Edição 307 | 08 Setembro 2009

Toca de Assis: viver uma vida pautada na diferença

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Graziela Wolfart e Márcia Junges

Na opinião de Rodrigo Portella, o catolicismo tem se servido da cultura “do mundo”, da sociedade secular, antes vista com desconfiança, e, no assimilar as expressões culturais à sua volta, as têm transformado, cristianizado 

“A Fraternidade Toca de Assis é uma organização religiosa na Igreja Católica, de caráter neofranciscano, composta por grande quantidade de jovens. Atualmente, a organização conta com mais de 2.000 aderentes em sua fraternidade de vida religiosa consagrada, espalhados em cerca de 120 casas pelo Brasil e exterior. A Toca de Assis vincula-se, em simpatia e inspiração, à Renovação Carismática Católica. É, grosso modo, uma Comunidade de Vida e Aliança.” Essa é a definição que Rodrigo Portella dá ao movimento católico Toca de Assis. Ele concedeu a entrevista a seguir, por e-mail, à IHU On-Line, onde explica que “a Toca de Assis entende ter a missão de zelar pela pureza doutrinária e litúrgica da Igreja, e pela santidade do clero e dos fiéis, e para tanto empreende, através de orações e rituais, uma ‘batalha espiritual’ em defesa do modelo de Igreja que idealiza”. E acrescenta: “as novas sensibilidades também são antigas, ou seja, recuperam, às vezes em novas roupagens e expressões, elementos tradicionais do catolicismo, como a ênfase em jejuns, sacrifícios, adoração permanente à eucaristia e a reutilização de formas estéticas (como vestimentas) que remetem a um catolicismo que lembra o passado, também na linguagem e nas formas litúrgicas”. E ao falar sobre o cuidado dos toqueiros com os pobres e pessoas da rua, Portella, alerta que, no caso das novas comunidades e da Toca de Assis em particular, “este encontro com os mais pobres se dá em perspectiva bem distinta da opção pelos pobres ensaiada pela Igreja latino-americana nas últimas décadas”.

Rodrigo Portella é doutor em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, na área de concentração em Ciências Sociais, tendo realizado estágio doutoral na Universidade do Minho, em Portugal. É mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, e possui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia – EST, e em História pela Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia - FFSD. Tem experiência na área de Ciência da Religião, História e Ciências Sociais. É também coordenador da coleção “Cultura & Religião”, da Editora Santuário, e co-autor, ao lado de Antônio Magalhães, de Expressões do Sagrado: reflexões sobre o fenômeno religioso (Aparecida: Santuário, 2008). 

Confira a entrevista.

IHU On-Line - O que é a Toca de Assis? Qual é o contexto de seu surgimento?

Rodrigo Portella - A Fraternidade Toca de Assis é uma organização religiosa na Igreja Católica, de caráter neofranciscano, composta por grande quantidade de jovens. Atualmente, a organização conta com mais de 2.000 aderentes em sua fraternidade de vida religiosa consagrada, espalhados em cerca de 120 casas pelo Brasil e exterior. A Toca de Assis vincula-se, em simpatia e inspiração, à Renovação Carismática Católica.  É, grosso modo, uma Comunidade de Vida e Aliança. Da comunidade de aliança participam leigos sob a inspiração da organização, e na comunidade de vida estão mulheres e homens que fazem os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. A comunidade de vida toma a forma de um instituto religioso, subdividido para homens e para mulheres, cujo nome oficial é Instituto dos Filhos e Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento. Seus membros cultivam a adoração permanente à eucaristia, vestem-se com roupas (hábito) de inspiração franciscana e vivem em extrema pobreza, no ideal de depender, em tudo, da providência divina. Os toqueiros, como são chamados, acolhem, em suas casas (comunidades) a população em situação de rua e vão às vias das grandes cidades para oferecer higiene, lanches e curativos para esta população. Não estudam, e nutrem desconfiança e crítica em relação aos estudos formais; defendem um modelo de Igreja Católica referenciado, em grande parte, no período pré-concílio Vaticano II, assim como uma teologia e devoção católica mais tradicional, mesmo tridentina. Paradoxalmente a isto, apresentam traços bastante contemporâneos e juvenis ao exprimir a fé, através de danças, teatros, músicas em estilo gospel e no uso dos meios de comunicação. A Toca de Assis entende ter a missão de zelar pela pureza doutrinária e litúrgica da Igreja, e pela santidade do clero e dos fiéis, e, para tanto, empreende, através de orações e rituais, uma “batalha espiritual” em defesa do modelo de Igreja que idealiza.  
 
