca outorgar sentido à perda sofrida a partir de sua consideração de um Deus amoroso e benevolente, ou de um Deus que castiga de maneira injusta, provocando a morte de um ente querido. Frente à dor e ao sofrimento, surge, então, a pergunta do porquê do feito trágico e o sentido do mesmo; já que o ser humano poderia suportar qualquer carga pesada se soubesse que há um sentido para ele. Segundo Kushner, as coisas ruins que nos acontecem não têm sentido quando passamos por elas, mas podemos outorgar-lhes algum significado a posteriori e assim redimi-las da insensatez. As pessoas que sofrem o que consideram uma tragédia freqüentemente se perguntam: “Por que isso aconteceu comigo? O que eu fiz para merecer isso?”. Kushner afirma que perguntas desse tipo não têm respostas, razão pela qual ele sugere que nos perguntemos: “Agora que isso me aconteceu, o que farei a respeito?”.

Um tempo definido para o luto

O judaísmo – como religião e cultura de vida - considera que o tempo, os rituais, o consolo e o acompanhamento aos enlutados pode ajudá-los a conviver com a ferida sofrida pela morte e perda do ser querido. Segundo o Rabino Skorka (2006), reitor do Seminário Rabínico Latino-Americano, os rituais funerários e de luto judeu têm o significado profundo de ajudar na superação do luto constantemente. O fato de que no judaísmo se define um tempo para o pranto e para o luto busca assinalar que há um momento no qual está tudo bem em sentir dor; mas que, ao mesmo tempo, se deverá superar a dor, mantendo a ferida, porém buscando seguir adiante com a vida, sem manter-se na postura de estar sempre de luto.

Uma tomada de consciência do sofrimento

As idéias de Overberg (2002) são similares às de Kushner (1981) quando propõe a pergunta: “Como devo responder ao sofrimento?”. A idéia é de uma tomada de consciência do sofrimento para poder considerar temas relacionados com os aspectos político e econômico, que permitam solidarizar-nos com os demais, para encontrar modos de superação do sofrimento e de suas causas em todo o mundo. Segundo ambos os autores, a pessoa religiosa é aquela que confia em Deus e que poderá relacionar-se com os demais para pedir ajuda, assim como para oferecer ajuda aos demais a partir de um sentido de serviço e a partir de valores éticos como a caridade, a compaixão, a solidariedade e o altruísmo.

Reconhecer a dor para afrontá-la

O reconhecimento da dor e do sofrimento possibilita desenvolver diferentes condutas e atividades de afrontamento religioso/espiritual, assim como de afrontamento não religioso do luto, que poderão permitir aos enlutados alcançar uma maturidade mais profunda e uma sabedoria, sem conduzi-los a uma quebra do espírito humano. Uma atitude religiosa/espiritual é a de confiar em um Deus compassivo que ajudará a sair da situação de dor, isolamento e desesperança, permitindo agir com paz, otimismo e esperança, confiando que haverá uma saída da dor e da angústia, em que o tempo ajudará a curar as feridas, e a sair do luto mais fortalecido, com uma atitude mais amorosa e compassiva consigo mesmo e com os demais.

Retomar a luta do falecido

O padre Ignacio Pérez del Viso  (2006) destaca que aqueles que sofreram a perda de um ente querido não devem centrar-se em uma atitude de resignação, mas devem poder retomar os valores pelos quais a pessoa falecida trabalhou e lutou durante sua vida. O catolicismo romano, o metodismo e o judaísmo destacam valores como a fé e a esperança na vida e assinalam que o consolo aos enlutados passa por incentivá-los a manter e transmitir os valores pelos quais seu ser querido lutou em vida, para poder recordá-lo – não apenas a partir da tristeza e da dor da perda, mas a partir do que de positivo deixou como legado a ser transmitido para as novas gerações.

IHU On-Line - É possível nos prepararmos para a experiência da morte? Como?

Laura Yoffe - O budismo tibetano - como credo religioso e caminho espiritual – levanta a importância da preparação para a própria morte a partir da prática da meditação. Dalai Lama,  Prêmio Nobel da Paz (1989), destaca a importância de pensar na morte e tê-la presente, não só para poder afrontá -la, mas também para fomentar ações que beneficiem a vida atual e as vidas futuras. Para quem não está acostumado a considerar a certeza da morte e que nem sequer menciona sua realidade, é provável que, quando se deparar com uma situação de doença terminal de um ente querido ou com a sua própria morte, sinta grande angústia, temor e confusão. O budismo tibetano defende que a meditação sobre a impermanência e a transitoriedade da vida é útil na preparação para afrontar a própria morte, assim como a dos seres queridos de maneira mais consciente e tranqüila. As distintas práticas espirituais budistas possibilitam desenvolver uma mente tranqüila, disciplinada e virtuosa, que permitirá afrontar a morte a partir de um estado de presença, de calma e de paz mental e espiritual. Deste modo, as pessoas religiosas e praticantes espirituais do budismo poderão se aprofundar em algo mais além da materialidade e da superficialidade da vida corporal e terrena, dando mais espaço ao cuidado da vida espiritual da alma, da mente ou da consciência, segundo as crenças religiosas e/ou espirituais as quais cada um aderir.

O sentido da vida está na possibilidade da morte

Tratar de compreender os mistérios da vida e da morte pode ser algo impossível, caso se pense a partir da realidade material da ciência, da psicologia e da medicina positivista; mas, se a consideramos de um ponto de vista espiritual, poderemos perceber o sentido da vida a partir da finitude marcada pela possibilidade de nossa própria morte e/ou da morte de um ser querido. Assim, poderemos apreciar e cuidar mais nossa saúde física, emocional, espiritual, nossa vida de relações e de tudo aquilo que consideramos prioritário a partir dos valores e da ética a qual aderimos. Conseqüentemente, com isso, poderemos escolher viver de acordo com um modo de vida autenticamente espiritual, que concorde com valores transcendentes e onde exista uma maior coerência entre nossa vida material, nossa vida afetiva e nossa vida espiritual.

