FECHAR
Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).
Redação
Lei de terrorismo, aprovada no Senado, fragiliza protestos no Brasil
Moradores da periferia queimam um ônibus para protestar contra a morte de um jovem nas mãos da polícia. Durante uma manifestação de estudantes contra o fechamento de escolas estaduais, uma estação do metrô é apedrejada. Em passeata pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, um rapaz que vestia camiseta vermelha é agredido com tapas e pontapés. De acordo com uma lei aprovada na noite desta quarta no Senado, todos os exemplos podem ser enquadrados como atos de terrorismo, e aqueles que os praticaram estão sujeitos a penas de 16 a 24 anos.
A reportagem é de Gil Alessi, publicada por El País, 29-10-2015.
O projeto de lei chega num momento em que o Brasil é sacudido por protestos de toda natureza, diante do aprofundamento da crise política e econômica: de professores que se queixam do fechamento de escolas, a movimentos sociais que protestam contra o ajuste fiscal, passando pelos movimento pró e contra impeachment da presidenta Dilma.
Manifestantes invadem arena e protestam durante Jogos Indígenas
Cerca de 200 indígenas de diversas etnias invadiram o estádio dos Jogos Mundiais Indígenas e interromperam as competições da noite desta quarta-feira (28).Logo antes das 19h, o grupo entrou na Arena Verde e invadiu o campo com cartazes e gritos contra a PEC 215 - o projeto de emenda constitucional que teve sua primeira aprovação ontem por comissão especial da Câmara dos Deputados.
A reportagem é de Júlia Dias Carneiro, publicada por BBC Brasil, 29-10-2015.
No centro do campo, os indígenas formaram um grande círculo e deram-se as mãos, gritando "não à PEC 215". Segundo eles, o texto dificulta a demarcação de terras. Depois, agruparam-se ao lado de uma das arquibancadas, onde alguns líderes do movimento discursaram, apropriando-se de um dos microfones do evento enquanto o público que até então assistia às provas de corrida de 100 metros acompanhava em silêncio.
As mulheres na prova do Enem 2015 e o discurso de ódio contra os direitos humanos
Em um contexto extremamente conservador e de imensos retrocessos para os direitos das mulheres no Brasil – tanto no Congresso Nacional como na execução de políticas públicas – esse último final de semana foi marcado pela surpreendente forma como algumas das questões foram abordadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A reportagem foi publicada por Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, 29-10-2015.
Assim que abriram o caderno de provas no último sábado (24) os/as estudantes se depararam com uma questão, em especial, que chamou a atenção e rapidamente ganhou destaque nas redes sociais. A prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias trazia a seguinte afirmação da filósofa Simone de Beauvoir: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.”
O cardeal Pell e a economia (eucarística). Artigo de Andrea Grillo
Um Sínodo não pode ser interpretado como um "balanço econômico". É óbvio que, se em um balanço não "entra" um item, este também não pode "sair". Se em um balanço não entra "comunhão", também não pode sair "comunhão": isso é pacífico. Será possível que o bispo mais experiente em economia não tenha se dado conta disso?
A opinião é do teólogo italiano Andrea Grillo, leigo casado, professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo, de Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, de Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, de Pádua. O artigo foi publicado no seu blog Come Se Non, 28-10-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Confira um trecho.
Desde que o Sínodo se concluiu, o cardeal George Pell concede entrevistas em que defende:
- o magistério sobre a família saiu totalmente confirmado da Relatio, cujo texto, na sua opinião, repetiria totalmente a Familiaris consortio;
A brasileirização das eleições na Argentina
Quem acompanhou a apuração dos resultados do primeiro turno da Argentina tendo vivido o que aconteceu nas eleições brasileiras do ano passado deve ter sentido aquele clássico déjà vu: um candidato governista que as pesquisas diziam que lutava por uma vitória no primeiro turno, e apesar de ser apoiado por um presidente muito popular, termina obtendo uma magra e decepcionante vitória, contra um opositor de direita flertando com consignas de esquerda e alcançando uma derrota com sabor de vitória, já que começa a corrida pelo segundo como claro favorito.
A reportagem é de Victor Farinelli, publicada por CartaCapital, 27-10-2015.
O primeiro personagem pode ser tanto Dilma Rousseff quanto o peronista Daniel Scioli – o candidato governista nas eleições argentinas, que teve 36,8% dos votos no último domingo. O opositor, em um dos casos, é Aécio Neves, no outro, é o neoliberal Mauricio Macri – 34,3% dos votos.