Para C. W. Anderson, a relação entre imprensa, tecnologia disruptiva e novas formas de participação social fará com que nos acostumemos a um mundo onde a indústria de notícias seja mais fraca e sempre envolta em constante turbulência
Na manhã do dia 17 de março de 2014, o LA Times foi o primeiro jornal a veicular a notícia sobre um terremoto ocorrido minutos antes em Westwood, Califórnia. A matéria tinha como fonte apenas a base de dados do serviço de notificação de terremotos do U.S. Geological Survey e citava ainda outros tremores ocorridos na região nos últimos 10 dias — bem como todas as localidades afetadas. A postagem tinha tudo para ser apenas mais uma, que daria sequência a uma série de novas matérias produzidas pela redação ao longo do dia. Exceto, é claro, pelo conteúdo de seu último parágrafo: “este post foi criado por um algoritmo, desenvolvido pelo autor”.
A edição desta semana da IHU On-Line vem na esteira de importantes mudanças que têm afetado o ecossistema midiático ao longo dos últimos anos. As novas mídias, a tecnologia ubíqua e as redes sociais permitiram a articulação de uma sociedade midiatizada, e tensionam o jornalismo tradicional em diversas instâncias, num contexto que pesquisadores nomearam jornalismo pós-industrial.
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