Edição 226 | 02 Julho 2007

Editorial

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IHU Online

Second Life: uma fábrica de sonhos e desejos

Que tal ter uma segunda chance na vida? Com a chegada do ambiente virtual Second Life, qualquer um hoje pode ser tudo o que gostaria na vida real e não conseguiu. Depois do Orkut, este novo programa, ou jogo de computador, tem ganhado destaque na mídia pelo crescente número de adesões a cada dia. Buscando refletir sobre o que significa essa nova “febre” da internet, e quais as suas implicações para a vida em sociedade, a revista IHU On-Line desta semana propôs o tema a alguns professores e especialistas em Second Life.

O professor Romero Tori, da USP, reconhece que no Second Life também existem diferenças sociais, enquanto o professor Cláudio Penteado, da Universidade Federal do ABC, aponta o espírito do capitalismo na origem desse ambiente virtual. Já o professor Benilton Bezerra Jr. compara o Second Life com o cinema e a literatura, afirmando que o jogo nada mais é do que uma nova forma de expressão da subjetividade humana. Por sua vez, o diretor de marketing da Second Life Brasil Emiliano de Castro acredita no sucesso da iniciativa, à medida que a participação interativa, para ele, é a tendência do futuro na internet. Para Gilson Schwartz, professor na USP, o Second Life é uma expressão do desejo dos usuários.  Com base em pesquisa realizada com o Second Life, a professora Suely Fragoso, do PPG em Comunicação da Unisinos, percebe que “há, no Second Life, um vínculo muito forte com a primeira vida e a tal da segunda vida”.

Enquanto isso, para o professor Luiz Petry, da PUC-SP, o Second Life não passa de “uma proposta comercial da sociedade da técnica”. Também contribui com este debate Armando Toledo, da IBM Brasil, que aposta no crescimento da internet 3D, que hoje tem seu maior exemplo de sucesso no Second Life; e Carlos Seabra, produtor de conteúdos de multimídia e internet, que analisa os impactos do Second Life no mundo do trabalho.

Ainda sobre o tema Second Life, é possível consultar nas Notícias do Dia do site do IHU (www.unisinos.br/ihu) uma entrevista com Eliane Schlemmer, publicada no dia 27-06-2007.  
Confira também, nesta edição, uma entrevista exclusiva com o ensaísta húngaro László Földényi, sobre o livro de sua autoria Dostoyevski lee a Hegel en Siberia y rompe a llorar (Barcelona: Galaxia Gutenberg, 2006).

A todas e todos uma ótima leitura e uma excelente semana!

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