Edição 261 | 09 Junho 2008

A contribuição da era digital nos processos de aprendizagem

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Bruna Quadros

Assunto estará em debate no dia 12 de junho, na programação do evento IHU Idéias. A atividade é promovida pelo Instituto Humanitas Unisinos — IHU

Ambientes virtuais como ferramentas de ensino. Para entender se esta alternativa proporcionada pela era digital pode ser considerada como positiva ou negativa na formação de estudantes, uma das palestras do evento IHU Idéias será ECODI: A criação de Espaços de Convivência Digital Virtual no contexto dos processos de ensino e de aprendizagem em Metaverso. O debate sobre o assunto será proferido pela Profa. Dra. Eliane Schlemmer, docente da Unisinos como coordenadora do grupo de pesquisa em Educação Digital, no Programa de Pós-graduação em Educação. A palestrante é mestre em Psicologia do Desenvolvimento e doutora em Informática na Educação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em artigo resultante de uma das pesquisas, ela explica que um Espaço de Convivência Digital Virtual (ECODI) se constitui, principalmente, pela integração de diferentes tecnologias digitais virtuais, como ambientes virtuais de aprendizagem. Ou seja, agentes comunicativos (criados e programados para a interação) que possam favorecer diferentes formas de comunicação, como a linguagem escrita (texto), linguagem imagética (imagens), linguagem gestual (movimento) e linguagem oral (fala ou som). “Um ECODI pressupõe, fundamentalmente, um tipo de interação que possibilita aos sujeitos (considerando sua ontogenia) que ‘habitam’ esse espaço configurá-lo colaborativamente e cooperativamente de forma particular, ou seja, por meio do seu viver e do conviver”, ressalta.

Para elucidar uma das formas de interação virtual, que pode ter cunho educativo, Eliane cita os espaços construídos no programa Second Life , os quais têm como princípio serem educativos desde a sua concepção. “Ou seja, no planejamento urbano digital virtual, conceitos relacionados à ecologia, ao uso eficiente dos recursos naturais, estão presentes.” Segundo Eliane, com os recursos do Second Life também se busca experimentar as possibilidades de construção gráfica, de manipulação do inventário, do blog, com o objetivo de se estudar formas para dar vida a diferentes objetos.

Na visão de Eliane, o Second Life pode vir a se constituir como um novo espaço de convivência, baseado na formação de redes sociais digitais virtuais de aprendizagem. Nesse sentido, ele se institui quando pode contribuir, significativamente, tanto para informar quanto para formação pessoas, aplicando-se a diferentes domínios da sociedade. No entanto, Eliane faz uma ressalva: “Como se trata de algo novo, se fazem necessários processos investigativos que nos ajudem a compreender as potencialidades para o desenvolvimento humano”.

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