Edição 284 | 01 Dezembro 2008

IHU Repórter - Jeane Blume Cortezia

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Bruna Quadros e Márcia Junges

Simpatia, elegância e discrição. Este é o perfil da professora Jeane Blume Cortezia que, na última semana, visitou a redação da revista IHU On-Line. Durante a conversa, extrovertida, Jeane destacou aspectos marcantes sobre a sua trajetória de vida como, por exemplo, o desafio de dar aulas de inglês para crianças. Há 13 anos no Unilínguas, unidade de idiomas da Unisinos, Jeane destaca que cresceu muito trabalhando na universidade que, cada vez mais, está acertando, em termos de educação e ensino. De origem alemã, a disciplina foi sempre muito presente em sua vida e ajudou a alcançar os objetivos. Confira, a seguir, a história de Jeane:

 

Origens - Nasci em São Leopoldo, onde moro até hoje. Meus pais são do município gaúcho de Dois Irmãos. Meu pai trabalhou para a Sociedade Antônio Vieira durante 50 anos, juntamente com o Colégio Cristo Rei, próximo de onde morávamos. Meu sobrenome, Cortezia, vem do meu marido, Sandro, que é descendente de italianos. A minha família era bem simples. Tenho três irmãos – dois homens e duas mulheres. Eu sou a filha mais nova.

Idiomas - Meus bisavôs eram imigrantes alemães. Então, meus pais também falavam em alemão. Esta era a nossa língua em casa. Quando os meus irmãos mais velhos foram para a escola, eles não sabiam falar português. Eu entendo tudo o que falam, em alemão, mas, como fui estudar inglês, esqueci um pouco a fluência.

Estudos – Estudei em escola estadual durante o Ensino Fundamental. No Ensino Médio, estudei no Instituto Rio Branco, em São Leopoldo. Depois, fiz o curso de Secretariado Executivo Bilíngüe, mas já gostava de inglês e sempre tive o desejo de ser professora. Ao mesmo tempo, eu via que era uma profissão mal remunerada e com falta de reconhecimento. Por isso, decidi ir para a área do business, onde eu poderia ter uma vida mais confortável e fazer as minhas conquistas pessoais.

Formação - Trabalhei em uma empresa multinacional por cinco anos, como secretária bilíngüe. Depois, comecei a trabalhar na Unisinos como professora. Neste meio tempo, achei que eu precisava me aprimorar e fiz pós-graduação em Letras na PUCRS. Também me preparei para fazer os exames de Cambridge, na Inglaterra, o que me capacitou bastante. 

Unilínguas - Sou professora de inglês no Unilínguas há 13 anos. Comecei bem jovem, aos 25 anos, dando aula para os níveis básicos. Agora, dou aulas para todos os níveis. Também dou aulas de inglês na Escola Infantil Canguru. Trabalhar com crianças foi um desafio muito grande. Hoje me sinto mais à vontade, porque tenho filhos desta idade e conheço melhor o mundo deles. Neste ano, levei 14 alunos para Brighton, na Inglaterra, o que foi uma experiência maravilhosa.

Família - Sou casada há 14 anos. Meu marido, Sandro Cortezia, também é professor da Unisinos, no curso de Administração. Temos dois filhos: a Melissa, de 9 anos, e o Gustavo, de 4. Aos sábados, sempre almoçamos fora. Mas também gostamos de ficar em casa e assistir a filmes com as crianças, curtindo a família.

Unisinos – A Unisinos está indo num bom caminho. Cada vez mais a universidade está acertando. Prova disso é o recente reconhecimento pelo MEC como a melhor instituição de ensino privada do sul do Brasil. É um passo importante e me faz ficar orgulhosa. Desde que trabalho na Unisinos, só cresci, pessoal e profissionalmente.

Livro – Leio bastante. O primeiro livro que li em inglês foi The sister of forgiveness. Um que li e me marcou muito foi O caçador de pipas, de Khaled Rosseini. 

Filme À procura da felicidade, com Will Smith.

– Já fui mais religiosa, de ir à missa todos os domingos. Hoje, rezo bastante, mas em casa.

Sonho – Quero ver os meus filhos crescendo com saúde. Além disso, um grande sonho é poder viajar para conhecer outros países com o meu marido, mas não para trabalho ou estudo, somente para o lazer. 

Valores – Como sou de origem alemã, a disciplina sempre foi algo muito exigido, na minha família. Com os meus filhos, procuro ser mais flexível, embora considere muito importante ter disciplina para seguir a vida. Acho que devemos ter persistência e calma para conquistar o que queremos.

Política brasileira – É preciso melhorar muito. Penso que uma das formas de mudança seja uma fiscalização maior, no sentido de evitar o desvio de dinheiro. As pessoas precisam tanto e o dinheiro simplesmente desaparece, não indo para o destino certo.

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