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Redação
A cultura contemporânea, resultante da transformação da razão greco-cristã em cálculo raciocinante e que engendra o mito da práxis absoluta na Modernidade tardia, “mostra-se avessa a experimentar os dilemas metafísicos fundamentais — o ser e o nada, o uno e o múltiplo, o ser e o poder-ser, o ser e o dever-ser, o ser e o devir — como dilemas existenciais que acompanham nosso modo de ser-no-mundo-com-os-outros na mediação da linguagem e abertos à plenitude de inteligibilidade do próton noetón”, argumenta Marcelo Fernandes de Aquino, jesuíta, professor e pesquisador do PPG em Filosofia e reitor da Unisinos. Segundo ele “a Antropologia Filosófica vaziana se eleva à Metafísica”.
Para Carlos Drawin, docente da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, pode-se falar em uma intersecção entre metafísica e ética em seus escritos. A Antropologia Filosófica expressa essa condensação.
Um mergulho na natureza humana pelo reconhecimento do Outro é a perspectiva abordada por Cláudia Maria Rocha de Oliveira, professora e pesquisadora na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - Faje, em Belo Horizonte. Ela destaca que, para Vaz, o humano se constitui como ser a partir do reconhecimento de si mesmo, que se dá através da relação com o Outro e do transcendente.
Delmar Cardoso, diretor do Departamento de Filosofia e Coordenador da Pós-Graduação em Filosofia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – Faje, reporta-se a um pensamento conjugado com a ação a partir do legado vaziano. Ele acredita que o maior desafio de um filósofo é articular o pensamento teórico com a ação concreta de refletir sobre o seu tempo. Para ele, essa foi sempre a busca de Vaz.
"Uma Antropologia Filosófica para compreender o “nosso tempo”. Assim o filósofo Marcelo Perine, docente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, analisa o legado da obra filosófica de Lima Vaz.
Para a filósofa Marly Carvalho Soares, da Universidade Estadual do Ceará – UECE, é preciso reconhecer a importância da obra de Lima Vaz no seu exercício de apresentar a complexidade dos saberes para o que ela entende como uma Antropologia Integral.
Por ocasião do Ano Jubilar da Misericórdia, instituída pelo papa Francisco, publicamos a reflexão que o filósofo Roberto Romano, professor na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp tece na entrevista “Justiça e misericórdia: ‘O imperativo categórico kantiano serviu como guilhotina intelectual para cortar o divino misericordioso’".
Também podem ser lidas as entrevistas com Ivone Benedetti, autora do livro Cabo de Guerra (São Paulo: Boitempo, 2016) e com Ricardo Rabenschlag, graduado, mestre e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, acerca das tensões entre ciência e religião.
Por sua vez, Diego Pautasso e Bruno Lima Rocha, professores de Relações Internacionais da UNISINOS, analisam o Brexit, observando o que emerge, nos âmbitos políticos, econômicos e sociais, a partir do resultado do recente plebiscito realizado na Grã-Bretanha.
A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!