Edição 224 | 20 Junho 2007

Ilce Maria da Silva Duarte

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Originária de Vacaria, Ilce morou em Osório na infância, mas adotou Novo Hamburgo como lar. A Unisinos é a sua segunda casa, onde conheceu seu marido e graduou-se em Secretariado Executivo. Tem especializações, também, em Recursos Humanos e Administração da Tecnologia da Informação. Seu filho, Victor, passa o dia na Escolinha Canguru, da Unisinos. Aventureira, Ilce adora viagens. Viajou pelo Brasil e já foi até o Chile de carro. No futuro, ainda planeja visitar a Europa. Sempre com muita competência, ela começou a trabalhar aos 14 anos e logo se destacou. Na Universidade, é analista de segurança na GSI, onde presta serviços para diversos setores. Conheça um pouco mais de Ilce Maria da Silva Duarte na entrevista a seguir.

Origens - Nasci em Vacaria, mas pouco conheci a cidade. Logo em seguida, a família se mudou para Novo Hamburgo, onde moro até hoje.

Família - Meu pai, José, sempre trabalhou por mais de 35 anos como chefe de mecânica no Departamento Nacional de Estradas de Rodagens (atual DNIT). Minha mãe, Lindorfina, é dona de casa. A família é composta por seis filhos, três homens e três mulheres. Mudamos para Osório depois de alguns anos. Tinha uma vida tranqüila, numa família bem unida, com aquelas briguinhas normais. É uma família bem comprometida, até pela educação recebida do meu pai. Foi uma educação rígida. Meu pai é uma pessoa de muito compromisso, aberta e franca, e eu não caí longe do pé.

Estudos - Fiz os três primeiros anos do Ensino Fundamental em Novo Hamburgo. Em Osório, estudei até o fim do ciclo em uma escola rural. Voltamos para Novo Hamburgo, e comecei o Ensino Médio no Colégio 25 de Julho, à noite, no curso de Tradutor Intérprete Inglês.

Trabalho - Com 14 anos, eu comecei a trabalhar em uma fábrica de calçados, Ciro Calçados. Depois, fui para uma indústria de bolsas. Eu era jovem, mas, pelo meu compromisso e responsabilidade, cheguei a coordenar as atividades de montagem de bolsas em um dos setores da Stürmer Indústria de Bolsas. Saí dessa indústria para uma empresa de processamento de dados de Porto Alegre, Datasys. Fui informada que estavam contratando jovens para essa empresa, mas eu não sabia que atividade eu iria exercer. Eu teria que digitar. Na empresa, existia um prêmio de produção, que seria um tipo de salário extra. Já no primeiro mês, eu fui a ganhadora desse prêmio.

Oportunidade - Em 1983, alguns colegas que trabalhavam na empresa me chamaram para trabalhar junto com eles na Unisinos, onde eles prestavam serviço, em época de vestibular. Trabalhei por uma semana. No semestre seguinte, fui chamada novamente e fiquei um mês. Nessa segunda vez, surgiu uma vaga para trabalhar na Universidade. Pedi desligamento na outra empresa, e meu chefe me deixou as portas abertas, elogiando o trabalho que desenvolvi. Fiquei um período na digitação e, então, fui trabalhar como secretária da direção. Em 1999, surgiu o convite para uma vaga na área de segurança de dados na Unisinos. Foi justamente na época da virada do milênio 2000, em que estávamos migrando os sistemas de uma plataforma para outra. Aceitei o convite e comecei a estudar as ferramentas. Estou até hoje nessa área, no controle de acesso, como analista de segurança de dados. Também tive a feliz oportunidade de ministrar disciplinas de informática, no período de 1997 a 2000, no Centro de Ciências da Comunicação.

Faculdade - Enquanto trabalhava na Unisinos, comecei os cursos de Jornalismo e Secretariado Executivo. Gostava muito de escrever, mas, quando me deparei com as disciplinas do Jornalismo, vi que o curso não era o que esperava. Eu sou muito poética na maneira como escrevo; não tenho o perfil de jornalista. Tranquei o curso de Jornalismo e continuei no Secretariado. Formei-me no curso e continuei trabalhando como secretária. Fiz mais duas especializações: Recursos Humanos e Administração da Tecnologia da Informação.

Casamento - Conheci meu marido, Fabiano, na Unisinos, em 1995. Ele trabalhava no meu setor, e, depois de algum tempo, começamos a namorar. Depois de seis anos, nos casamos. Ano passado, tivemos nosso primeiro filho, o Victor. A maior parte da minha vida agora é direcionada a ele, que estuda aqui na Universidade, na Escola Canguru. E o Fabiano já foi integrante da Unisinos também. Hoje atua na SAP (parceira Unisinos).

Horas livres - Fico com a família. Dedico meu tempo ao Victor, que ainda é muito pequeno.

Esporte - Gosto muito de vôlei. Enquanto era aluna, eu jogava na Unisinos e participava de campeonatos. Também pratico caminhada quando tenho tempo.

Viagens - Quando tenho tempo, gosto de viajar. No ano de 2001, a convite do colega de trabalho, Marco, e meu marido, fizemos uma viagem ao Chile. Fomos de carro daqui até o deserto de San Pedro do Atacama, no Chile. Essa foi uma aventura muito legal, que até foi publicada no site de aventuras Inema. Relatávamos nossa viagem para o site, falando sobre todos os pontos pelos quais passávamos. Foram 17 dias de viagem. Gosto muito desse tipo de aventuras. E essa oportunidade nos fez rever as questões de planejamento, que se insere no dia-a-dia de qualquer um de nós, quando temos uma tarefa a cumprir.
 
Autor - Adoro Luis Fernando Veríssimo e as crônicas dele.

Cinema - Prefiro filmes de aventura.

Sonho - Um sonho meu é viajar para a Europa. Tenho amigas que moram no continente e insistem que eu vá para lá. Esse é um sonho que irei realizar. Tenho curiosidade de conhecer a Holanda. Tenho dois amigos de lá que vieram ao Brasil e se hospedaram na minha casa. Com eles, realizamos uma viagem do Rio Grande do Sul até Foz do Iguaçu, passando pela Argentina e pelo Paraguai. Visitamos também a Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde meu marido morou, enquanto fazia o mestrado em Engenharia, na UFSC.

Unisinos - Para mim, a Unisinos é minha segunda casa. Todo o processo de amadurecimento e educação que eu tive advém da Unisinos. É a minha família também. Houve muitas mudanças, desde que comecei aqui. Tínhamos muito mais integração entre os funcionários de diversos setores. Existe uma diferença muito grande da Unisinos que entrei para a que temos hoje. A universidade perdeu essa característica da família, ao longo dos anos. Parece-me que a administração jesuíta implica uma administração mais familiar. Mudou bastante isso, porque hoje não encontro tantas pessoas conhecidas daquela época. Entretanto, a Unisinos continua sendo a minha casa. Meu crescimento e todas as aquisições que fiz vieram daqui. Sempre apostei na Unisinos como uma indústria do conhecimento, tanto para mim como para qualquer pessoa que já passou por aqui.

IHU - O IHU representa, para a Unisinos, um espaço de integração e comunicação. Abre fronteiras, quando disponibiliza informações das mais variadas instâncias. O IHU transpõe as fronteiras da interdisciplinaridade através de seus projetos.

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