A organização surgiu em 1994, em Campinas, fundada pelo Pe. Roberto Lettieri, ex-estigmatino. O contexto é o de transição de modelos eclesiais e teológicos a figurar como hegemônicos na Igreja. Ou seja, uma época em que, de certa forma, se esboçava a transição de uma Igreja que assimilara bem as diretrizes do Concílio Vaticano II e que fizera, no Brasil, uma opção preferencial pelos pobres, muito ligada à Teologia da Libertação; para uma Igreja que cada vez mais ia assumindo um rosto mais reservado em relação às aberturas possibilitadas pelo Concílio e às opções teológicas e eclesiológicas até aquela data. A partir de tal contexto, também aumentava significativamente a influência da Renovação Carismática Católica (RCC), com as posturas que lhe são peculiares. Enfim, uma Igreja que, tanto no plano eclesiológico-teológico como no plano da representatividade de seu episcopado, clero e vocações, caminhava para a restauração de algumas características que haviam sido colocadas em segundo plano; entrementes também caminhava para ter um rosto mais emocional e pentecostal (no sentido da valorização de certas interpretações sobre o Espírito Santo) a partir das influências da RCC e de movimentos nela inspirados ou dela nascidos. Outro contexto histórico e societário importante é o fortalecimento, na sociedade, de posturas secularizadas, laicistas, relativizantes e pós-modernas, que, por sua vez, começam a ser combatidas por atitudes e visão de mundo mais exclusivista e fechada por alguns setores da Igreja.  

IHU On-Line - Como a Toca de Assis expressa as novas sensibilidades católicas juvenis? Por que a maioria de seus membros são jovens?

Rodrigo Portella - As novas sensibilidades católicas, juvenis ou não, têm elementos novos e antigos, recuperados e reinventados. Novas são as formas de relacionamento com o sagrado, através do viés da emoção, do êxtase conduzido por músicas de várias vertentes, desde axé, funk, hip-hop, rock, até melodias gospel de cultura pop. E, claro, a criação de bandas, com guitarras, baterias etc, para reproduzir a emoção que estes ritmos, batizados com letras cristãs, criam. Também danças, performance corporal, coreografias, teatros são usados como meio de exteriorização da fé e evangelização. Enfim, o catolicismo tem se servido da cultura “do mundo”, da sociedade secular, antes vista com desconfiança, e, no assimilar as expressões culturais à sua volta, as têm transformado, cristianizado. Todos os elementos que aqui citei estão presentes na Toca de Assis. Também o uso de tecnologia, Internet, YouTube, para sua visualização e comunicação. O consumo de camisetas, bonés e de todo tipo de lembrancinhas com a logomarca do movimento também é uma forma nova de espiritualidade, isto é, a espiritualidade que se nutre pelo consumo, pois que, ao consumir, as pessoas se sentem parte do movimento.

Porém as novas sensibilidades também são antigas, ou seja, recuperam, às vezes em novas roupagens e expressões, elementos tradicionais do catolicismo, como a ênfase em jejuns, sacrifícios, adoração permanente à eucaristia e a reutilização de formas estéticas (como vestimentas) que remetem a um catolicismo que lembra o passado, também na linguagem e nas formas litúrgicas, algumas tridentinas.

