Edição 452 | 01 Setembro 2014

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Redação

Entrevistas especiais feitas pela IHU On-Line no período de 25-08-2014 a 29-08-2014, disponíveis nas Entrevistas do Dia do sítio do IHU.

"Não há uma comprovação das causas do aumento de casos de depressão observado nas últimas décadas"
Entrevista com Miguel Roberto Jorge, professor Associado do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Publicada no dia 29-08-2014

“Não se pode interpretar diretamente que os suicídios sempre representem mortes relacionadas à depressão na medida em que se estima que cerca de 50% dos suicídios estão relacionados à depressão e o restante a outras causas”, adverte o psiquiatra Miguel Roberto Jorge. Os dados divulgados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS, indicando que o número de mortes relacionadas com depressão cresceu 705% nos últimos 16 anos, reiteram que “a depressão já é considerada um problema de saúde pública em todo o mundo tanto pela frequência com que se manifesta entre as pessoas como pela incapacidade que nelas provoca”, pontua o profissional em entrevista à IHU On-Line. Apesar do número de mortes ser surpreendente, o psicanalista esclarece que ainda não há “uma comprovação das causas do aumento de casos de depressão observado nas últimas décadas”.


Decifrar o lixo, decifrar perspectivas
Entrevista com Maurício Waldman, doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo e pesquisador na área do meio ambiente
Publicada no dia 28-08-2014

As evidências demonstram que a quantidade de lixo gerada tem crescido consideravelmente nos últimos anos, mas quando se trata de quantificar os dados, “as disparidades nos levantamentos estatísticos constituem controvérsia endêmica entre os especialistas em resíduos”, assinala Maurício Waldman, autor de Lixo: Cenários e Desafios (Cortez Editora, 2010). Numa “radiografia quantitativa” a partir de estudos franceses, é possível que os resíduos urbanos globais oscilem entre 2,5 e 4 bilhões de toneladas, com uma “margem de erro”, conforme destaca o pesquisador, “note-se bem: uma margem de erro de ‘apenas’ 1,9 bilhão de toneladas de sobras”. No Brasil, a conta gira em torno de “78,4 milhões de toneladas, uma massa de refugos considerável sob qualquer ponto de vida”, pontua Waldman.


Eleições 2014: "A diferença entre os candidatos está em nuances"
Entrevista com Antônio Carlos Mazzeo, cientista político e doutor em História Econômica pela USP
Publicada no dia 27-08-2014

A reconfiguração política da candidatura presidencial do PSB por conta da morte do ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, vai acirrar a disputa pelo segundo lugar nas eleições deste ano. Isto porque Marina Silva, nova candidata à Presidência, “passa a disputar diretamente a campanha com outro perfil conservador, que é o de Aécio Neves”, avalia o cientista político Antônio Carlos Mazzeo, em entrevista à IHU On-Line. O segundo ponto que converge para uma possível disputa do segundo lugar nas eleições entre Marina e Aécio está relacionado ao fato de o vice de Marina, Beto Albuquerque, ser “ligado ao agronegócio”, assinala. Mazzeo enfatiza que não há elementos centrais que distinguem as três candidaturas deste ano, e as “nuances são as políticas sociais”. Ele esclarece: “nenhum dos três programas apresentados altera o rumo da economia brasileira; não tem nenhuma novidade no plano da organização da economia”.


O Protocolo de Nagoya e a divisão equitativa dos recursos genéticos mundiais
Entrevista com Bráulio Dias, Secretário Executivo das Nações Unidas do Secretariado da Convenção da Diversidade Biológica
Publicada no dia 25-08-2014

O Protocolo de Nagoya, que entrará em vigor internacionalmente em outubro deste ano, estabelece as regras para a repartição de benefícios do uso de recursos genéticos de forma justa e equitativa entre os países membros. Resultado da Convenção da Diversidade Biológica – CDB, que tem 193 países membros, mais a União Europeia, o Protocolo já foi ratificado por 50 países, e a expectativa do secretariado da CDB é de que até a data da primeira conferência das partes do Protocolo, que ocorrerá em outubro deste ano na Coreia, “vários outros países já tenham protocolado o seu documento de ratificação”, diz Bráulio Dias à IHU On-Line. Na entrevista concedida por telefone de seu escritório em Montreal, no Canadá, Dias explica que o Protocolo surge como demanda dos países em desenvolvimento, para os quais é “necessário ter uma definição maior de regras internacionais para proteger os seus interesses nacionais”.

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