Edição 462 | 30 Março 2015

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Redação

Entrevistas publicadas entre os dias 24-03-2015 e 27-03-2015 no sítio do Instituto Humanitas Unisinos - IHU.

A crise não é mortal. Presidente é fraca e dependente de Lula

Entrevista com Francisco de Oliveira, cientista social e professor aposentado do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo – USP.

Publicada em: 27-03-2015

Na avaliação de Chico de Oliveira,  a atual crise brasileira “não é uma surpresa” e tampouco diz respeito a uma crise política ampla. Ao contrário, é “uma crise devido ao fato de que a Dilma é uma presidente fraca. Mas também não se trata de uma crise mortal”. Na entrevista, ainda destaca que em seu segundo mandato, Dilma está “pagando o preço de ser uma candidata dependente do Lula” e de não ter “base própria”. Ao comentar a atual conjuntura política, é categórico: “Nós deveríamos aprender para nunca mais repetirmos esse estilo mexicano de que um candidato que está na presidência deve apontar seu sucessor. Isso não dá certo no Brasil e não devemos deixar o Lula ou qualquer outro repetir essa situação”.

 

Crise política e o retorno da tese ''ajustar para depois crescer''

Entrevista com Vanessa Petrelli, economista, mestre em Economia pela Universidade de Brasília, doutora em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas. É Professora Associada da Universidade Federal de Uberlândia.

Publicada em: 26-03-2015

Compreender a atual conjuntura brasileira “envolve a compreensão não só dos rumos do país nos anos anteriores, como também da dinâmica mundial”, ressalta Vanessa Petrelli. Segundo ela, hoje a crise brasileira é entendida a partir de duas posições antagônicas entre aqueles que defendem que o Estado gastou demais, mas é possível recuperar os investimentos e garantir o desenvolvimento de políticas públicas, e aqueles que defendem que o desequilíbrio econômico foi causado pelos gastos estatais e a única maneira de solucionar a situação é por meio de ajustes. A economista ainda explica o que considera serem as reais razões que motivaram o atual ajuste fiscal e aposta numa perspectiva positiva após a crise.

 

Ausência de coesão política impede projeto de desenvolvimento brasileiro

Entrevista com David Kupfer, mestre em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e doutor em Economia pela mesma universidade, professor Associado do Instituto de Economia da UFRJ e editor da Revista de Economia Contemporânea.

Publicada em: 25-03-2015

A “raiz de todos os problemas” brasileiros é a “disputa imediatista” de diversos grupos da sociedade, que impedem a construção de um projeto de desenvolvimento. A tese é de David Kupfer. Na entrevista, esclarece que a economia brasileira passou por “períodos razoáveis de estabilidade desde o Plano Real”, além de “períodos com robustez macroeconômica e, portanto, teríamos condições de fazer um plano de voo”. Contudo, frisa, um projeto de desenvolvimento tem se tornado impossível porque “é difícil”, no país, “conduzir um processo de transformação estrutural a partir da estrutura preexistente”.

 

Agenda ambiental não é prioridade do Estado brasileiro 

Entrevista com Carlos Rittl, mestre e doutor em Biologia Tropical e Recursos Naturais e coordenador executivo do Observatório do Clima.

Publicada em: 24-03-2015

“Com bastante apreensão nós recebemos a notícia do desmantelamento de toda a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável”, diz Carlos Rittl ao comentar as demissões anunciadas no início da semana passada. Segundo ele, a equipe estava desenvolvendo o estudo intitulado Brasil 2040, o qual tem como finalidade apresentar “informações relevantes” para compreender “de que forma as mudanças climáticas irão afetar o regime de chuvas e o regime hidrológico das grandes bacias do Brasil. Na sua avaliação, as demissões demonstram que “o governo não consegue compreender nem o que a realidade deveria nos impor em termos de responsabilidade”. Rittl também comenta os primeiros resultados da reunião de Genebra, onde representantes dos países participaram da primeira rodada de negociações para elaborar o texto que será discutido na COP-21, em Paris.

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