O sacrifício pelo próximo (pela população em situação de rua) e a radicalidade dele, assim como outras posturas extremas (depender só da providência divina, não estudar) também são sensibilidades do grupo. Além de certa veneração pelo fundador, o Pe. Roberto, tratado como um santo vivo. Tudo isto talvez possa também explicar a atração que a Toca de Assis exerce sobre os jovens: a figura de um grande pai (o Pe. Roberto); a possibilidade de usar os meios juvenis seculares para a expressão da fé; o idealismo de se voltar a um modelo de Igreja considerado como mais verdadeiro e que deve ser restaurado (atendendo, assim, a algumas características idealistas e contestadoras da juventude). Além de que, na Toca de Assis, o carinho, os toques, a expressão afetiva entre os toqueiros também são características de uma nova espiritualidade e de relacionamentos pautados no emotivo e afetivo, na configuração de uma nova família, não de sangue, mas espiritual.

IHU On-Line - De que forma a alegria e a emoção são características presentes na vida dos toqueiros?

Rodrigo Portella - A música, as danças e coreografias, os teatros, enfim, as expressões artísticas são meios de presentificar um viés emotivo na espiritualidade toqueira. Mas, para além destes meios artísticos e técnicos de missão e evangelização, os toqueiros costumam ter, entre eles, expressões de carinho e afetividade que não são comuns, por exemplo, nas congregações religiosas tradicionais. Beijos, abraços, afagos, cafunés, são alguns elementos afetivos partilhados entre eles, num típico gradiente juvenil de expressão de afetividade. Certamente que a alegria e a convivência marcada por gestos de carinho estão muito presentes na Toca de Assis. Os Tocões (festivais regionais ou nacionais) da Toca de Assis também são canais desta expressão. Neles os shows musicais e as celebrações religiosas levam os toqueiros e os simpatizantes da Toca de Assis a momentos de intensa emoção. Como, por exemplo, na procissão eucarística, geralmente conduzida pelo Pe. Roberto, e que dura mais de uma hora. Em tal procissão, pessoas que são tocadas pelo padre caem (repouso no Espírito); outras gritam, choram; algumas buscam tocar o ostensório e as vestes do padre. Neste sentido a Toca de Assis se assemelha muito a outros movimentos de clara identificação com a RCC.

IHU On-Line - Por que há uma certa “desconfiança” em relação ao conhecimento acadêmico e ao estudo de um tipo particular de teologia dentro dessa comunidade?

Rodrigo Portella - A Toca de Assis, ainda que extraoficialmente, tem a tendência em proibir estudos formais aos seus membros. Alega-se, entre outras coisas, que, por ser uma fraternidade não clerical (apenas de irmãos e irmãs) o estudo seria desnecessário; que o estudo tiraria tempo para a vivência integral do carisma da organização, isto é, servir à população em situação de rua e a adoração perpétua aos elementos eucarísticos; que os estudos poderiam criar diferenças entre os irmãos e fomentar vaidades. Deve-se ressaltar, ainda, que os toqueiros, intentando viver completamente da divina providência, considerariam o estudo formal algo dentro das estruturas racionais, contradizendo, assim, uma vida de absoluta dependência do providencial. Quanto à teologia, em particular, não a desconsideram. Porém, têm uma grande suspeita em relação à teologia acadêmica, principalmente aquela mais influenciada por elementos conceituais das ciências humanas e sociais. Entendem que a teologia mais acadêmica estaria em contradição com a doutrina que consideram tradicional na Igreja, vendo uma influência maléfica dos estudos acadêmicos na própria vida do clero, que teria cada vez mais uma visão crítica da Bíblia, das doutrinas católicas e da Igreja. A Toca de Assis não é contra a teologia, mas desconfia de certa instrumentalização nociva que teólogos e teólogas estariam realizando no seio da Igreja. E isto por influência do Diabo.   