IHU On-Line - O que as tentativas da ciência e suas descobertas para prolongar a vida ad infinitum revelam sobre a forma como o ser humano lida com seu corpo e a transcendência?

Laura Yoffe - A ciência moderna tem produzido uma mudança no ponto de vista sobre a atitude diante da doença, do corpo e da morte. Anteriormente, a morte era vista como um processo natural e uma transição espiritual; pelo qual o médico administrava opiáceos ao paciente moribundo, enquanto este era acompanhado por um sacerdote ou uma pessoa religiosa que permanecia a seu lado, junto da família, fazendo orações para uma morte em paz. Aries (2000) assinala que - desde a segunda metade do século XIX – o ambiente em torno do doente na sociedade ocidental começou a ocultar-lhe a gravidade de seu estado, enquanto seus familiares - temerosos diante da iminência da morte - também lhe ocultavam a verdade, dizendo-lhe mentiras, com a intenção de proteger o doente da dura realidade de seu infortúnio. A partir da modernidade, se tem buscado evitar o mal-estar do doente, de sua família e de seu contexto; por isso, as pessoas já não tendem a morrer em suas casas, mas sozinhas, em uma sala de cuidados intensivos de algum hospital. Os médicos, convertidos em “amos da morte” (Aries, 2000), fazem de tudo para prolongar a vida dos doentes, para ocultar deles e de seus familiares qualquer sinal visível da morte. A morte tem se convertido em tabu, substituindo o tabu do sexo (Gorer, 1965).

A importância do transcendente

A partir da Psicologia Transpessoal, da Psicologia Positiva, da Tanatologia e dos Cuidados Paliativos, se levanta a importância do aspecto espiritual e transcendente do ser humano a partir da consideração da vida do espírito, da alma ou da consciência como algo tão importante como o cuidado do corpo. Da mesma maneira, quando a morte se torna uma realidade mais próxima, é importante poder ajudar o doente terminal a despedir-se de sua vida, de seus familiares e amigos, aceitando a morte como uma passagem para outra dimensão desconhecida ou para o nada (para os ateus ou agnósticos). Aqueles que acreditam na transcendência da alma e podem atravessar um tipo de “luto antecipado” poderão desenvolver práticas religiosas/ espirituais junto e/ou para seus entes queridos doentes, de maneira a ajudá-los para que o trânsito para a morte e o morrer seja o mais rápido e digno possível, sem que se busque prolongar a vida de maneira desnecessária, que implique maior sofrimento para o doente e seus familiares, além de custos econômicos impossíveis de serem custeados por eles.

Eutanásia: um direito

Muitos humanistas apóiam a idéia da eutanásia voluntária, já que consideram que os seres humanos são responsáveis por si mesmos e têm o direito de morrer dignamente no momento e do modo que escolherem. As religiões, na atualidade, têm um conceito de suicídio que não está relacionado com o pecado e com conseqüências eternas, como era antigamente. Todos estes temas deveriam ser considerados tanto à luz dos avanços das ciências médicas e psicológicas quanto também a partir dos valores éticos das diversas religiões - em geral - e das crenças e as práticas religiosas e espirituais do doente e sua família, de modo a respeitar as diferenças e a diversidade religiosa/ espiritual de cada um, assim como também os valores e as crenças das pessoas não-religiosas - em momentos tão transcendentes como são os da morte e o morrer.

IHU On-Line - Gostaria de acrescentar algum aspecto não questionado?

Laura Yoffe – O sacerdote e psicólogo Anselm Grün  (2000) se baseou nos aportes da Psicologia Salutogênica,  desenvolvida por Antonovsky (1971), que - ao trabalhar com pacientes vítimas do Holocausto - comprovou que as mesmas experiências que provocavam o colapso e a enfermidade de umas pessoas permitiam a outras ser mais fortes e saudáveis. O referido autor estabeleceu um paralelo entre a psicologia e a espiritualidade, a partir do qual a psicologia fala com freqüência dos recursos mentais, escondidos muitas vezes debaixo de uma grossa camada, que é necessário que seja descoberta. Cada um possui um núcleo interior repleto de energia e é preciso sentir calma para romper a camada que recobre o núcleo, para fazer florescer a vida que existe dentro de cada um de nós, e que dará seus frutos (Grün, 2006).

A cura espiritual

Jacobs (1999), como psicólogo pastoral, aplica as pesquisas de Antonovsky sobre Psicologia Salutogênica em seu trabalho com assistentes espirituais que, freqüentemente, se sentem esgotados pela tarefa que realizam. A prática de cura religiosa/espiritual é considerada como um método que permite a tomada de contato com os recursos pessoais e com os recursos sociais; e quem se alimenta destas duas fontes não sentirá estresse ao trabalhar, mas um desafio em sua tarefa de vida. Para Grün (2006), o processo de cura interior implica poder atravessar um processo de transformação pessoal, que poderá dar frutos a partir do desenvolvimento de virtudes que guiem a própria vida. Desse modo, o processo de cura espiritual poderá se assemelhar, em certa medida, a um processo psicoterapêutico, já que ambos permitiriam a tomada de consciência dos próprios recursos para desenvolver uma cicatrização das próprias feridas, assim como uma visão mais adequada de si mesmo, do mundo exterior e dos recursos positivos da pessoa humana.

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