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IHU On-Line
Gilberto Faggion - Mestre em Administração pela UFRGS. Atualmente, coordena o Programa (Re) Pensando a Economia, do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, e é professor nos cursos de Administração e Cooperativismo da Unisinos.
“Atualmente, leio, com um grupo de estudos semanal no IHU, o livro Multidão: guerra e democracia na era do império, de Michael Hardt e Antonio Negri (Rio de Janeiro: Record, 2005, 530 p.). O livro relaciona-se ao Império (Rio de Janeiro: Record, 2001), publicado por esses autores. A multidão é compreendida como um sujeito político atual que pode realizar a democracia, que é capaz de pensar em novas formas de ação coletiva, que não tem uma unidade política (e, por isso, alguns conceitos ficam ultrapassados, como o de classe trabalhadora e proletariado, pois já não dão conta das complexidades contemporâneas que envolvem, por exemplo, etnia, raça e gênero); que não pretende ser maioria ou governo; que se expressa como uma reunião de minorias atuantes; que pretende obstruir os mecanismos clássicos de representação política. É a possibilidade de democracia frente à atual ordem mundial, forjada pelo império, que forma uma comunidade globalmente conectada. Nela, convergem diferentes grupos e indivíduos, os quais formam uma resistência. Deixam de ser uma identidade única, como no conceito de povo, ou um grupo em que todas as diferenças são submersas, como no conceito de massas, mas, sim, formam uma multidão, que pode construir uma outra forma de viver coletivamente.”
Rosa Maria Serra Bavaresco - Licenciada em História, pela PUCRS, e bacharel em Direito e mestre em Ciências Sociais, pela Unisinos. Atualmente, desenvolve suas atividades no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, onde coordena o Programa IHU Fronteiras.
“Estou lendo Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura, de Kwame Anthony Appiah (Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, reimpressão maio de 2007, 304 p.). Essa obra, quando publicada em 1993 recebeu os seguintes prêmios: Prêmio Annisfield-Wolf Book; Prêmio Herskovits da African Studies Association (melhor obra publicada em língua inglesa sobre a África) e Prêmio James Russel da Modern Language Association. O autor, nascido em Gana, lecionou nas universidades de Yale, Cornell e Duke e, atualmente, é titular dos estudos afro-americanos e de filosofia na Universidade de Harvard. O livro está organizado em nove ensaios, em quatro conjuntos e, ao mesmo tempo, faz uma abordagem interdisciplinar (trazendo questões da biologia, filosofia, crítica e teoria literárias, antropologia, sociologia e história intelectual e política), que discute idéias africanas, norte-americanas e européias sob o aspecto intercultural. Nos dois primeiros capítulos, que formam o primeiro conjunto, o autor explora o papel da ideologia racial no desenvolvimento do pan-africanismo. O terceiro e quarto ensaios são dedicados à indagação de como as questões referenciais à identidade africana figuram na vida literária da África. O quinto ensaio – considerações sobre a moderna filosofia africana – e o sexto – a religião “tradicional” - constituem-se no terceiro conjunto. O último conjunto de capítulos levanta questões de política e identidade.”