IHU On-Line - Como essa nova comunidade católica expressa a busca de uma sociedade mais ética, amorosa e menos consumista?

Rodrigo Portella - Não há propriamente um projeto neste sentido, mas um testemunho, racionalizado ou não. O fato dos toqueiros viverem uma dimensão muito radical de pobreza em suas vidas; e o fato de exercerem uma profunda solidariedade para com as pessoas em situação de rua, ainda que com alguns traços assistencialistas, mostra uma direção de vida bastante diferente dos rumos que costumam ser normativos e ansiados pela maior parte das pessoas, ou seja, de crescimento econômico pessoal e de usufruir prazeres e consumos. Não deixa de ser, a Toca de Assis, um movimento contracultural, pois que contrasta visceralmente com o estilo de vida e ambições sociais que circulam como desejáveis na sociedade contemporânea, ao menos para a maior parte das pessoas. Ainda que timidamente, a Toca de Assis vem buscando, também, re-inserir a população que atende à vida social regular. Contudo, a maior parte de seu trabalho é paliativo, de acolhimento desta população e de serviços básicos a ela, visando dar um mínimo de dignidade às pessoas em situação de rua.   

IHU On-Line - Em que medida a Toca de Assis representa a renúncia e o altruísmo de seus participantes? Há laivos de contracultura no seu cotidiano?

Rodrigo Portella – Sim, existem aspectos contraculturais na Toca de Assis, em sua renúncia ao estudo (cada vez mais valorizado na sociedade atual), ao trabalho formal remunerado, ao conforto, e na assimilação de posturas de sacrifício do corpo e da alma, tanto no serviço à população em situação de rua como em expressões de fé e pobreza bem particulares, como dormir no chão e ficarem, os toqueiros, por três horas seguidas, a cada dia, ajoelhados diretamente no chão para a adoração ao santíssimo sacramento, particularmente no ritual da Passio Domini. Por outro lado, os toqueiros não renunciam a certos elementos em voga na sociedade contemporânea, principalmente no meio juvenil, como o poder ter acesso a CDs gospel, filmes e programas televisivos de redes católicas; ir a shows católicos e produzi-los; acessar a Internet em suas várias ferramentas etc.
 
IHU On-Line - Por que considera que os jovens toqueiros “são, talvez, os mais modernos da modernidade”?

Rodrigo Portella - Há, na Toca de Assis e por parte de seus adeptos, uma escolha, em princípio bem consciente, em viver uma vida pautada na diferença. E escolhas reflexivas são um elemento da modernidade. Os jovens da Toca de Assis não são constrangidos a romper com a sociedade dominante e desviar-se de seus valores. O constrangimento e pressões são justamente no sentido contrário. Gozar a vida, cuidar da saúde e boa forma do corpo, aparecer em flashes são os sinais da cultura dominante. Portanto, mais do que um jovem que frequenta bares, cursa universidade e adere às modas sociais, podemos dizer que jovens como os toqueiros, estes sim, ao tomar um rumo tão díspar do convencionado como “normal” pela sociedade, é que fazem uma verdadeira opção. Opção não está, em princípio, na aderência aos rumos convencionados pela sociedade. Neste caso, há uma inserção natural que é, de certa forma, a falta do optar, do decidir outros rumos. Jovens que entram na Toca de Assis são, talvez, os mais modernos jovens da modernidade, no sentido de que usam da reflexividade do juízo e da opção para encarnar um modelo de vida altamente diferenciado do normatizado socialmente e altamente reflexivo, enquanto escolha justificada em contraste com certos modelos de sociedade e mesmo de Igreja. É certamente uma independência e autonomia de opção bastante aguda. Nesta autonomia, reinventam certo modelo de Igreja. Neste sentido são modernos, pois rompem certos atavismos sociais e mesmo eclesiais e reflexivamente criam e recriam certos modelos de vida que, em parte, são altamente diferenciados.  

IHU On-Line - Qual é a ligação entre medievais e pós-modernos na perspectiva da Toca de Assis? De que formas a Toca reedita o movimento franciscano inicial?

Rodrigo Portella - A Toca de Assis apresenta expressões religiosas que acessam memórias e elementos religiosos pré-modernos, através de sensibilidades modernas e pós-modernas, em configurações por vezes paradoxais. Busca uma totalização católica, ou um dossel sagrado, que protege e nominiza vidas e mundo na modernidade reflexiva da sociedade de risco, ainda que através de reflexividade e escolhas que comportam, elas mesmas, risco. A estrutura encantada de anjos e demônios; de uma espiritualidade de luta celestial entre Deus e o Diabo na disputa da alma de sacerdotes e fiéis; de vestimentas e tonsuras que remetem à Idade Média, assim como de costumes, devoções e liturgias tridentinas ou medievais; o conceito exclusivista e pouco ou nada ecumênico na interpretação sobre a Igreja Católica pode apontar para um viés pré-moderno. Porém, numa sociedade e Igreja inseridas na modernidade, ao menos até certo ponto, o fato de pessoas voltarem, defenderem e propagarem um estilo de vida que tem uma identificação maior com determinado modelo de passado não deixa de ser uma atitude pós-moderna, de reinvenção subjetiva de algo buscado num passado ideal e primitivo. O querer reviver certo ethos social e eclesial a partir da visão ou revelação pessoal de um padre sobre como deve ser a verdadeira Igreja “de sempre” não deixa de ser uma forma pós-moderna de sensibilidade religiosa. A Toca de Assis, a meu ver, é uma simbiose paradoxal de elementos e posturas pré-modernas, modernas e pós-modernas.

Quanto a reeditar o franciscanismo inicial, certamente que este é um dos objetivos da Toca de Assis. Porém o faz de forma mimética, copiando o medieval, até certo ponto, e o trazendo para o mundo de hoje. A percepção toqueira é a de que a tradição é algo estático, perene, sem mudanças. Neste sentido não se percebe que a tradição pode ser dinâmica e contextual. Assim, procura-se imitar, ao menos em relação a certos elementos, como roupas, tonsura, o andar descalço, a pobreza extrema e o cuidado à população em situação de rua (os “leprosos” de hoje?) um ideal de franciscanismo que deve ser repetido, hoje, com a máxima fidelidade possível em relação àquele das origens e de seu contexto específico.        

IHU On-Line - Como podemos compreender o crescimento desse tipo de comunidade dentro da tradição da Igreja Católica?

Rodrigo Portella - Penso que comunidades como a da Toca de Assis são respostas às demandas de sentido, segurança e de identidade que uma sociedade, incluso Igreja, cada vez mais aberta e plural colocam para certas pessoas e grupos. O pluralismo atual, inclusive no interior da Igreja, pode representar, para muitas pessoas, certa anomia, ausência de rumos e identidades seguras, causando uma crise cognitiva e ontológica, por assim dizer. Portanto, o suposto retorno às identidades e modelos institucionais rígidos, exclusivistas, e a belicosidade no concebê-los em sua relação com o mundo plural são sintomas da busca por um mundo, e Igreja, seguros. Por outro lado, vemos que esta busca não é tão inflexível assim, ao adotar elementos societários hodiernos, desde que batizados com um rosto católico. O apelo social da Toca de Assis talvez seja, no gradiente das novas comunidades, o que mais a torna singular. Isto pode apontar para o fato de que, particularmente os jovens, ou alguns jovens, entendem que o compromisso com Jesus os leva, necessariamente, ao encontro dos mais pobres. Contudo, no caso das novas comunidades, e da Toca de Assis em particular, este encontro com os mais pobres se dá em perspectiva bem distinta da opção pelos pobres ensaiada pela Igreja latino-americana nas últimas décadas.

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